quinta-feira, 30 de maio de 2013

A mídia, os homossexuais e os evangélicos

Ultimamente a mídia tem noticiado intensamente em “defesa” da classe minoritária dos homossexuais em detrimento ao deputado federal Marcos Feliciano e aos evangélicos (pelo menos é isso que transparece). A razão é porque Feliciano alcançou o posto de presidente da comissão de direitos humanos da Câmara Federal e a mídia fez pensar que seu discurso nas pregações e entrevistas demonstravam homofobia e racismo, contrariando a política daquela comissão. Mas talvez isso seja pelo fato dele ser evangélico e ter convicções tradicionais acerca da família. Essa articulação ideológica, a meu ver, é uma tentativa de desabonar algo ou alguns para beneficiar a reinvindicação, dentre muitas outras existentes, da minoria homossexual de querer uma união legal de pessoas do mesmo sexo equiparada à família tradicional. Afinal de contas, diante de tanta turbulência, o que está por trás de tudo isso? Uma luta para estabelecer um regime liberal e sem a moral tradicional, fomentado por um socialismo sem limites, mas que já nasce estigmatizado por estar erguendo muros já derribados de opressão e tirania contra a religiosidade cristã da maioria dos brasileiros?
Para a mídia, Marco Feliciano é a personificação do movimento evangélico. Desta forma, tem explorado que o discurso evangélico é machista e homofóbico. Entendemos que homofobia é um termo de notória agressividade. Segundo o dicionário virtual Michaelis (http://michaelis.uol.com.br/), significa “Aversão ou rejeição a homossexual e ao homossexualismo”. Conscientes do seu significado, entendemos que a etimologia das palavras “aversão” e “rejeição” devem ser classificadas como ativismo agressivo, de insultos e de desprezo que atentam contra a vida de homossexuais. Todo homossexual de bom senso testemunhará que não sofreu agressão física ou verbal de alguém cujo preceito fundamental de vida é o Cristianismo. Muitos evangélicos, por sinal, trabalham para ajudar homossexuais a aceitarem aquilo que a natureza os confiou ou simplesmente respeitam sua opção. Acredito, ainda, que enquanto pessoas foram e são respeitadas por esses cristão-evangélicos tradicionais, porquanto, entendemos, que todo cristão, doutrinariamente fiel às Escrituras, respeita a liberdade do outro de viver dentro de determinados padrões particulares. Respeitamos a liberdade, mas externamos nossas convicções. Isto é o que se chama tolerância: saber viver entre as desigualdades com respeito às escolhas de cada um.
Por outro lado, homossexuais e outros simpatizantes do movimento têm levantado uma bandeira de intolerância religiosa na qual se acham vítimas de tratos discriminatórios dos evangélicos, sem nem ao menos levar em conta que tratam os evangélicos com desigualdade e intolerância. Se há alguém intolerante nesta história é, na verdade, o que brada com vigor descomedido, ódio explícito nos discursos e reações com palavras de baixo escalão, interferindo no direito do outro de se manifestar, ou seja, os ativistas da diversidade sexual. Apesar disso, a militância evangélica tem sido pacífica.  
Assim, nas entrelinhas dos discursos, existe uma questão impositiva que é classificar cristãos de homofóbicos. Têm-se obrigado a esses aceitarem um comportamento que é antagônico à ética de suas convicções, se não, reafirmamos, os evangélicos serão discriminados e classificados como homofóbicos. Isto é também uma forma de discriminação e preconceito. Essa ação é um equívoco racional, moral e legal. O cristão tem liberdade, assim como o homossexual tem sua liberdade, de se manifestar contra algo que é contrário àquilo em que acredita. É preciso fazer uma ponderação razoável. Salientamos ainda que no movimento homossexual há uma exigência para legitimar sua particularidade “familiar”, enquanto há uma negação explícita do conceito de família no sentido autêntico e natural. Essa interferência no que é próprio do outro (família tradicional) é o que desabona a reinvindicação homossexual. Todavia, não há qualquer preocupação em se discutir o assunto da negação da família tradicional e reafirmar o seu conceito verdadeiro entre a maioria dos agentes políticos. Muito embora possam rotular família dentro de um padrão homo, nunca conseguirão alcançar os benefícios que Deus e a natureza a outorgaram.
Qualquer cidadão, e não me refiro apenas a cidadãos de um só grupo, tem liberdade de se expressar acerca de qualquer assunto que esteja no campo da argumentação e das teorias. Afinal, parece que é como vivemos: circunscritos em teorias de vida para cada momento histórico e específico de uma sociedade que neste momento encontra-se alienada pelo hedonismo e distanciada daquilo que é transcendente. Se há alguém que se apega ao transcendente nestes movimentos de inversão de valores é pelo simples fato do querer “estar de bem com vida” e não de querer cumprir cabalmente um preceito sagrada e divino. É sensação e não convicção. Reafirmo se alguns não respeitam as várias liberdades, não podem reivindicar direitos e chamar este país de um Estado Democrático de Direito que preza pela liberdade e segurança dos seus. Lembremos o que versa a Carta Magna, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato e é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias (CF/88, Art 5º, IV, e VI). A norma diz tudo!
Contrariamente a Magna Carta, um anteprojeto do estatuto da diversidade sexual, pensado pela Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que não é lei e tenta ultrapassar os limites constitucionais, criminalizando a pregação de que o homossexualismo é prática pecaminosa, traz no seu Artigo 100 penas de 2 a 5 anos para quem pregar contra a sodomia. Quer dizer, um homem honesto e pacífico cuja família é referencial de conduta moral, comportamento social e não traz prejuízos às instituições do Estado, por pregar e ensinar o que acredita pela sua Bíblia, poderá ser criminalizado e condenado a passar anos na prisão porque pregou contra práticas que atentam contra sua moral. Ouvi pessoas dizendo que tal posicionamento dos evangélicos é conservador e ultrapassado, mas fazer o que o exemplo acima demonstrou é voltar ao tempo do Império Romano, nos dias em que cristãos eram delatados simplesmente por sua fé e, assim, entregues a verdugos e a feras para a morte.

Na verdade, são muitas as pressões que vejo todos os dias nos jornais e nos vários portais de notícias pela internet contra, como dizem, o conservadorismo dos evangélicos e suas ações reacionárias. Enquanto todos estão atentos ao que mídia afirma como verdade, persuadindo a grande massa, em grande parte desprovida de crítica, é difundida uma reivindicação capaz de prejudicar inúmeras famílias, inclusive, aquela nova configuração que estão querendo legalizar. Estou intencionado em dizer que num país democrático todas as partes tem que ser ouvidas e respeitadas. Acredito que os homossexuais são respeitados pelas leis já existentes, não precisariam de mais nenhuma, mas como qualquer outro brasileiro sofrem pela morosidade do processo penal de crimes contra eles deflagrados e pelas injustiças. O que lamento. Porquanto, se algum homossexual sofre agressões e morte por causa de suas práticas que os verdadeiros agressores sofram à pena prescrita nas leis penais.