Estarão abertas as inscrições para o processo seletivo dos cursos de Teologia do Instituto Pietista de Cultura de 09/01/2013 a 10/01/2014. Verifique o edital no blog do IPC.
▼
domingo, 8 de dezembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Filme Blood Money-aborto legalizado - VAMOS ASSISTIR!
A Europa Filmes e a Estação Luz Filmes lançam a partir de São Paulo, no
próximo dia 5 de novembro, com uma série de avant premières, o
documentário “Blood Money – Aborto Legalizado”, uma produção
norte-americana independente, assinada pelo diretor David Kyle.
Após o lançamento em São Paulo, têm início roadshows de pré-estreias, incluindo o Rio de Janeiro (6), Goiânia (7), Brasília (8), Belém (9), Curitiba (11), Salvador (12), Recife (13) e Fortaleza (14). Nestas cidades, Kyle falará de sua primeira incursão no cinema com esse documentário polêmico, que está se tornando um cult pelo realismo e crueza com que trata o tema e pelas denúncias que faz. O filme de 75’ entra em cartaz nos cinemas a partir de 15 de novembro.
Segundo Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição no Brasil, o filme “Blood Money – Aborto Legalizado”, pretende atrair o público brasileiro, pois disseca o tema, revelando a experiência prática em um país onde o aborto é legalizado há 40 anos. ”Apesar de mais de 70% da população brasileira serem contra a legalização do aborto, de acordo com os principais institutos de pesquisa do país, o tema gera polêmica, causa grande interesse e esclarece o assunto sob vários aspectos. Por isso esperamos que provoque repercussão, levando ao amadurecimento deste necessário debate no Brasil, onde ainda teimamos em tratar o aborto com hipocrisia”, diz Girão.
O documentário de Kyle trata do funcionamento legal desta indústria nos Estados Unidos, mostrando “de que forma as estruturas médicas disputam e tratam sua clientela, os métodos aplicados pelas clínicas para realização do aborto e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas, de forma muito realista”, conta Girão.
O filme também faz denúncias como a prática da eugenia e do controle da natalidade por meio do aborto e trata aspectos científicos e psicológicos relacionados ao tema, como o momento exato em que o feto é considerado um ser humano e se há ou não sequelas para a mulher submetida a este procedimento.
“Blood Money – Aborto Legalizado” traz, ainda, depoimentos de médicos e outros profissionais da área, de pacientes, cientistas e da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que também apresenta o documentário. Dra. Alveda é envolvida em discussões sobre o mecanismo de controle racial nos EUA – o maior número de abortos é realizado nas comunidades negras.
Segundo o diretor da Estação Luz Filmes, o amplo esclarecimento que o documentário oferece foi o que motivou sua produtora a assinar contrato com Kyle para adquirir os direitos de distribuição no Brasil. “É a primeira vez que o cinema trata o assunto desta forma, tirando-o da invisibilidade em um momento em que a mídia brasileira começa a discutir o assunto com coragem e com a importância que merece. Acreditamos que vá atrair diversos segmentos sociais e pessoas sensíveis a essa questão, sejam elas contra ou a favor da legalização do aborto no Brasil”.
Após o lançamento em São Paulo, têm início roadshows de pré-estreias, incluindo o Rio de Janeiro (6), Goiânia (7), Brasília (8), Belém (9), Curitiba (11), Salvador (12), Recife (13) e Fortaleza (14). Nestas cidades, Kyle falará de sua primeira incursão no cinema com esse documentário polêmico, que está se tornando um cult pelo realismo e crueza com que trata o tema e pelas denúncias que faz. O filme de 75’ entra em cartaz nos cinemas a partir de 15 de novembro.
Segundo Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição no Brasil, o filme “Blood Money – Aborto Legalizado”, pretende atrair o público brasileiro, pois disseca o tema, revelando a experiência prática em um país onde o aborto é legalizado há 40 anos. ”Apesar de mais de 70% da população brasileira serem contra a legalização do aborto, de acordo com os principais institutos de pesquisa do país, o tema gera polêmica, causa grande interesse e esclarece o assunto sob vários aspectos. Por isso esperamos que provoque repercussão, levando ao amadurecimento deste necessário debate no Brasil, onde ainda teimamos em tratar o aborto com hipocrisia”, diz Girão.
O documentário de Kyle trata do funcionamento legal desta indústria nos Estados Unidos, mostrando “de que forma as estruturas médicas disputam e tratam sua clientela, os métodos aplicados pelas clínicas para realização do aborto e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas, de forma muito realista”, conta Girão.
O filme também faz denúncias como a prática da eugenia e do controle da natalidade por meio do aborto e trata aspectos científicos e psicológicos relacionados ao tema, como o momento exato em que o feto é considerado um ser humano e se há ou não sequelas para a mulher submetida a este procedimento.
“Blood Money – Aborto Legalizado” traz, ainda, depoimentos de médicos e outros profissionais da área, de pacientes, cientistas e da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que também apresenta o documentário. Dra. Alveda é envolvida em discussões sobre o mecanismo de controle racial nos EUA – o maior número de abortos é realizado nas comunidades negras.
Segundo o diretor da Estação Luz Filmes, o amplo esclarecimento que o documentário oferece foi o que motivou sua produtora a assinar contrato com Kyle para adquirir os direitos de distribuição no Brasil. “É a primeira vez que o cinema trata o assunto desta forma, tirando-o da invisibilidade em um momento em que a mídia brasileira começa a discutir o assunto com coragem e com a importância que merece. Acreditamos que vá atrair diversos segmentos sociais e pessoas sensíveis a essa questão, sejam elas contra ou a favor da legalização do aborto no Brasil”.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Curso de Teologia Básico e Avançado
Em novembro/13, o Instituto Pietista de Cultura estará disponibilizando edital para processo seletivo a fim de preencher vagas para o curso de Teologia Básico e para curso de Teologia Avançado. No blog do IPC, você poderá ficar mais informado. Em breve, estaremos disponibilizando todas as informações.
Abraços,
IPC
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
O que a senadora Marta Suplicy quer votar?
Marta Suplicy quer votar a PL 122, essa é a sua proposta. Quem acha que
está certo, apague a matéria e fica por isso mesmo, mas se não concordar, faça
como eu, repasse!!!
PEC elaborada pela OAB?!!!
É essa a Proposta de Emenda à Constituição que a Senadora Marta Suplicy
e a Comissão Especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil –
OAB estão elaborando para o nosso País.
Principais pontos:
- Acabar com a família tradicional
- Retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos
- Acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães)
para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional – A partir de 14 anos, os adolescentes disporão de cirurgia de mudança de sexo custeada pelo SUS
- Cotas nos concursos públicos para homossexuais etc…
Principais pontos:
- Acabar com a família tradicional
- Retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos
- Acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães)
para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional – A partir de 14 anos, os adolescentes disporão de cirurgia de mudança de sexo custeada pelo SUS
- Cotas nos concursos públicos para homossexuais etc…
sábado, 10 de agosto de 2013
Marco Feliciano sofre assédio em voo
O deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou o Twitter nesta sexta-feira para reclamar do comportamento de passageiros que o acompanhavam em um voo da companhia Azul, que partiu de Brasília com destino a Guarulhos (SP). Segundo o deputado, um grupo de "cerca de 10 gays" o assediou, cantando a músicaRobocop Gay, da banda Mamonas Assassinas, causando constrangimento e colocando "em risco a segurança dos passageiros".
"Ao decolarmos em Brasília cerca de 10 gays me constrangeram, 2 vieram à minha poltrona gritando, cantando música bizarra. Os passageiros me defenderam, o piloto ameaçou retornar pra Brasília. Sofri xingamentos o voo todo. Haviam (sic) crianças no voo, famílias", afirmou o deputado.
Segundo Feliciano, os passageiros repudiaram a atitude do grupo. "Como não reagi, tocaram no meu rosto. Estes cidadãos colocaram em risco a segurança dos passageiros. Querem respeito, mas não respeitam. E assim fazem com qualquer pessoa que discorde de suas práticas. Que Deus nos guarde. Não sou contra gays, sou defensor da família natural!", esbravejou o deputado.
Alexandre Garcia, critica manifestações contra o Dep. Marcos Feliciano
O jornalista Alexandre Garcia, durante a programação da Rádio Metrópoli, fez o seu comentário sobre as manifestações contra Marco Feliciano. O Jornalista se posicionou com relação ao assunto e começou seu comentário com a seguinte afirmação:
“Olá ouvintes da rádio Metrópoli, está uma novela essa história do Pastor Marco Feliciano na presidência da comissão de direitos humanos da câmara”. O jornalista continuou declarando: “Ontem dois militantes, manifestantes foram presos, eu vi uma foto no jornal, uma coisa horrível, um manifestante em pé, em cima da mesa que é ocupada pelos deputados, aí não dá, é um exagero…”.
Alexandre argumentou que segundo a Constituição brasileira, a liberdade de opinião é um ato de direito “Cada um pode ter a sua opinião”, afirmou. Ele falou sobre a diferença entre uma opinião e a prática dela, principalmente se houver índice de violência. Ele também falou sobre a diferença de racismo ou uma constatação, falou que Feliciano é apoiado pelo partido, que deputado não tem chefe e sobre cargos no ministérios.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
A beleza natural contrariando o pedantismo feminino
Desde a
Antiguidade existe uma busca pela compreensão daquilo que é chamado de belo. A
preocupação estética surgiu na Grécia antiga estudando a manifestação da beleza
natural e da artística. Platão afirmava que o belo era uma manifestação do bem
e da perfeição, mas também do que era verdadeiro. Na Modernidade, a maioria das
culturas sempre esteve em constante ebulição para encontrar o caminho da multiplicidade
do belo. Inclusive, o indivíduo foi transformado em objeto de beleza através de
inúmeras invenções indo para além da arte. Isso fez com que valores referentes emergissem
enquanto outros sucumbissem como forma de reorganização de determinados
conceitos estéticos. As mudanças ocorridas fizeram com que a aceitação ao
estado de naturalidade fisionômica do indivíduo entrasse em declínio. Com as
tendências da moda mundana, a busca pela perfeição estética no indivíduo “cristão”
aparece dinamizado e avassalador ao ponto de converter a modéstia e a
simplicidade da aparência outorgada pelas Escrituras a um hedonismo relativista
a que muitos adeptos do evangelicalismo contemporâneo aderiram, principalmente,
as mulheres supostamente cristãs.
As mulheres cristãs têm na
Bíblia referenciais específicos de conduta para si que lhes servem de
inspiração de vida. Algo que vai muito mais além do que mero estereótipo. As
virtudes cristãs transformam o crente em alguém agradável no qual não se
pretende enxergar o aformoseamento segundo um padrão instituído socialmente. Para
compreendermos como a conduta influencia a aparência, recorramos às características
seguintes de algumas personalidades bíblicas: a submissão de Sara a Abraão, a
fidelidade de Rute a Jeová e a Noemi, o quebrantamento de Ana, o vigor de
Prisca, a convicção de Loide e Eunice (I Tm 1:5) são exemplos para os quais as
servas de Deus devem atentar. Aquelas mulheres santas desprenderam-se dos
valores terrenos para buscarem uma comunhão efetiva com Deus. Este envolvimento
teve como efeito obras de piedade. A piedade, conquistada através da renúncia
da efemeridade, fez com que o exterior refletisse a simplicidade natural criada
por Deus. Através de um espírito devotado, o interior sentiu a satisfação na
vontade de Deus, assim como o comportamento exterior foi também contagiado.
Ora,
há um entendimento bíblico de que muitos dos valores da vida são passageiros e
pecaminosos, como o traje sensual e dispendioso e os atavios, não tendo, desta
forma, qualquer relação com a genuína espiritualidade cristã. Entretanto, no
liberalismo evangélico há um apego às vaidades femininas sem o menor rigor. Contudo,
Paulo admoesta às mulheres cristãs: Quero
também que as mulheres, em traje honesto, se ataviem com modéstia e sobriedade
e não com tranças, ouro, pérolas ou vestidos custosos; mas (como convém a
mulheres que se dizem piedosas) com boas obras (I Tm 2:9-10). As vestes,
como Paulo ensina, se referem a um traje bem arrumado, moderado e com reservas
femininas à sensualidade. Propõe o apóstolo, ainda, uma repugnância à roupa
indecorosa e aos adornos os quais causam desonra à causa do ser cristã. De
acordo com Filo (teólogo que buscou harmonizar a teologia judaica
com a filosofia grega),
a utilização de atavios e pinturas equiparariam as mulheres praticantes dessa
moda a prostitutas. Ao que deduzimos o querer de algumas “cristãs” que esbanjam
da estética artificial, demonstrando também que não têm nenhuma espiritualidade,
antes querem chamar para si a atenção cobiçosa masculina.
São
essas mulheres que enchem os salões de beleza para fomentarem as vaidades e
esvaziam os cultos de oração, promovem encontrões de fins de semana para
passear enquanto almas clamam pelos pregadores do Evangelho. São mulheres reduzidas
ao efêmero que, comparando-se aos padrões de beleza mundanos, sentem-se
desprestigiadas em razão de sua aparência, algo que nas suas conversas de
vaidades tentam contornar apontando para remediações plásticas e artificiais (que
são carnais numa linguagem bíblica), tentando reinventar a maneira de ser
evangélica com modas e incrementos a sua fisionomia para uma adequação mundana.
A
mulher piedosa, entretanto, guarda-se desses males capazes de denegrir sua
imagem enquanto cristã, mas a não piedosa não tem esse domínio; ou porque não
entendeu os ensinos cristãos ou porque rejeitou o conveniente e o compatível
para a fé. Essa evangélica moderna pratica obras pelos caminhos da ilusão, por
isso o pedantismo delas impera: buscam a artificialidade da aparência,
utilizando-se, por exemplo, de estiramentos da cabeleira, maquiagens faciais, uso
de adornos nas orelhas, narizes e lábios, e até uso de tatuagens com uma suposta
insígnia cristã. Mas duas colocações devem ser feitas: elas se esqueceram do
zelo pelos fundamentos da fé cristã e enveredaram pelo caminho mundano da
estética. Portanto, se estão descaracterizadas em relação ao paradigma cristão,
será que elas podem ser consideradas cristãs?
A
moda efervescente do momento é alisar cabelos ou pintá-los, desrespeitando,
então, o natural, aquilo que o Artista divino criou, conforme dizia Tertuliano (De cultu feminarum). Muitas cristãs têm
cedido ao marketing midiático que proclama a novidade, num processo de
massificação imperceptível a essas virgens imprudentes. Com isso, estão desonrando
a feitura de Deus. Desponta assim um sentimento medíocre de querer fazer uma
autovalorização de si pelos caminhos tortuosos da ilusão. Não valorizam sua
naturalidade porque se incomodam pela aparência concedida por Deus. Fazem-nos
pensar o seguinte: indiretamente, dizem a Deus, “por que me fizeste assim com
aparência desprovida de beleza? Inquieta estou, por isso, mudarei o que sou,
ainda que tenhas dito ser eu uma criatura feita dentro da Tua vontade, porque
acho que a tua criação em mim, ó
Deus, não alcançou o padrão de beleza que eu
desejava para mim”. Estão, assim,
lutando com Deus pelo supérfluo. Porém, não é por esse caminho que devem
seguir. A Escritura, contrariamente, valoriza o eu natural, como o exemplo a seguir indica: A sua cabeça é como o ouro mais apurado, as suas guedelhas são crespas
e pretas como o corvo (Cântico 5:11). A jovem sulamita cortejou seu esposo
realçando sua beleza natural. Ela olhou as guedelhas dele, mas não se incomodou
se eram cabelos desgrenhados(despenteados), nem muito menos se eram encrespados.
Isso é o sinal de valorização da identidade natural. O que importa é resgatar o
amor pelo que a pessoa do esposo é. Como se não bastasse, chama seu esposo de
cândido, o puro e imaculado, aquele que não foi tocado pelo perfeccionismo
estético da vaidade artificial.
Outra
questão em causa é a ânsia de querer parar o tempo, conservar-se sempre jovem e
não permitir que as marcas dos anos deixem suas cicatrizes. Essas cristãs
vaidosas não querem envelhecer (têm vergonha ou sentem uma baixa estima
terrível pela velhice). Contudo, passar e chegar aos áureos tempos da
experiência deveria voltar a ser honrado. Aos velhos, sua beleza está nas cãs
(Provérbios 20:29b). Seus cabelos brancos (cãs) não devem ser escondidos,
porque coroam uma vida de experiências capaz de transmitir a justiça. Salomão expressou
com sabedoria este patamar da vida: Coroa
de glória são as cãs, a qual se achará o caminho da justiça (Provérbios
16:31). Dentre os Hebreus, os cabelos brancos representavam a majestade divina,
porque assim estava caracterizado o Senhor (Daniel 7:10, Apocalipse 1:14). Era também
a aspiração de Davi alcançar a velhice e demonstrá-la para poder orientar a
geração subsequente: Ó Deus, tu me tens
ensinado desde a minha mocidade; e até agora tenho declarado as tuas
maravilhas. Até à velhice e às cãs, ó Deus, não me desampares;
até que eu tenha declarado a tua força à geração vindoura (Salmos 71:17-18).
Por isso, é dever do cristão valorizar seus honrados cabelos brancos. Até mesmo
os jovens que já têm uma mecha desse prêmio da vida devem tratá-los com
simpatia, porque refletem o degrau da vida que alcançaram. Alterar esse
sentimento é desprestigiar a si, aos que são rebentos e, principalmente, é
desonrar aquele que, com perfeição, definiu pormenorizadamente nosso ente humano:
noutras palavras, é pecar contra Deus!
Retornando a questão das
mulheres, em termos gerais, está difícil encontrarmos uma evangélica pura em
nossos dias. É mais fácil encontrarmos muitas religiosas emproadas desprezando
a moral cristã. A ética cristã não é restrita aos conceitos neotestamentários,
encontra-se respaldada desde a Criação porque é proveniente de um Deus moral
que não muda, nem inova. Isaías, o profeta messiânico, adverte veementemente
aquelas religiosas altivas, pois diz: Porque
as filhas de Sião são altivas, e andam com o pescoço emproado... e passeiam
andando a passos contados e fazendo tinir os ornamentos dos seus pés, portanto
Jeová tornará caspenta a mioleira da cabeça das filhas de Sião e
descobrir-lhes-á a nudez. Naquele dia, tirará Jeová o enfeite de anéis dos
artelhos, e das coifas, e das luetas; os pendentes e os braceletes, e os véus
leves; os diademas... e os cintos, e os vasos de perfume, e os amuletos; os
anéis, e as joias pendentes... Será que em lugar de perfume, haverá mau cheiro;
e, por cinto, corda; e, por cabelo encrespado, calva; e, por faixa de peito, cinto
de cilício; marca a fogo em lugar de formosura (Isaías 3:16-24). O presente
ordenamento está em vigor ainda hoje. Porém, muitos “pastores” (doutores do
saber intelectualizado e liberalizante) têm assumido o papel de Deus, redefinindo
práticas mundanas com aparência cristã que seu rebanho deve seguir. Para eles é
normalíssimo ter uma cristã igual a uma mundana, porém isso foge ao princípio
da diferenciação estabelecido nas Escrituras. O discurso facilitador destes
pastores é propor um evangelho sem renúncias das vaidades mundanas. Dizem,
diretamente, às suas ovelhas que continuem vivendo uma vida de aparências
externas, ainda que estas contradigam as Escrituras. Argumentam que se trata de
uma questão meramente cultural (ao dizerem isso, não têm ideia do que
represente o conceito de cultura numa visão antropológica e teológica). Não
consigo compreender como uma pessoa que se diz salva não tenha prazer em
obedecer aos ensinos do Salvador. Desatino, irreverência e apostasia é o que na
verdade está acontecendo!
Quem faz uso da artificialidade
estética, mesmo conhecendo as Escrituras, não entende que está criando uma
outra pessoa, desvalorizando quem é. Relacionando isso com algumas passagens
das Escrituras, ela está equiparando-se a uma prostituta, como disse Filo, que
tenta encantar seus clientes pela falsa imagem de uma pessoa que não é. Tertuliano,
grande apologeta da fé cristã do século III, deu parecer sobre a maneira pela
qual deveriam se comportar as mulheres cristãs. Chamando-as “ó diletíssimas irmãs”,
mostra-lhes que a simplicidade era/é necessária em razão do pecado de Eva: “Uma
cristã, que aspira ao céu e se lembra de que é herdeira de Eva e do seu pecado,
deve sonhar menos com adornos... Com efeito, foi depois da falta, que a
condenava a morrer, que Eva, sentindo a sua nudez, pôde sonhar cobrir-se de
adornos e enfeites: esses são, portanto, adereços de morte, de enterros, que a
mulher não deve procurar se quiser reencontrar a plenitude da vida anterior ao
pecado” (TERTULIANO, 1974, p. 37-38). À mulher que abdica dessa simplicidade
cristã para cumprir com os caprichos da vaidade, diz: “és a porta do diabo”,
pois permite uma adaptação da igreja às conveniências do mundo. Uma cristã que
se preza afastar-se-á de toda essa conduta! Como Filo, Tertuliano afirma: “Na
verdade, são claras as prescrições a respeito do modo de vestir e dos
ornamentos. Também Pedro, com idênticas palavras, porque, no mesmo espírito de
Paulo, condena a presunção nos vestidos, a arrogância no uso do ouro, a
impertinência em cabeleiras mais próprias de prostitutas” (TERTULIANO, 2011, p.
34).
Para concluir, o(a) cristão(ã)
deve entender o propósito de Deus quanto à estética. Deus criou homem e mulher
sem qualquer artificialidade, nem incentivou o homem a criar algo nesse
sentido. Sempre proclamou um padrão equilibrado e moderado para não contrariar
sua moral. Quando vemos o incremento da artificialidade no meio evangélico
atual, lamentamos e oramos para que os cristãos reconheçam a necessidade de
retornar ao padrão de simplicidade bíblico, percebendo o grande prejuízo à
causa do Evangelho que trazem se continuarem assim. E, no mais, as mulheres devem
salgar e alumiar como cristãs autênticas e não devem ser fermentadas, como estão, pelos encantos do mundo de ilusões.
(1)
Tertuliano. A moda
feminina. Lisboa-São Paulo: Verbo,
1974.
(2) _____________. Tratado sobre oração. Juiz de
Fora, MG: Edições Subiaco, 2011.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Os gays que são contra o casamento gay
Na França, apesar de inúmeros protestos, o primeiro casamento
gay já foi realizado.
Após uma decisão do Parlamento britânico, Inglaterra e o País de Gales
também poderão realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo em breve.
No Brasil, em
maio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do
país sejam obrigados a habilitar, celebrar o casamento civil ou converter a
união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Nos Estados
Unidos, duas decisões que serão tomadas pela Suprema Corte nas próximas semanas
poderão acelerar a aprovação dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo no
país.
Apesar
do forte ativismo dos americanos, muitos nos Estados Unidos são contra o
casamento gay, e não fazem parte de comunidades conservadoras.
"Comprovadamente não é o mesmo que um casamento heterossexual,
o significado religioso e social de uma cerimônia de casamento gay simplesmente
não é o mesmo", disse Jonathan Soroff.
Sorroff é homossexual e vive com seu companheiro Sam em Massachusetts,
no leste do país.
Assim como metade
de seus amigos, ele é contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.
"Não vamos procriar como um casal e, enquanto o desejo de
demonstrar compromisso pode ser louvável, as tradições religiosas que
acomodaram os casais de mesmo sexo precisaram fazer algumas distorções
razoáveis", afirmou.
Para Soroff, que
escreve para o jornal Improper Boston,
o objetivo é igualdade e não vale a pena se prender apenas a uma palavra.
"Estive em alguns casamentos gays adoráveis, mas imitar o
casamento heterossexual tradicional é estranho e não entendo porque alguém quer
fazer isto. Não digo que as pessoas que querem não deveriam ter, mas,
para mim, tudo o que importa é a questão legal", afirmou.
Legalização
A questão legal
mencionada por Soroff pode estar a caminho. Os nove juízes da Suprema Corte
americana estão analisando se uma lei federal que não reconhece o casamento
entre pessoas do mesmo sexo, e, por isso, nega a eles e elas os benefícios
desta união, é inconstitucional.
Um segundo
veredicto será dado em relação à legalidade da proibição do casamento gay na
Califórnia.
Mas, para alguns
homens e mulheres gays americanos, a aprovação do casamento gay seria uma
vitória de uma instituição patriarcal.
Claudia Card, professora de
filosofia da Universidade de Wisconsin-Madison, afirma que algumas lésbicas são contra esta união alegando razões
feministas, pois acreditam que o casamento serve mais aos interesses do homem
do que os da mulher.
A professora
afirma que a questão do casamento é uma "distração".
"Ativistas gays deveriam colocar suas energias em questões
ambientais como a mudança climática, pois há uma chance de fazer diferença (de
forma mais) moralmente defensável e urgente", disse.
Legba Carrefour, que se descreve como um "homossexual
radical", chama o casamento gay de "um modo de vida destrutivo"
que produz famílias destruídas.
"Estamos a apenas uma ou duas gerações de distância de filhos
vindos de casamentos gays que também são lares desfeitos", disse.
Para ele, uma
prioridade maior para a comunidade gay é combater o aumento da violência contra
transexuais.
"Não estou
preocupado se posso me casar, mas se vou morrer na rua nas mãos de
homofóbicos."
Disponível
em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130613_casamento_gay_contra_fn.shtml.
Acesso em 24 jun 13.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Os países do velho continente são conservadores?
O que pensar ao vermos países do velho continente, cuja história foi marcada por revoluções que definiram rumos para o mundo ocidental, sendo novamente palcos históricos em razão de milhares de pessoas estarem fazendo manifestações a favor da família tradicional? A França, cenário da grande Revolução Francesa, defendeu no século XVIII ideais como liberdade, fraternidade e igualdade e a Inglaterra com sua disciplina moral e crescimento econômico invejáveis são marcos e nos informam da necessidade de mudar e da necessidade de conservar. Há questões sociais pelas quais devemos lutar e exigir das autoridades mudanças para que atinjam de fato os devidos objetivos. Melhor educação, melhora na saúde pública, melhor salário mínimo, melhoria no transporte público e ética na política são algumas daquelas. Porém, há outras questões invioláveis e imutáveis: a família no seu sentido original de ser. As populações de França, Inglaterra e Bélgica são cientes disto, por isso, recentemente, foram às ruas para manifestar suas convicções. Veja fotos do Movimento La manif pour tous em Londres:
Veja um vídeo da manifestação (em inglês):
Veja o debate em Luxemburgo (em francês):
domingo, 9 de junho de 2013
Caravanistas católicos em manifestação pacífica são agredidos por ativistas do movimento gay
Este
jornal tem muitas restrições ao dogmatismo católico, porém, não podemos negar o
direito à prática católica por opção e convicção, já que temos liberdade de
expressar fé religiosa, filosófica e política em âmbito nacional. Isto é
chamado de tolerância religiosa e há liberdade de expressão constitucionalmente
falando. Somos favoráveis à tolerância religiosa porquanto é parte de um senso
coerente. Rejeitamos, no entanto, a privação dessa liberdade para expressar convicções
num Estado Democrático de Direito, inclusive, quando pessoas são impedidas e,
muitas vezes, agredidas por fazerem suas manifestações pacíficas. Estamos
falando da manifestação dos jovens católicos em favor da família e contra o
aborto em Curitiba em Janeiro/2013. É um absurdo o momento que estamos vivendo.
Ninguém pode falar a favor da prática original de família e ser contra o
casamento gay porque é logo taxado de homofóbico, resultando em manifestações
violentas contra este tradicionalismo. Isto é resultado dos entendimentos legais
dos ministros do STF e do CNJ. Vejam no que está resultando. Repudiamos a
prática deste pequeno grupo a favor da prática sodomita contra os pacifistas
católicos. Parabéns aos caravanistas da Cruzada pela Família pela bravura pacífica
que demonstraram!
domingo, 2 de junho de 2013
Marcha para Jesus 2013 em Fortaleza (CE)- Protesto contra decisão do CNJ sobre casamento homossexual
Da concentração na praça do
Liceu, no bairro Jacarecanga, à dispersão no aterro da Praia de Iracema, o
percurso foi só louvor e prece. Cada um por si e pelo outro. Todos pela cidade,
vivente de dias sofríveis na violência.
Crianças, jovens, adultos e
idosos, famílias inteiras oraram contra as drogas, pela cura das enfermidades
dos internos na Santa Casa da Misericórdia e pela mitigação dos efeitos da pior
seca dos últimos 50 anos. Por menos dor e mais amor gratuito.
Uma marcha também em protesto à decisão do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de obrigar cartórios a realizarem casamentos
homossexuais. Faixas, cartazes e camisas traziam os dizeres “Contra a decisão
do CNJ e a favor da família” e “Família: um projeto de Deus”.
“Nosso
objetivo é sempre celebrar o Senhor Jesus, mas também pedir e conscientizar os
que estão aqui da importância da família na vida de cada um”, frisou o
presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará (Ormece), pastor
Francisco Paixão.
Por
meio de faixas, participantes protestaram contra decisão do CNJ
Neste
cenário, a favor da manutenção do modelo de família heterossexual, muitos dos
fiéis que foram ao evento aproveitaram para mostrar sua insatisfação com o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que aprovou no último dia 14 de maio uma
resolução obrigando todos os cartórios do País a celebrar casamentos gays. O
tema foi proposto pelo presidente do órgão, ministro Joaquim Barbosa, e
aprovado por 14 votos a um.
Muitas
faixas eram vistas em meio à multidão com dizeres dos mais variados, como
“Casamento só entre homem e mulher, Deus é a favor da família”, ou mesmo
“Contra a decisão do CNJ e a favor da família”.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
A mídia, os homossexuais e os evangélicos
Ultimamente
a mídia tem noticiado intensamente em “defesa” da classe minoritária dos
homossexuais em detrimento ao deputado federal Marcos Feliciano e aos
evangélicos (pelo menos é isso que transparece). A razão é porque Feliciano
alcançou o posto de presidente da comissão de direitos humanos da Câmara
Federal e a mídia fez pensar que seu discurso nas pregações e entrevistas demonstravam
homofobia e racismo, contrariando a política daquela comissão. Mas talvez isso
seja pelo fato dele ser evangélico e ter convicções tradicionais acerca da
família. Essa articulação ideológica, a meu ver, é uma tentativa de desabonar algo
ou alguns para beneficiar a reinvindicação, dentre muitas outras existentes, da
minoria homossexual de querer uma união legal de pessoas do mesmo sexo equiparada
à família tradicional. Afinal de contas, diante de tanta turbulência, o que
está por trás de tudo isso? Uma luta para estabelecer um regime liberal e sem a
moral tradicional, fomentado por um socialismo sem limites, mas que já nasce
estigmatizado por estar erguendo muros já derribados de opressão e tirania
contra a religiosidade cristã da maioria dos brasileiros?
Para a mídia, Marco Feliciano é a
personificação do movimento evangélico. Desta forma, tem explorado que o
discurso evangélico é machista e homofóbico. Entendemos que homofobia é um
termo de notória agressividade. Segundo o dicionário virtual Michaelis (http://michaelis.uol.com.br/), significa “Aversão ou rejeição a homossexual e ao homossexualismo”. Conscientes
do seu significado, entendemos que a etimologia das palavras “aversão” e
“rejeição” devem ser classificadas como ativismo agressivo, de insultos e de
desprezo que atentam contra a vida de homossexuais. Todo homossexual de bom senso
testemunhará que não sofreu agressão física ou verbal de alguém cujo preceito
fundamental de vida é o Cristianismo. Muitos evangélicos, por sinal, trabalham
para ajudar homossexuais a aceitarem aquilo que a natureza os confiou ou
simplesmente respeitam sua opção. Acredito, ainda, que enquanto pessoas foram e
são respeitadas por esses cristão-evangélicos tradicionais, porquanto,
entendemos, que todo cristão, doutrinariamente fiel às Escrituras, respeita a
liberdade do outro de viver dentro de determinados padrões particulares.
Respeitamos a liberdade, mas externamos nossas convicções. Isto é o que se
chama tolerância: saber viver entre as desigualdades com respeito às escolhas
de cada um.
Por outro lado,
homossexuais e outros simpatizantes do movimento têm levantado uma bandeira de
intolerância religiosa na qual se acham vítimas de tratos discriminatórios dos
evangélicos, sem nem ao menos levar em conta que tratam os evangélicos com
desigualdade e intolerância. Se há alguém intolerante nesta história é, na
verdade, o que brada com vigor descomedido, ódio explícito nos discursos e
reações com palavras de baixo escalão, interferindo no direito do outro de se
manifestar, ou seja, os ativistas da diversidade sexual. Apesar disso, a militância evangélica tem sido pacífica.
Assim, nas
entrelinhas dos discursos, existe uma questão impositiva que é classificar
cristãos de homofóbicos. Têm-se obrigado a esses aceitarem um comportamento que
é antagônico à ética de suas convicções, se não, reafirmamos, os evangélicos serão
discriminados e classificados como homofóbicos. Isto é também uma forma de
discriminação e preconceito. Essa ação é um equívoco racional, moral e legal. O
cristão tem liberdade, assim como o homossexual tem sua liberdade, de se
manifestar contra algo que é contrário àquilo em que acredita. É preciso fazer
uma ponderação razoável. Salientamos ainda que no movimento homossexual há uma exigência
para legitimar sua particularidade “familiar”, enquanto há uma negação
explícita do conceito de família no sentido autêntico e natural. Essa
interferência no que é próprio do outro (família tradicional) é o que desabona
a reinvindicação homossexual. Todavia, não há qualquer preocupação em se
discutir o assunto da negação da família tradicional e reafirmar o seu conceito
verdadeiro entre a maioria dos agentes políticos. Muito embora possam rotular
família dentro de um padrão homo, nunca conseguirão alcançar os benefícios que
Deus e a natureza a outorgaram.
Qualquer
cidadão, e não me refiro apenas a cidadãos de um só grupo, tem liberdade de se expressar acerca de qualquer assunto que esteja no campo da argumentação e das teorias.
Afinal, parece que é como vivemos: circunscritos em teorias de vida para cada
momento histórico e específico de uma sociedade que neste momento encontra-se alienada
pelo hedonismo e distanciada daquilo que é transcendente. Se há alguém que se apega
ao transcendente nestes movimentos de inversão de valores é pelo simples fato
do querer “estar de bem com vida” e não de querer cumprir cabalmente um
preceito sagrada e divino. É sensação e não convicção. Reafirmo se alguns não
respeitam as várias liberdades, não podem reivindicar direitos e chamar este
país de um Estado Democrático de Direito que preza pela liberdade e segurança
dos seus. Lembremos o que versa a Carta Magna, é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato e é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias
(CF/88, Art 5º, IV, e VI). A norma diz tudo!
Contrariamente a Magna Carta, um anteprojeto do estatuto da
diversidade sexual, pensado pela Comissão Especial da
Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que não é lei e tenta ultrapassar os limites
constitucionais, criminalizando a pregação de que o homossexualismo é prática
pecaminosa, traz no seu Artigo 100 penas de 2 a 5 anos para quem pregar contra
a sodomia. Quer dizer, um homem honesto e pacífico cuja família é referencial
de conduta moral, comportamento social e não traz prejuízos às instituições do
Estado, por pregar e ensinar o que acredita pela sua Bíblia, poderá ser
criminalizado e condenado a passar anos na prisão porque pregou contra práticas
que atentam contra sua moral. Ouvi pessoas dizendo que tal posicionamento dos
evangélicos é conservador e ultrapassado, mas fazer o que o exemplo acima
demonstrou é voltar ao tempo do Império Romano, nos dias em que cristãos eram
delatados simplesmente por sua fé e, assim, entregues a verdugos e a feras para
a morte.
Na verdade, são muitas as pressões que vejo todos os dias nos
jornais e nos vários portais de notícias pela internet contra, como dizem, o
conservadorismo dos evangélicos e suas ações reacionárias. Enquanto todos estão
atentos ao que mídia afirma como verdade, persuadindo a grande massa, em grande
parte desprovida de crítica, é difundida uma reivindicação capaz de prejudicar
inúmeras famílias, inclusive, aquela nova configuração que estão querendo
legalizar. Estou intencionado em dizer que num país democrático todas as partes
tem que ser ouvidas e respeitadas. Acredito que os homossexuais são respeitados
pelas leis já existentes, não precisariam de mais nenhuma, mas como qualquer
outro brasileiro sofrem pela morosidade do processo penal de crimes contra eles
deflagrados e pelas injustiças. O que lamento. Porquanto, se algum homossexual
sofre agressões e morte por causa de suas práticas que os verdadeiros
agressores sofram à pena prescrita nas leis penais.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Entendendo o Calvinismo emergente
Atualmente, existe uma grande
onda de calvinismo emergente. Os seus defensores ganharam fôlego durante o
governo de Bush nos EUA. No parágrafo seguinte, eu explico a razão desse
“avivamento” calvinista.
O calvinismo
ortodoxo tem uma visão escatológica pós-milenista, ou seja, acredita que a
igreja, por militância em todas as áreas, vai mudar a sociedade ANTES da vinda
de Jesus. Foi esse tipo de visão que influenciou a Revolução Puritana ocorrida
na Inglaterra do século XVII sob a influência de Cromwell. Em tempos mais
recentes, essa posição pós-milenista foi fortemente defendida pelos calvinistas
holandeses, discípulos de Kuyper.
O otimismo
calvinista perdeu muita força com as duas guerras mundiais, a ameaça comunista
e a secularização. Nesse momento, o dispensacionalismo dos batistas gerais (não
calvinistas) e dos pentecostais ganhou maior influência.
A ameaça
islâmica trouxe aos americanos a idéia de uma luta religiosa em nível global. O
governo de Bush foi marcado pela influência da perspectiva religiosa nas
decisões políticas, pela esperança de cristianização das instituições e pelo
retorno do ensino criacionista nas escolas públicas. Isso tudo trouxe o
pós-milenismo de volta, dando ao calvinismo muita força. Como, no meio
evangélico norte-americano, os calvinistas representam uma elite econômica,
eles resolveram desembolsar grandes somas para a divulgação do calvinismo.
Muitas editoras evangélicas importantes ficaram inclusive sob o controle de
censores calvinistas.
Os EUA têm o
seu histórico religioso mapeado por condições políticas e sociais. Assim, os
séculos XVIII e XIX foram marcados pela influência de metodistas e batistas,
enquanto o século XX relevou a força do pentecostalismo, o qual encontrou o seu
auge na década de 80. Agora, é a chance dos neocalvinistas.
O sonho
calvinista de dominar as instituições (teonomia) pela militância (inclusive,
política) leva a uma tendência para a intolerância, enquanto a visão elitista
da eleição eterna cria um sentimento de superioridade. Eis as grandes tentações
a serem vencidas pelo calvinismo emergente.
Os nossos
irmãos calvinistas costumam ressaltar que figuras emblemáticas do movimento
evangélico, como Jonathan Edwards, George Whitefield e C. H. Spurgeon, foram
calvinistas, para não falar no próprio Calvino e, mais ou menos, em Lutero. A
partir daí, em uma indução apressada, eles concluem que todos os cristãos
ortodoxos ao longo da história foram calvinistas.
Os fatos
revelam coisa bem diferente. Todos os pais da igreja até Agostinho ensinaram
coisas incompatíveis com a interpretação calvinista da predestinação. Todos os
estudiosos de Agostinho reconhecem que o mestre de Hipona teve duas fases. Na
primeira, ele não ensinava o que veio a ser chamado de calvinismo. Na segunda, o
zelo de combater a heresia pelagiana o levou ao extremo oposto e ele defendeu
algo próximo do que veio a ser chamado de calvinismo. Nessa fase, ele se
mostrou notadamente intolerante, incentivando a perseguição aos dissidentes.
É bom dizer
que, se Agostinho foi um “calvinista”, ele foi um “calvinista incoerente”, pois
manteve muitas afirmações incompatíveis com o ensino de Calvino, mesmo na
segunda fase de seu pensamento. Tanto Calvino nas “Institutas” como os
calvinistas conscientes admitem o fato.
O famoso
historiador protestante Justo L. Gonzalez afirma que poucos teólogos
importantes da Idade Média reproduziram o ensino determinista de Agostinho.
No movimento
evangélico, os anabatistas tinham uma interpretação não calvinista da
predestinação. Lutero ensinou algo dúbio, pois o seu “Deus revelado” era
compreendido arminianamente, enquanto o seu “Deus abscôndito” era entendido de
modo calvinista. Felipe Melanchton, companheiro e sucessor de Lutero, opôs-se à
interpretação restritiva da predestinação, entrando em tensão com o calvinismo.
R. T. Kendall explica que o próprio Calvino defendeu a expiação universal
(embora defendesse a predestinação absoluta) e que a doutrina da expiação
limitada foi fruto da “modificação puritana da Teologia de Calvino”. O próprio
Arminius foi um homem profundamente piedoso e um grande teólogo de formação
calvinista que rompeu com a teologia de Calvino. Aproveitamos a oportunidade
para dizer que, diferentemente dos arminianos subsequentes, Arminius defendeu a
perseverança dos santos e a segurança eterna dos salvos.
Entre os não
inteiramente calvinistas (já que concordamos em muitos pontos com o
calvinismo), podemos ainda colocar o puritano Richard Baxter, John Bunyan
(autor de “O Peregrino”), John Wesley, Charles Wesley, Charles Finney, D. L.
Moody e Billy Graham (embora o último seja uma figura controversa).
Atualmente,
importantes autores calvinistas estão em evidência, como Sproul e Pieper. No
entanto, devemos lembrar que grandes apologetas da fé cristã na atualidade não
são calvinistas (embora, como nós, insistam que o crente não perde a sua
salvação). Entre eles, nós encontramos: Norman Geisler, Gary Habermas, William
Lane Craig e Dave Hunt. Geisler e Hunt já escreveram, por exemplo, livros
inteiros em refutação ao calvinismo, além de terem participado de vários
debates sobre o assunto.
Alvin Platinga
foi considerado o “principal filósofo protestante ortodoxo nos EUA” pela
revista “Time”. É professor da Universidade de Notre Dame. Formado na tradição
reformada holandesa, ele era o orgulho do calvinismo. No entanto, quando era
professor no Calvin College (Faculdade Calvino), instituição de referência do
calvinismo americano, ele publicou um livro sobre o livre-arbítrio, notadamente
anti-calvinista. O calvinista John Frame chegou mesmo a dizer que ele defendeu
o conceito arminiano de liberdade.
Entre os
batistas, nós temos duas posições. Os batistas mais antigos, provenientes dos
anabatistas (que podem legitimamente traçar uma linha sucessória desde a igreja
apostólica), são chamados batistas gerais e não são calvinistas. Os batistas
particulares são os outros. Eles são calvinistas e vieram dos puritanos (dos
congregacionais mais exatamente). Na sociedade inglesa dos séculos XVII e
XVIII, berço dos batistas americanos, os batistas gerais eram a maioria (pelo
menos inicialmente), mas eram os mais pobres. Os batistas particulares eram da
elite econômica e foram influentes nos campos político e institucional. Por sua
posição, fizeram os ensinos de Calvino prevalecer, mas, numa geração seguinte,
os batistas gerais voltaram a ser maioria.
Esse breve
resumo histórico teve por objetivo mostrar que nós (não calvinistas estritos)
não temos que nos sentir acabrunhados diante da grande pressão psicológica do
calvinismo emergente. Como batistas gerais, por sua vez, queremos deixar claro
que continuamos a sustentar a perseverança dos santos, pois um verdadeiro
crente não deixa de perseverar, não perde a salvação!
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Mestre em
Direito (UFC), Doutor em Sociologia da Religião (UFC), Livre Docente em
Filosofia (UVA), Th. D. (Doutor em Teologia) pela Ethnic Christian Open
University, Pós-Graduado em Teologia Histórica e Dogmática (FAERPI), DIRETOR DO
INSTITUTO PIETISTA DE CULTURA