domingo, 2 de novembro de 2014

A Igreja Evangélica brasileira e a INCLUSÃO SOCIAL



As igrejas evangélicas são instituições que marcaram profundamente a história social do Brasil. Pregadores e incentivadores de práticas voltadas para o próximo (o outro) influenciaram práticas de inclusão social mesmo antes de as autoridades públicas criarem o conceito. Obviamente, priorizaram a pregação das boas novas do Evangelho, mas como consequência de suas vidas redimidas favoreceram os menos favorecidos com ações que ultrapassaram os muros de seus templos.
Escolas dentro da perspectiva contemporânea são encontradas quando não havia tantos incentivos educacionais:


Imigrantes alemães encontraram nos morros do Vale do Sinos as terras que procuravam para fixarem seus valores, sua cultura e sua identidade, presentes até hoje! Foi aqui que edificaram escolas e igrejas, construíram novos empreendimentos, dando nomes a lugares, pessoas e objetos. Formaram Hamburger Berg, Hamburgo Velho, e depois Novo Hamburgo, hoje com mais de 240.000 habitantes. É nesta terra cheia de histórias que, em 1832, criaram a primeira escola que fundamentou a base da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo, a IENH. A Escola da Comunidade Evangélica de Hamburgo Velho, hoje Unidade Pindorama, foi fundada em 1832, nos primórdios da existência da Comunidade. Em 1886, as irmãs Lina e Amália Engel fundavam a escola feminina, cuja administração e patrimônio posteriormente foi destinado ao Sínodo Rio-Grandense, dando início à Fundação Evangélica. Isto foi em 1895, com o nome de "Evangelisches Stift". Ficou assim por 66 anos, até 1961. Em 1896, a Comunidade Evangélica de Novo Hamburgo fundava a sua escola, posteriormente denominada Escola Evangélica Oswaldo Cruz. (http://www.ienh.com.br/4-conheca-a-ienh)

“O Hospital Casa Evangélico do Rio de Janeiro é o primeiro Hospital Evangélico do Brasil. Sua fundação deu-se no dia 11 de Outubro de 1887 em um contexto de restrições à liberdade religiosa no Brasil. A Associação do Hospital Casa Evangélico do Rio de Janeiro uniu os primeiros protestantes: Congregacionais, Batistas, Episcopais, Luteranos, Metodistas e Presbiterianos e no dia 11 de Outubro de 1912 foi inaugurado o edifício hospitalar tendo como arquiteto o Comendador Antonio Januzzi.” (http://www.herj.com.br/hospital.html).

Ainda no século XIX, “Apesar da situação precária, os evangélicos (Luteranos) ainda partiram para a atuação social. Em 1892 surgiu em Taquari, no Rio Grande do Sul, o mais antigo asilo evangélico da América Latino, os Asilos Pella e Bethânia" (www.paroquiamatriz.org.br/textos/Historia_IECLB.rtf).
O orfanato da Igreja Evangélica Fluminense (Igreja organizada em 1858) foi criado:


O Sr. Abílio Augusto Biato, presbítero da lgreja Evangélica Fluminense, perdera a sua esposa e leal companheira, Sra. Leopoldina Novaes Biato, que deixava órfãos sete crianças. Nessa embaraçosa situação, viu-se o  presbítero Biato na contingência de internar três dos seus filhos, num colégio interno em Lavras, MG, até quando o Senhor mesmo lhe deparou uma outra esposa. Compreendeu, então, o Sr. Biato, a grande e imperiosa necessidade da criação de um estabelecimento, pela nossa União, onde seriam recolhidos os Filhos de nossos irmãos e os de outras pessoas. No dia 29 de maio de 1919, quando estava reunida a lll Convenção das Igrejas Evangélicas Indenominacionais (assim se denominava a nossa União de lgrejas), o presbítero Abílio Augusto Biato, um dos delegados ali presentes, lançou a proposta nesse sentido, sendo recebida com aplausos. Aprovada por unanimidade, ficando todos os convencionais em pé.” (http://www.igrejaevangelicafluminense.org/memoria-viva/)

Na tentativa de retirar jovens do vício das drogas, o Desafio Jovem foi implantado no Brasil:


Há 35 anos  atrás, um  pouco mais, em outubro de 1972, chegava  a Brasília  o autor  do livro  “A  CRUZ E O PUNHAL”, já traduzido para o português, o já lendário pastor norte-americano  DAVID  WILKERSON. Ele se notabilizara  por ter sido preso no Fórum de Nova York, quando tentava defender sete  jovens que  haviam matado um adolescente  numa cadeira de rodas, estando todos eles sob o domínio das drogas. A  fato percorreu o mundo e o  seu livro  tornou-se best-seller, traduzido em várias línguas. Esse pastor, jovem, magricela, simples, mas  com um olhar firme e penetrante, que impressionava  multidões com suas  experiências junto a esses usuários de drogas, utilizando tão somente a Palavra de Deus  e  tendo a Bíblia como  arma de libertação, despertou os brasileiros. Em especial os líderes e os jovens, para  uma cruzada  de esperança  para que  o mesmo fenômeno ocorresse em nosso  país. Em pouco tempo começaram a se levantar obras em todas as regiões do Brasil. Já havia um trabalho em Goiânia- “Movimento Jovens Livres” e outros surgiram, a maioria  com a denominação Desafio Jovem, como a de Brasília, e outras  como o Esquadrão da Vida, de Bauru, e o Movimento S-8, em Niterói. Seus  dirigentes  foram considerados os pioneiros desta obra extraordinária  que cresceria  em nosso país: Paulina e Paulo Brasil, Galdino Moreira Filho, Edmundo Munis Chaves, e  através deles dezenas  de outras entidades foram criadas. A história  do Desafio Jovem do Brasil teve duas  etapas. A primeira, de 1977 a  1982,  quando foi  fundada e  teve  como seu primeiro Presidente o saudoso Pr Bernardo Johnson, responsável pela vinda de David Wilkerson ao Brasil, e grande amigo das obras de recuperação. A esse  homem incansável, muito deve o Desafio Jovem do Brasil. Não podendo continuar na presidência  da obra nacional, assumiu   o cargo  o Diretor Executivo,  então Professor Galdino Moreira Filho, que   presidiu até 1982. Ao  se retirar da presidência, foi substituído pelo Pr Nilton Tuller e logo depois pelo Pr.  Carlos Alberto Leandro. (http://www.desafiojovemdobrasil.com.br/historico_djb.html)

            Além dos relatos acima, encontramos facilmente outras instituições cuja dedicação foi voltada para políticas públicas, inclusive, sem o amparo governamental, ou seja, sem os recursos do erário público.
            Com respeito à economia, a população evangélica cresceu e ampliou o mercado consumista, gerando renda e emprego com os itens de sua fé. Não é sem motivos que encontramos um elevado índice nesta categoria, veja notícia sobre o assunto:

“O mercado de consumo de produtos ligados à fé entre evangélicos é bastante amplo e movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões por ano. Essa é a conclusão de Mário René, professor de ciências do comportamento da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A pesquisa feita pelo professor indica o que o crescimento do público em mais de 60% entre os anos 2000 e 2010 é uma demonstração do potencial do mercado.” (http://noticias.gospelmais.com.br/produtos-evangelicos-movimentam-12-bilhoes-ano-estudo-63873.html).

Além das políticas sociais e assistenciais, há um crescimento do mercado evangélico, a oferta de empregos e renda gerados a partir dele, a abertura de novas empresas dentro do segmento, o fomento de empresas seculares como parceiras, entre outras, têm gerado recolhimento de tributos e impostos para os governos. Porém, será que os governantes têm reconhecido tantos feitos evangélicos e protestantes? Acredito que não, pois as medidas e as legislações que estão na iminência de aprovação reduzirão todos esses feitos sociais e benefícios para a população brasileira a meras ações religiosas que devem ser desprezadas neste novo contexto de inversão de valores. Em retribuição a tudo quanto a Igreja Evangélica produziu, receberá a reprovação de suas condutas e dos seus valores.

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