A grande batalha da Igreja do nosso tempo já começou com
ela em desvantagem. O grande motivo foi o desleixo espiritual e a apostasia que
entrou em seu seio, fazendo ruir os pilares da fé cristã. Suas estruturas
modificadas e mundanizadas não atraem a atenção do mundo vil, pelo contrário,
ela passa a ser entendida apenas como uma das múltiplas atividades possíveis
para se desfrutar; contudo, dentro da cosmovisão mundanizante na qual o homem
adota a forma pela qual entende a Deus e não da forma como Deus estabelece sua
compreensão. Salienta-se que a compreensão desse homem está viciada pelo
acúmulo de pecados praticados.
Mas, por que o pecado se multiplicou? Por que a
sexualidade é o pecado em maior evidência? Porque muitos dos
cristãos-evangélicos se permitiram pecar sem restrições. Muitos evangélicos tornaram-se
desonestos em seus negócios, adúlteros, fornicadores, amantes do dinheiro e
perderam o ideal da graça e da unção de Deus, equiparando-se em classe aos infiéis.
Com isso, sua moral e reputação diminuíram trazendo não uma indignação, mas um
sentimento de empatia no qual o ímpio se questiona sobre a possibilidade de também
extrapolar no pecado. A lógica é a seguinte: “Se os religiosos podem pecar, os
ímpios não podem ficar para trás e devem pecar muito mais!”. Ou seja, a
mundanização da Igreja promove o pecado no mundo e sua expansão (intensificação
dos pecados conhecidos e criação de novas maneiras de pecar).
Por força dessas ocorrências, gostaríamos de “parabenizar”
os cantores evangélicos que misturaram o sagrado com o profano, promovendo
shows e entretenimento para as massas evangélicas desviadas cujo anseio é “libertar-se”
em danças sensuais e rebeldes, principalmente uma juventude que foi transviada
por esses prostitutos cultuais de nosso tempo. Também “parabenizar” pelas
músicas vazias, muitas sem muito sentido, mas cheias de gírias e ritmos
mundanos, carregadas de heresias que contaminam leigos.
Gostaríamos
de “parabenizar” as mulheres, supostamente cristãs, pelo seu coquetismo,
sentimento que tenta despertar admiração no homem para seduzi-lo. “Parabenizar”
pela sua leviandade que tem promovido adultérios e separações dentro das
igrejas, porquanto algumas mulheres casadas têm chamado à atenção de outros
homens, mas seus discursos polidos e falsos afirmam que querem apenas agradar e
ficar bonitas para seus maridos. Esse espírito de falsidade nos quais os
maridos estão acalentados e não querem
perceber o mal que estão permitindo em suas casas é típico da mulher devassa e
maligna que sabe persuadir o marido néscio. O que essas mulheres vaidosas querem
realmente é ser desejadas pelo outro; para alcançarem seus objetivos tomam dinheiro
de seus maridos para se adornarem em salões de beleza (estúdio hedonístico)
pintando seus cabelos, rostos, unhas e outras partes do corpo, abdicando da
simplicidade cristã e dos valores pregados pelo Salvador para se tornarem
Jezabeis débeis-carnais.
“Parabéns”
aos teólogos metidos a intelectuais evangélicos que relativizam a interpretação
das Sagradas Escrituras e promovem a cisão e a separação de Igrejas e do
movimento evangélico, ora retardado pela falta de conhecimento. “Parabéns” pela
sua insinuação herética que desvirtua a univocidade bíblica. “Parabéns” pela
sua falta de discernimento espiritual nutrido pela falta de oração e comunhão
com Deus, pelo espírito soberbo e irascível promovedor de celeumas e contentas
cujo interesse é a discórdia pela discórdia. “Parabéns” pelas suas home pages cheias de links e de tantas informações que enfeitiçam
o ignorante internauta-cristão incapaz de discernir o sentimento maquiavélico
de suas pretensões. “Parabéns” pela ampliação de seus estudos e conhecimento
cujo objetivo é destruir as almas intocadas pelo convencimento árido de quem
quer desabonar os feitos do Senhor. “Parabéns” pela vida vã e pelo sentimento
melífluo.
“Parabéns”
aos pastores-políticos devido sua falta de unção para ganharem multidões para
Cristo e apascentarem seus rebanhos. “Parabéns” pelo paliativo que criaram para
continuarem no auge: buscaram novas formas de “representarem” seus currais
eleitorais através da democracia semidireta. Não querem admitir que suas
reputações foram contaminadas pela política corrupta do mundo, razão pela qual
seus ideais foram modificados e seus interesses passaram a ser deste mundo.
Justamente o contrário do que ensinou Jesus quando afirmou que o seu Reino não
era deste mundo. “Parabéns” pelos seus maus testemunhos que motivam os mais vis
pecadores a ridicularizarem até mesmo das Igrejas evangélicas sérias que lutam
para conservar os ensinamentos cristãos e tem um comportamento louvável.
O
grande problema da Igreja de hoje é a falta de azeite e de luz na sua
lamparina. Conforme disse Jesus em Mateus 25, o sono das virgens loucas,
comparando a Igreja geral evangélica com o texto do Evangelho, impossibilitou a
percepção de seu real objetivo neste mundo de modo que sua letargia para com as
virtudes divinas nos faz entender o cumprimento do texto neste momento. Ora, se
a Igreja evangélica não está valorizando sua posição no mundo, sendo o que Deus
projetou para ela: ser sal (conservação dos ensinos) e luz (entendimento e prática
dos valores), como pode querer que o mundo lhe valorize?