quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Por que o mundo jaz em pecado?

A grande batalha da Igreja do nosso tempo já começou com ela em desvantagem. O grande motivo foi o desleixo espiritual e a apostasia que entrou em seu seio, fazendo ruir os pilares da fé cristã. Suas estruturas modificadas e mundanizadas não atraem a atenção do mundo vil, pelo contrário, ela passa a ser entendida apenas como uma das múltiplas atividades possíveis para se desfrutar; contudo, dentro da cosmovisão mundanizante na qual o homem adota a forma pela qual entende a Deus e não da forma como Deus estabelece sua compreensão. Salienta-se que a compreensão desse homem está viciada pelo acúmulo de pecados praticados.
            Mas, por que o pecado se multiplicou? Por que a sexualidade é o pecado em maior evidência? Porque muitos dos cristãos-evangélicos se permitiram pecar sem restrições. Muitos evangélicos tornaram-se desonestos em seus negócios, adúlteros, fornicadores, amantes do dinheiro e perderam o ideal da graça e da unção de Deus, equiparando-se em classe aos infiéis. Com isso, sua moral e reputação diminuíram trazendo não uma indignação, mas um sentimento de empatia no qual o ímpio se questiona sobre a possibilidade de também extrapolar no pecado. A lógica é a seguinte: “Se os religiosos podem pecar, os ímpios não podem ficar para trás e devem pecar muito mais!”. Ou seja, a mundanização da Igreja promove o pecado no mundo e sua expansão (intensificação dos pecados conhecidos e criação de novas maneiras de pecar).
            Por força dessas ocorrências, gostaríamos de “parabenizar” os cantores evangélicos que misturaram o sagrado com o profano, promovendo shows e entretenimento para as massas evangélicas desviadas cujo anseio é “libertar-se” em danças sensuais e rebeldes, principalmente uma juventude que foi transviada por esses prostitutos cultuais de nosso tempo. Também “parabenizar” pelas músicas vazias, muitas sem muito sentido, mas cheias de gírias e ritmos mundanos, carregadas de heresias que contaminam leigos.
Gostaríamos de “parabenizar” as mulheres, supostamente cristãs, pelo seu coquetismo, sentimento que tenta despertar admiração no homem para seduzi-lo. “Parabenizar” pela sua leviandade que tem promovido adultérios e separações dentro das igrejas, porquanto algumas mulheres casadas têm chamado à atenção de outros homens, mas seus discursos polidos e falsos afirmam que querem apenas agradar e ficar bonitas para seus maridos. Esse espírito de falsidade nos quais os maridos estão acalentados e não querem perceber o mal que estão permitindo em suas casas é típico da mulher devassa e maligna que sabe persuadir o marido néscio. O que essas mulheres vaidosas querem realmente é ser desejadas pelo outro; para alcançarem seus objetivos tomam dinheiro de seus maridos para se adornarem em salões de beleza (estúdio hedonístico) pintando seus cabelos, rostos, unhas e outras partes do corpo, abdicando da simplicidade cristã e dos valores pregados pelo Salvador para se tornarem Jezabeis débeis-carnais.
“Parabéns” aos teólogos metidos a intelectuais evangélicos que relativizam a interpretação das Sagradas Escrituras e promovem a cisão e a separação de Igrejas e do movimento evangélico, ora retardado pela falta de conhecimento. “Parabéns” pela sua insinuação herética que desvirtua a univocidade bíblica. “Parabéns” pela sua falta de discernimento espiritual nutrido pela falta de oração e comunhão com Deus, pelo espírito soberbo e irascível promovedor de celeumas e contentas cujo interesse é a discórdia pela discórdia. “Parabéns” pelas suas home pages cheias de links e de tantas informações que enfeitiçam o ignorante internauta-cristão incapaz de discernir o sentimento maquiavélico de suas pretensões. “Parabéns” pela ampliação de seus estudos e conhecimento cujo objetivo é destruir as almas intocadas pelo convencimento árido de quem quer desabonar os feitos do Senhor. “Parabéns” pela vida vã e pelo sentimento melífluo.
“Parabéns” aos pastores-políticos devido sua falta de unção para ganharem multidões para Cristo e apascentarem seus rebanhos. “Parabéns” pelo paliativo que criaram para continuarem no auge: buscaram novas formas de “representarem” seus currais eleitorais através da democracia semidireta. Não querem admitir que suas reputações foram contaminadas pela política corrupta do mundo, razão pela qual seus ideais foram modificados e seus interesses passaram a ser deste mundo. Justamente o contrário do que ensinou Jesus quando afirmou que o seu Reino não era deste mundo. “Parabéns” pelos seus maus testemunhos que motivam os mais vis pecadores a ridicularizarem até mesmo das Igrejas evangélicas sérias que lutam para conservar os ensinamentos cristãos e tem um comportamento louvável.   

O grande problema da Igreja de hoje é a falta de azeite e de luz na sua lamparina. Conforme disse Jesus em Mateus 25, o sono das virgens loucas, comparando a Igreja geral evangélica com o texto do Evangelho, impossibilitou a percepção de seu real objetivo neste mundo de modo que sua letargia para com as virtudes divinas nos faz entender o cumprimento do texto neste momento. Ora, se a Igreja evangélica não está valorizando sua posição no mundo, sendo o que Deus projetou para ela: ser sal (conservação dos ensinos) e luz (entendimento e prática dos valores), como pode querer que o mundo lhe valorize?

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