quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Unção para pregar

Segundo notícia recente (04/11) do jornal The Guardian, a Igreja da Inglaterra tem percebido um descontentamento da população quanto ao evangelismo de seus membros. De certa forma, a ideia moderna de proselitismo na qual se induz apenas uma mudança de religião tem “desanimado” qualquer audição da mensagem cristã, produzindo até descontentamentos. Não gostaríamos de negar o fato de o homem natural rejeitar bens espirituais, pois é um princípio das Escrituras, mas pretendemos apontar para outro problema que talvez seja o mais relevante.
             Para se pregar é necessário capacitação do alto; um poder persuasivo capaz de tirar dúvidas do coração do pecador para firmá-lo em convicções duradouras. Essa lição, Cristo ensinou aos seus discípulos quando expôs sobre a necessidade de aguardarem “em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder”. A pregação de Pedro após o momento de revestimento do poder prenunciado levou o feriado de Pentecoste ser um marco para a Igreja Primitiva e para os desdobramentos seus ao longo da História. Naquele dia, milhares de pessoas foram convertidas pela explanação de um pescador que até bem pouco tempo havia negado o Cristo. Mas, o que aconteceu? A influência do Espírito através de sua vida levou convencimento de pecados aos seus ouvintes de modo que não havia outra motivação se não se renderem aos “pés da cruz”.
            Alinhada ao essa situação, quando o avivamento em Gales começou por instrumentalidade de Evan Roberts, a Inglaterra sentiu seus efeitos. Na verdade, todo o Reino Unido viu-se abalado pelo impacto da unção de Deus na vida de homens e mulheres que se consagraram no propósito de pregação. Temos notícias de que nos anos anteriores à visitação do Espírito a grande ilha passava por um momento de letargia espiritual. Nas palavras do reverendo J. Vyrnwy Morgan (The Welsh Religious Revival, 1904-5): “... as nossas igrejas evangélicas têm de relatar a falta de progresso. A verdade é que o Cristianismo evangélico na Inglaterra e no País de Gales está perdendo adesão e espaço. Estamos realmente na defensiva. Além disso, o evangelicalismo está perdendo rapidamente sua própria integridade intelectual”. Porém, após a percepção espiritual da degradante vida eclesiástica e social e a operação do Espírito, 100.000 almas se converteram em Gales num espaço de 9 meses, além das muitas ocorridas nos demais países da península.

            Portanto, para resolver a falta de apego ao Cristianismo, principalmente em Gales, Evan propunha um caminho de oração insistente com renúncias, e o que se viu foi um grande despertamento espiritual e conversões das mais variadas. O que falta para a Inglaterra, e não somente para esse país, mas para nós também, é um grande despertamento para a oração a fim de que nossos corações sejam incendiados pelo amor e poder de Deus. Assim poderemos pregar e esperar conversões com paixão e compromisso, sem a ideia de o Cristianismo ser um fardo, antes ser refrigério para a alma.

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