segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sobre Evan Roberts por Frank Bartleman

Frank Bartleman
Durante alguns dias tive a impressão de que outra carta chegaria de Evan Roberts. Logo chegou e dizia o seguinte:

País de Gales, 14 de novembro de 1905.

Meu caro companheiro: O que posso lhe dizer que o encoraje nesta grande luta?

Vejo que é uma luta terrível: o reino do mal está sendo atacado de todos os lados. Oh! São milhares de orações - não só orações formais - mas a própria alma chegando diretamente ao Trono Branco! O povo de Gales tem aprendido a orar neste último ano. Que o Senhor os abençoe com um grande derramamento. Em Gales parece que o Senhor está sobre a congregação, esperando que os corações dos seguidores de Cristo se abram. Tivemos um grande derramamento do Espírito Santo na última noite de sábado. Antes disto o conceito que o povo tinha do verdadeiro louvor foi corrigido. Vimos que devemos:

1. Dar a Deus, e não receber.
2. Agradar a Deus , e não a nós mesmos.

Oramos, então, olhando para Deus e não para o inimigo, nem para o medo dos homens, e o Espírito do Senhor se fez presente. Tenho pedido a Deus em oração para manter você forte na sua fé e para salvar a Califórnia. Permaneço seu irmão na luta - de Evan Roberts.

Era a terceira carta que recebíamos de Evan Roberts, de Gales, e percebi que sua oração tivera muito a ver com a nossa vitória final na Califórnia.

Evan Roberts nos conta a respeito de sua própria experiência com Deus:

"Uma Sexta-feira à noite, no último outono, enquanto orava ao lado de minha cama, antes de dormir, fui elevado a uma grande expansão, fora do tempo ou espaço. Era comunhão com Deus! Antes disso, eu conhecera um Deus distante. Fiquei apavorado naquela noite, mas depois disso nunca mais. Tremia tanto que a cama chegava a balançar e meu irmão que acordada me segurava, pensando que eu estava enfermo."

Esta experiência se repetiu todos os dias durante três meses, da uma às cinco da madrugada. Ele escreveu este recado ao mundo durante aquele período:

"O Avivamento no País de Gales não vem dos homens, é de Deus. Ele está muito próximo de nós; não há problemas de crenças ou dogmas neste movimento. Não estamos ensinando nenhuma doutrina sectária, só a maravilha e a beleza do amor de Cristo. Perguntaram-me sobre meus métodos, mas eu não os tenho. Nunca preparo o que vou dizer, mas deixo tudo para Ele. Eu não sou a fonte deste Avivamento, mas apenas um agente entre tantos outros que estão se transformando numa multidão. Não espero que as pessoas me sigam, mas quero o mundo para Cristo. Eu creio que o mundo está às portas de grande Avivamento espiritual e oro todos os dias para que eu possa ajudar na sua realização. Coisas maravilhosas têm acontecido em Gales nestas últimas semanas, mas elas são apenas o princípio. O mundo será varrido pelo Espírito Santo, como por um vento forte e poderoso.
Muitos que agora são cristãos silenciosos liderarão o movimento. Verão uma grande luz e refletirão essa luz sobre milhares que estão nas trevas. “Milhares se levantarão e farão mais do que nós jamais conseguimos realizar, à medida que Deus lhes der poder.”

Que humildade maravilhosa! Este é sempre o segredo do poder.

Evan Roberts
Uma testemunha inglesa do Avivamento em Gales escreveu: “Tanta angústia na intercessão pelas almas dos não salvos nunca antes presenciei. Vi o jovem Evan Roberts transtornado pela dor, e convidando o auditório a orar. ‘Não cantem’, ele suplicava, ‘é terrível demais para cantar!’” (A convicção do pecado muitas vezes é perdida pelo povo, quando se canta demais.)

Outro escritor declarou que não era a eloquência de Evan Roberts que comovia o povo; eram suas lágrimas. Ele os quebrantava, chorando amargamente para que Deus os dobrasse em tal agonia que as lágrimas escorriam pelo seu rosto e todo o seu corpo tremia. Homens fortes eram quebrantados e choravam como crianças. As mulheres gritavam de medo. O barulho do choro e dos gritos enchia o ar. Quando sua agonia se tornava maior, Evan Roberts Chegava a cair diante do púlpito, enquanto muitos dentre o povo chegavam a desmaiar.

Extraído do livro “A história do Avivamento Azuza” por Frank Bartleman

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