segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Escritores evangélicos esquecidos

Na década de 60, o movimento evangélico brasileiro recebeu um de seus mais ilustres escritores. Desconhecido do grande público evangélico atual, o ex-padre Aníbal Pereira dos Reis (in memoriam) marcou época ao escrever bastante contra o catolicismo romano, desvendando muitos dos mistérios e segredos que estavam ocultados pelo clero daquela instituição. Além disso, testemunhou que nefastas atitudes eram alimentadas nas paróquias como forma de mistificar a fé e “aprisionar” seus adeptos. Ele, por diversos anos, ensinou e pregou esta falsa doutrina, como ele mesmo atestou, marcando história desde sua ordenação em 1949, na cidade de Montes Claros, Minas Gerais, até 1961, quando se afastou definitivamente da religião católica. Sua atitude trouxe-lhe grandes problemas, pois teve que fugir debaixo de grandes represálias na cidade onde morava, Orlândia-SP. Tudo devido às grandes dúvidas que o cercavam com respeito às doutrinas e ao ritualismo romano.
Converteu-se a Cristo em 30 de maio de 1965 numa Igreja Batista e em 1970 foi ordenado pastor. Sua atitude de fé e reputação o precederam, já que se desvencilhou de sua primeira instituição com grande coragem, sabendo que sua atitude ocasionaria perseguição e represálias do clero brasileiro. Sua coragem foi ainda demonstrada através dos livros que escreveu, razão que lhe rendeu ingresso na Academia Evangélica de Letras, Associação Brasileira de Cultura e União Brasileira de Escritores. Seu caráter era resoluto, crítico e devotado às Escrituras. Sua maior produção foi dedicada à refutação aos dogmas católicos, escrevendo ao todo cerca de 40 livros.
Aníbal Pereira dos Reis deve ser redescoberto. Apesar de sua linguagem ser um tanto quanto rebuscada, isto não desmerece o conteúdo da obra. Precisamos, nós evangélicos, romper com o marasmo e a inércia para aprender mais e ousarmos ler com profundidade a sua obra. Muitos acreditam que o problema da leitura é cultural. O brasileiro não criou um hábito para boas leituras, mas apenas para livros superficiais imediatistas que carregam “fórmulas mágicas” para solucionar os muitos dilemas pelos quais passam. No entanto, o amadurecimento ocorre com leituras sólidas e bem amparadas como as de Aníbal Pereira. Uma pequena ressalva necessária é: o catolicismo não satisfeito com sua produção, desde a época de seu afastamento, investe contra este autor, tentando desabonar sua obra. Sabemos que o catolicismo se afastou dos princípios cristãos desde muito tempo, basta que façamos uma relação entre sua conduta e as Escrituras, utilizando-nos também um pouco de História, para verificarmos sua apostasia. Aníbal e sua obra figuram apenas como um elemento pequeno, mas que se manifesta como forte para concluirmos o que já foi através de um primeiro exame. Portanto, a leitura de Aníbal é imprescindível e necessária. Examine-a e comprove nossas palavras. Algumas obras de Aníbal Pereira dos Reis seguem abaixo.

O relacionamento de certa igreja com o governo português permitiu-lhe usufruir de inúmeras regalias. Entenda como isso motivou o "aparecimento" da "Senhora". As crianças usadas como cobais e transformadas em videntes. A mentira da água milagrosa proveniente da casa paroquial. Saiba de todos os detalhes que envolvem este grande "conto do vigário". 132 páginas (15 cm X 21 cm).
A origem deste mito com a obediência dos pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso a uma ordem extravagante do vigário José Alves Vilela. A ordem redentorista assume a responsabilidade de propagar o mito. Profundamente esclarecedor. Nenhum livro evangélico atingiu, no Brasil, 22 edições como este. 72 páginas (15 cm X 21 cm).
Na sua luta contra a Verdade, Satanás cria uma Igreja falsa para tentar neutralizar a Igreja de Cristo. A falsa Igreja, torce e distorce a verdade, corrompendo-a. Conheça esta Igreja, seus métodos, suas doutrinas e práticas, através da leitura deste livro. 88 páginas (15 cm X 21 cm).
Esta é a biografia de um homem tirado das trevas e levado à luz. Sua infância, estudos no seminário, ordenação, obras assistenciais, paroquiato em terras paulistas. Seu contato com a Bíblia que chegou a queimar. Sua conversão à Cristo. Por fim, sua decisão de se libertar do jugo romanista. 224 páginas (15 cm X 21 cm).
Este livro fala da importância de um homem nos primórdios da colonização do Brasil. Não se trata de Anchieta, mas de Jean Bollés, alguém que foi perseguido e martirizado pelo jesuíta pelo simples fato de  manter-se fiel à Palavra de Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo. Precisamos ser despertados quanto aos "heróis" que aprendemos a conhecer e admirar em nossas aulas de história quando crianças.  40 páginas (15 cm X 21 cm).
Este é o vigésimo nono livro de autoria do Dr. Aníbal que dignifica qualquer biblioteca, não só pelo seu conteúdo, mas também pelo nome de seu autor. Solicitamos ao leitor esquadrinhar estas páginas a convite do Espírito Santo, com a mente disponível  e o coração receptivo perante os textos sagrados da Palavra de Deus  transcritos e examinados pelo autor, que as escreveu com alegria transbordante usufruída da salvação eterna. 340 páginas (15 cm X 21 cm).

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