quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Vara de Ferro

Uma das primeiras referências nas quais encontramos na Bíblia a expressão “vara de ferro” é o Salmo 2. No Salmo, para justificar a necessidade da “vara de ferro”, o autor faz uma alusão profética acerca do comportamento dos gentios que se entregaram à amotinação e às vaidades da vida. Os termos concatenados fazem menção a um fato preocupante: a provocação ao Senhor. Provocar significa afrontar, muito embora não reverenciem a Deus através de uma fé gentílica, os mesmos, com libertina petulância, tentam desfazer com os institutos estabelecidos desde o início, reivindicando a superação dos valores devido à obsolescência (perspectiva mundana) e provocarem mais uma escravização do indivíduo do que cumprir com um papel para o gozo social. O salmista se reporta a eles da seguinte maneira: “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Salmos 2:2-3).
Em meio a tantos problemas os quais nos deparamos hoje, verificamos semelhante espírito de rebeldia. O crescimento da violência, a corrupção política, a aceitação da sodomia, a legalização de drogas ilícitas, a regulamentação do aborto e da eutanásia, a impunidade defendida por suposto direito humano, a perda do pudor, a insurreição contra os estamentos e o desrespeito à fé cristã são alguns exemplos de como o processo degenerativo e mundano tem “superado” a vontade divina, provocando o Senhor. Por mais que muitos julguem que o Senhor não leva em consideração as feituras humanas, podendo perdoá-las no porvir, a Bíblia Sagrada assevera o contrário. A razão é muito simples: o ser humano está alcançando o ápice da devassidão, de modo que somente um governo forte e inabalável é capaz de restaurar a ordem de todos os elementos.
Por esta razão, há muito se profetizou a vinda do Messias e ao mesmo tempo do Supremo que também é o Rei dos reis: “E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (Ap 12:5). O texto faz uma referência figurada do Cristo que executou a obra de redenção para em seguida, muito depois, restaurar a ordem pelo poder da “Vara de Ferro”. De sorte que em breve realizará uma obra de restauração, fazendo severa oposição aos sistemas de vida contemporâneos, pois muitos verão uma grande batalha acontecer, em evento particular, de modo que da ocasião se profetizou o drama, pois “...da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso” (Ap 19:15).
Essa reação divina será como uma prestação de contas, ao mesmo tempo em que é o desembocar a ira de Deus contra todos os atos rebeldes do gênero humano. Portanto, irá cobrar pelo desprezo e pela desonra que a humanidade concebeu e proliferou no exercício de sua negação a toda orientação divina. O termo que melhor tipifica a situação e sua necessidade é “Vara de Ferro”, ou seja, estabelecer no milênio o Estado cujo mandamento é o Senhor e somente Ele. Um sistema sem a interferência humana e com total desaprovação de qualquer sugestão leviana.

Então, a mensagem para hoje é a mesma de Apocalipse: “O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as Igrejas” e “Venha o teu Reino, ó Senhor!”.

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