quinta-feira, 27 de julho de 2017

Abdicando da autêntica fé – problemas de nosso tempo

Quem pensa ser a fé apenas um elemento imaterial utilizado para alcançar a graça salvadora está profundamente equivocado. A fé para a salvação garante a vida eterna, mas não está limitada a experiência de conversão, pretende ser agente ulterior, alcançando mente, coração e atos. Quem não entende esse preceito escrito, precisa retornar ao exame das Escrituras.
O cristão deverá ser fiel ao texto sagrado. Precisa está fundamentado por ele. Essas são máximas bíblicas inconfundíveis. Porém, um dos maiores embates de hoje se apresenta entre cultura versus Cristianismo. A cultura, segundo alguns, tem evoluído, enquanto a Escritura tornou-se obsoleta, necessitando de alguns reparos e ajustes para se adequar a pretensa vida de cristão moderno. Uma primeira questão já se apresenta um tanto quando desfavorável aos defensores dos modismos, pois perguntamos: é o Cristianismo o influenciador ou o influenciado? Pode o homem sobrepor-se ao preceito de Deus e rearranjá-lo segundo suas conveniências? Fazemos tal questionamento em razão de existir diversos conceitos cristãos transmitidos com muita força por uma multiplicidade de igrejas evangélicas, criando uma multidão de “cristãos” repensando o Cristianismo e reorientando-o a padrões divergentes ou a um (des)padrão do princípio. Cada igreja tem uma maneira própria de pensar seu cristianismo. Há quem diga que a fé é suficiente para salvação; outros dizem que são necessárias as obras. Tem quem diga que não há problemas em ser um indivíduo dúbio, ou seja, na igreja ser um cristão normal, enquanto que na vida secular ser um sujeito com valores mundanos. Esse ser indefinido é resultado das muitas influências seculares cujo bombardeio de falsas virtudes lhes são transmitidas diariamente, sem oportunidades de resistência visto que sua fé é tão insignificante que não consegue contrapor-se ao que, inclusive, é contrário aos preceitos de Cristo.
Para sermos bem didáticos, façamos uma comparação a fim de constarmos que os cristãos de hoje criaram um sério problema para si. Elejamos uma igreja tradicional “A”, fundada há bastante tempo, cuja história nos é narrada em crônicas, testemunhos, livros, fotos e vídeos. Verifiquemos sua primeira compreensão do Cristianismo, quais eram seus comportamentos e quais expectativas alimentavam. Visitemo-la no seu início, tentando compreender suas convicções. Depois disso, voltemos ao presente e olhemos com olhar crítico para vermos como essa igreja é. Se não houve mudança, desconsidere tudo o que foi dito para trás; mas se você consegue vê outra igreja “A”, muito embora esteja no mesmo lugar e leve o mesmo nome do princípio, atente para a infiltração de ervas daninhas no campo em que foi semeada, no início, a Palavra. Infelizmente, tornou-se comum esse fenômeno belial e o conformismo evangélico, cumprindo exatamente os ideais das virgens néscias e imprudentes, alertado pelo Cristo. Mesmo havendo uma exortação para precaução nesse sentido, muitos movimentos que nos recusamos chamar cristão perderam o norte. Poderíamos até relacionar uma série de condutas agressoras ao preceito cristão que são corriqueiros nesses arraiais evangélicos, mas que são reputados como coisas vantajosas. Para enumerar algumas, há crentes alcoólatras, fumantes, roqueiros, carnavalescos, e para agravar ainda mais esse problema, há crentes que acreditam na possibilidade de um cristão se suicidar.
A nosso ver, essa mentalidade demonstra uma crise de espiritualidade, podendo ser na realidade espiritualidade alguma. Tantos crentes racionais, estimulados pela cultura hodierna, só podem compreender a vida e definir seus rumos a partir de uma visão mundana. Lembremos, porém, que o reino deste mundo é provisório e passageiro, a cada dia que passa vai sucumbindo na sua própria corrupção. Daí, estarmos presenciando tantos problemas no mundo. Na verdade, no geral, são dois os problemas: a maldade do mundo e frieza espiritual da Igreja. Ambos se completam, impossibilitando a ação de Deus. A experiência da fé, entretanto, deverá nos despertar para uma intervenção divina. Somente com uma Igreja uníssona, tocando a trombeta em Sião, nós poderemos vê um grande despertar de Deus.
Que Deus tenha grande misericórdia!

Heládio Santos

Professor(IPC) e sociólogo

Um comentário:

  1. O professor de teologia , e sociólogo, Heládio Santos, que Deus abençoe sempre você e sua família, sou grato a Deus por sua pessoa, e irmandade cristã, que dentro de uma expectativa de ensino das disciplinas do curso de Teologia Avançada IPC, têm me correspondido, já só como o brilhante professor que é,mas também, como amigo e irmão em Cristo Jesus. Recomendo aos meus amigos e irmãos em Cristo, a leitura de seus artigos e livro. Deixo aqui os m agradecimentos.

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