segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O Exército de Redenção sobe morro em Fortaleza para pregar o Evangelho

O Exército de Redenção Moriá surgiu com o objetivo de enfrentar os problemas espirituais e sociais provenientes da classe menos favorecida da pirâmide social, marginalizada pela sociedade que por sua vez se omite ao não fornecer providências diante do caos onde vivem milhares de indivíduos carentes. Desta forma, o ERM tem a “preocupação com o bem estar social, com foco na reintegração e reinserção num ambiente social saudável e equilibrado, abrangendo as áreas física, psicossocial e espiritual”, como asseverou a tenente Fidelis sobre a proposta do agrupamento.
         Como prova consistente das pretensões do Exército, inúmeras atividades sociais e evangelísticas já foram realizadas nestes últimos anos. Bairros de Fortaleza, cidades do interior do Estado e cidades de outros estados receberam a visita desta força tarefa que trouxe grande despertamento entre os atendidos. A percepção quanto às ações, principalmente a atenção que o Exército dedica aos indivíduos marginalizados, faz sentirem-se lembrados, entendendo que alguém se importa com eles. Basta isto para eles darem atenção a sua mensagem. A forma de abordagem e atenção do ERM encoraja os diversos sujeitos em situação de risco a saírem do estado depreciativo no qual se encontram para anelarem outro que possa lhe dar uma vida digna.
         Em mais uma ação do Exército, em dezembro/17, o grupo realizou uma incursão em zona “minada” cujo histórico remonta décadas de marginalidade. O local escolhido ou inspirado por Deus para visitação destes valentes de Deus foi a comunidade do Moura Brasil, vulgarmente  conhecido como “oitão preto”, termo pejorativo que elenca todas as formas de atos pecaminosos, desde prostituição até homicídios. Em 20/12/17 foi realizado um evangelismo ostensivo com distribuição de sopão na comunidade. Conforme atestou a tenente Fidelis, “uma verdadeira cracolândia em Fortaleza, onde muitas pessoas que se encontram ali pareciam literalmente zumbis, não só pelo aspecto cadavérico, mas também pelo excesso de consumo de crack, cocaína, cola, bebida alcoólica e toda sorte de vício que aprisionam o corpo e a alma do ser humano”.
         Imagine a cena. Becos e ruelas escuras e sujas. O odor excessivamente podre, capaz de afugentar qualquer pessoa com bons hábitos de higiene pessoal. Edificações em ruínas, abandonadas quando os pobres começaram a se estabelecerem no local há décadas, quando Fortaleza vivenciou a “Belle Epoque”, tempos em que houve uma inserção de modos e comportamentos franceses na cultura cearense, algo que enobrecia a população fortalezense. O Passeio Público, praça situada bem próxima onde o ERM atuou, era o ponto de encontro de autoridades e personalidades da alta sociedade, trajados com seus longos e requintados vestidos, com ternos finos e bem engomados e bigodes bem afilados. Um verdadeiro contraste se compararmos os dois períodos. Entretanto, a falta de higiene, de pavimentação para uma adequada mobilidade e o clima de medo devido à hostilidade dos moradores percebido por quem tem a experiência no local não representou obstáculo para o Exército. Com um grupo de aproximadamente 21 soldados, o ERM entrou em “solo inimigo” marchando, empunhando cada um suas Bíblias e louvando com todo o fervor e a plenos pulmões o hino 15 da Harpa Cristã, hinário utilizado por Igrejas Evangélicas. No evento, foram realizadas 3 pregações ao ar livre, evangelismos pessoais e foi servido dois caldeirões de sopa com pão.
         Ousadamente, o capitão Braga fez uma incursão morro acima (o Moura Brasil é uma comunidade que fica em um morro), deparando-se com uma situação ainda mais deprimente: grupos de jovens, homens e mulheres de diversas idades abrigados em casebres sem iluminação com seus cachimbos de crack, numa reunião extremamente pesada. Um grande desafio! Uma senhora descrente que ajudou nos custos do sopão não aguentou a pressão daquele “inferno”, não achando que existia lugar tão tenebroso em Fortaleza e resolveu retornar daquela atividade. Mas, tendo os integrantes do Exército se reagrupado, oraram e subiram marchando e louvando o hino “Soldados somos de Jesus...”, ao “som de trovão”. Muitos dos que estavam apegados ao vício correram ou se esconderam diante do alarde, tamanho foi o espanto, enquanto outros saíram para verificar do que se tratava. Aquelas densas trevas foram dissipadas pelo raio de luz da pregação do Evangelho que gerou reconciliação.
         Depois de saírem do local, os irmãos ficaram sabendo que era necessária a autorização dos chefões da localidade para as referidas atividades. Respirando profundamente, os irmãos relataram que entraram no lugar sob a permissão do Chefe Maior, Jesus Cristo!

Oremos para que Deus levante mais valentes para o Exército de Redenção Moriá a fim de vermos muitas vidas alcançadas.  








2 comentários:

  1. Rogo ao Senhor dos Exércitos que levante mais Soldados qua amém mais seu General do que suas próprias vidas.

    Para que possamos não só alcançar, mas resgatar almas que se encontram em mais profundo estado de miséria não só material, mas primordialmente, espiritual.

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