segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O fruto da convicção


O mastro de uma navegação é o objeto posto na sua parte central que lhe garante a sustentação de vários elementos náuticos para dar visibilidade à nau, também para garantir a orientação precisa nos mares em virtude de sua disposição quanto às velas. Sob a orientação do navegador, a velas são posicionadas de acordo com o curso pretendido, mas jamais conseguem mudar o padrão e a situação arraigada do mastro. Por assim dizer, firmeza seria um ótimo substantivo para defini-lo, já que o mastro propõe segurança para o perfeito trajeto a ser percorrido.
Com essa breve ilustração, chamamos a atenção para termos bem definidas nossas convicções, pois são elas que fundamentam nosso viver e propõem o direcionamento para o futuro. Sem convicção o homem não passa de um indivíduo vazio.
Como cristãos, temos em Cristo nosso fundamento; Ele é a Rocha e também a âncora para aportarmos com segurança no porto da doutrina do mestre (Hebreus 6:19). Sabemos que seus preceitos nunca evoluem. Já foram entregues prontos, sendo atemporais, trazendo efeitos não só para aqueles do tempo da visitação, mas também para as posteriores gerações, classificadas como bem-aventuradas por assimilarem o mesmo credo e conjuntura da Igreja Primitiva. Obviamente, nem todos os movimentos ditos cristãos incorporaram a ideia, antes rumaram por outros mares, modificando o curso de suas naus e ingressaram pelo obscurantismo, revelando assim a desvalorização à simplicidade escriturística e criando uma nova estrutura temporal de religiosidade.
Porém, os frutos da convicção da Igreja de Cristo não são revelados pelo denominacionalismo religioso. Fazem parte da entrega diária dos símplices aos ensinamentos do jovem galileu cujo trajeto histórico o fez navegar por muitas praias e mares em busca daqueles que estariam dispostos a cumprir cabalmente seus ensinamentos. O misto de águas salgados e doces nunca estiveram nos seus planos. Ele prefere o sal, basicamente, para a conservação dos valores, pois os conserva como são (Malaquias 3:6), para perseverar na conservação de seus postulados e para purificar as chagas abertas já que é puro e cristalino. Esse direcionamento não afeta negativamente nem afastam o fiel do rumo certo, purificam e capacitam pela graça para serem ainda mais fiéis em tudo.
Portanto, convictos e certos do ensino escrito, praticando-os em verdade, cumprimos as pretensões de Cristo (João 15:8). Assim, o cristão é reconhecido pelo seu “eu” interior e exterior. Transmite uma visão clara do ser diferente para aqueles que o rodeiam porque sabe em quem tem crido. É gracioso em sua fala e em seu comportamento e não se molda às modas mundanas nem aos seus trejeitos. É completamente diferente, pois é sal e luz.
Hoje muitos se autodenominam cristãos, mas são tão parecidos com o mundo que não há possibilidades de vermos diferenças nem convicções. Suas vestes, sua fala, seus anseios estão tão adequados ao projeto do mundanismo que mal percebem que sua fala de identificação com o cristianismo é uma grande contradição. Para finalizar, uma premissa bem simples: para ser cristão faz-se necessário a convicção no estrito no preceito bíblico que ultrapassa os valores do mundo e da vida, também das novas manias de um cristianismo defeituoso, para que através da plena convicção os frutos autênticos sejam demonstrados através da vida de piedade e de devoção ao Deus Altíssimo.         

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