quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Uma vida de oração

Por JANDERSON JAIR


Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

Precisamos compreender a importância da oração para nós cristãos, pois infelizmente pouco ou nada compreendemos sobre o assunto e, lamentavelmente, temos negligenciamos a prática em nossa vida diária. Que sua alma, após essa leitura, venha a anelar mais e mais por nosso Deus e que este anelo lhe conduza a doce oração diária.

Definição de Oração

A oração é um diálogo da alma com Deus e desta maneira nós pecadores mantemos comunhão com o Deus Santo. É através deste dialogo diário que a nossa vida espiritual irá se desenvolver para o seu louvor. Oração é o oxigênio que mantém viva a nossa comunhão com Criador. A oração nos aproxima de Deus e a sua ausência nos sujeita à queda diante do Diabo e de suas astucias.

Jesus Tinha uma Vida de Oração

O salvador de nossa alma, Jesus Cristo, ele mesmo sendo Deus, esvaziou-se de si mesmo fazendo-se homem (Fp 2. 6-7) e como homem ele vivia em constante oração para alcançar favor divino para cumprir sua missão, deixando-nos o exemplo de uma vida de oração a fim de que seus discípulos seguissem seu exemplo. Os evangelhos nos fornecem muitos relatos da vida de oração de Jesus: quando batizado nas águas, por intermédio de João Batista, estava orando quando o Espírito Santo desceu sobre ele (Lc 3. 21-22); passou uma noite em oração antes de convocar doze pessoas para serem seus apóstolos (Lc 6. 12-16); estava orando junto a três discípulos seus quando transfigurou-se ( Lc 9. 28-29) e ele foi ao lugar chamado Getsêmani orar junto aos seus discípulos quando sua alma estava angustiada pelo peso que sofreria na cruz (Mc 32-41). Podemos concluir, com base nos relatos dos evangelhos que Jesus tinha uma vida de oração ativa e constante. Se Jesus considerava importante a oração e a sua pratica diária, por quais motivos então não fazemos o mesmo? Porventura um discípulo de Cristo não deve ser parecido com o seu mestre vivendo uma vida de oração? Não estaria alguma coisa de errado com um cristão por não gostar e praticar a oração? Se você não ama e nem desfruta do diálogo com Deus por intermédio da oração, certamente você tem um nome que vive, mas estás morto (Ap 3.1).

Os Discípulos de Cristo Tinham uma Vida de Oração

Os discípulos de Cristo, após presenciarem seu mestre orar, desejaram também aprenderem a orar, pois desejavam obter uma maior comunhão com Deus: “E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos”(Lucas 11:1).
Os discípulos não só aprenderam a orar com Jesus, mas aprenderam a importância de terem uma vida de oração. Eles seguiram o exemplo do Salvador Jesus, vivendo uma vida de oração.
Jesus pediu para seus discípulos, antes de sua ascensão ao céu, que eles não se ausentassem de Jerusalém, pois receberiam a promessa do Pai, o batismo no Espírito Santo ( Atos 1.4-9). O livro de Atos 1:12-14 narra que os discípulos aguardaram essa experiência do batismo no Espírito Santo em oração:

Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmào de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.

Os discípulos passaram dez dias em constante oração aguardado a promessa até que ela se cumpriu (At 2:1-4).
Os novos convertidos, apesar de se converterem a pouco tempo, eram perseverantes em oração: E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (Atos 2:42). Quando sofriam perseguições, buscavam refúgio em oração e Deus os consolavam, concedendo ousadia para continuarem a pregar o evangelho (At 4. 23-31); em oração, Estêvão declarou suas últimas palavras antes de sofrer o martírio por amor a Jesus (At 7. 54-60) e foi orando e jejuando que escutavam a voz do Espírito Santo, convocando-os para uma missão (At13:1-3). A igreja primitiva era uma igreja que ganhou muitas almas, que operou muitos milagres, que marcaram a história da humanidade e tudo isso eles obtiveram por que tinham uma vida de constante oração.
George Müller foi um homem que se dedicou ao cuidado com órfãos. Ele fundou o Orfanato de Ashley Dwon onde sustentava milhares de garotos. Müller era um homem que aprendeu com o exemplo de oração de Jesus, pois ele sempre estava em constante oração e através dela obteve auxilio divino ao seu favor. Müller, quando estava sendo entrevistado, falou sobre o tempo que ele se dedicava a oração:

“Horas, todos os dias – respondeu ele. – Mas vivo em espírito de oração. Oro enquanto ando, quando me levanto. E as respostas estão sempre vindo” (George Müller: homem a quem Deus deu milhões, 2014, pg13).

George Müller sempre tinha sua alma molhada pelo o orvalho do Espírito Santo, já que desfrutava de uma vida de oração.

Você ama a oração? Se ama, por que não ora? Se amarmos a oração semelhante aos primeiros discípulos, poderemos ver novamente o Senhor operando grandes coisas em nossos dias, veremos curas, transformações de vida e um mundo impactado pelo o poder de Deus. A oração é a arma mais eficaz para o ganho de almas. Se a igreja atual compreendesse isso, ela não usaria seus métodos carnais para atraírem pessoas para Cristo. Talvez você não tenha seguido o exemplo de uma vida de oração que Jesus nos deu, talvez você não ame a oração e nem a pratique, certamente você não poderá voltar no seu passado para buscar ter uma vida de oração, mas poderá ser em seu presente e futuro uma pessoa que desfrute de mais e mais comunhão com Deus por meio da oração. Volte a orar. Volte a vencer os gigantes em oração.

O avivalista Leonard Ravenhill assim declarou sobre a oração:

A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está se desviando. O púlpito pode ser uma vitrine onde o pregador exibe seus talentos. Mas no aposento da oração não temos como dar um jeito de aparecer.

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