terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Benevolência

O bom samaritano de José Tapiro y Baro
Na ilustração do Bom Samaritano, o homem meio morto à beira do caminho nos chama a atenção. Segundo a Bíblia, ele “caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto” (Lucas 10:30). Noutras palavras, esse homem ficou à mercê da sorte. Sem o amparo de ninguém, ficou sujeito às intempéries sofrendo sem perceber sua dor solitária. O desprezo explícito dos outros e a terrível condenação provocada pelos maus, mas avalizada por alguns de quem se esperava algum favor, também compõem a parábola. Naquele contexto sombrio, sua inconsciência deveria ser a consciência de quem em potencial poderia ajudá-lo. Mas, os primeiros a vê-lo passaram de largo sem sequer pensarem em chegar perto; rejeitaram a ideia de haver motivos para ajudá-lo; julgaram-no como indigno, desprezível e vil. De modo que essa história tem muito a nos revelar sobre nossa conduta com respeito ao próximo. Afinal, Jesus estava estreitando o ensinamento de outrora, tornando-o ainda mais profundo, de modo que o segundo grande mandamento atualizado versou: “...que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12). Notemos que Jesus modifica o Mandamento, tornando-o mais abrangente, inexplicável e incondicional.

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