quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Tempos de refrigério

Há quem julgue “tempo de refrigério”, no contexto bíblico, um momento tranquilo e calmo no qual a paz repousará com grande efetividade, ofertando aos seus privilegiados a grandeza do alento. O texto bíblico utilizado para justificar este pensamento encontra-se em Isaías 28:12: “...este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério...”.
O Antigo Testamento trás para os israelitas diversas promessas e bênçãos para esta vida, visto não ser à toa a grande herança encontrada entre os judeus, frutos da providência divina. De modo que podemos concluir que o profeta messiânico se refere ao refrigério como sendo físico e emocional, promovendo a ideia supracitada. Porém, existe um adendo que não pode ser desconsiderado, visto que as ocorrências do AT servem como sombras para ilustrarem realidades espirituais na dispensação da graça.
O tempo de refrigério em vigor está notificado desde o livro de Atos dos Apóstolos, ensinando-nos o seguinte: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e para que venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:9). Explicitamente, o refrigério é posto como sendo o ápice espiritual que alguém ou um coletivo de indivíduos alcançaram após a transposição das trevas para a luz. Dentro deste ambiente, a obediência e a piedade operam com o aval do Espírito que a tudo direciona, criando um clima no qual só podemos reverenciar a Deus e promover sua operação pelas obras piedosas arraigadas pela sensibilidade às Escrituras.

Precisamos viver este clima para o mundo veja a Glória de Deus em nós. Para tanto, façamos o que nos orientou o profeta Zacarias (4:6): “... não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos”.          

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