sexta-feira, 26 de abril de 2019

Deus e a música


O cristão deverá sempre está vigilante para todos seus atos, principalmente, para os públicos. Para tanto, precisamos exercitar algumas virtudes espirituais como a sensibilidade, a percepção e o entendimento a fim de sabermos como proceder. Entenda-se como sensibilidade a percepção do toque divino para um aprofundamento espiritual de nossa carreira e não um sentimento emotivo. Fazem-se necessários quando manifestamos nossas convicções, pois refletirão ou não a presença de Deus em nós.
No contexto atual, a música cristã está chamando grande atenção do público em decorrência das muitas inovações pelas quais reprocessaram seu formato tradicional. Devemos entender, entretanto, que a música é algo maravilhoso e criado por Deus (Jó 38:4-7), portanto tem algumas exigências e não poderiam sair do prumo original. Quando o cristão se consagra piedosamente ao canto (isto não se refere à claustro, mas é prática cotidiana), deverá elevar um canto inspirado dentro do paradigma idealizado pelo Criador. Toda manifestação musical que foge a este princípio, creio, não é recepcionado. O Senhor criou a música para exaltar a si e nenhum outro. Na criação, recebia a glória pelos feitos manifestos dos astros celestes e dos anjos com observada constância, de modo que qualquer alteração macula os feitos, transformando o sagrado em profano.
Tubal, em Gênesis 4:21, foi o primeiro a ousar depreciar esta dádiva divina criando instrumentos e, consequentemente, tocando e emitindo sons musicais para seu próprio deleite. Nas sociedades antigas, a prática assumiu contornos ainda mais desviados: na Mesopotâmia utilizavam-na para cultos a falsos deuses; no Egito, para entrar em transe e êxtase, além de terem criado as primeiras composições de teor profano; na Grécia, estimulava a sensualidade e todas as formas de prazer sexual ao fazerem uso da mesma para entronizarem o deus Dionísio (posteriormente chamado de baco, palavra que originou o termo “bacanal”); em Roma, era usada para o culto à personalidade, à virtuosidade e à vaidade devido às grandes conquistas. Ou seja, a música passou por uma série de processos que a misturam com muitas ações pecaminosas do homem, tornando o sentido musical primeiro algo muito distante.
Mas, a música tem um objetivo concreto: ser oferecida como aroma suave a Deus. Todos os homens deveriam invocar a Deus e cantar ao seu louvor, visto ser Deus o único que pode exigir o ato de adoração para si. A Igreja, por exemplo, serve a Deus através de muitas manifestações e ações, sendo uma delas a entoação musical com reverência e pudor. Na música, podemos assumir uma face da adoração, já que podemos adorar a Deus sem música. Com a música, nosso ser é despertado, elevado e consegue atingir uma comunhão maior com nosso Deus, principalmente, ao sentirmos a harmonia entre a santidade divina com o canto reverente. Não podemos apresentar a Ele qualquer letra com uma melodia de acompanhamento. É necessária consagração.

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