sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Moriá: 31 anos!


Há 31 anos, em frente a uma casinha simples no bairro Joaquim Távora (Fortaleza-Ce), ouvia-se a voz de um jovem pregador anunciando as benesses da salvação em Cristo Jesus. Contagiado pelo chamado de Deus, “saiu do meio de sua parentela” (uma referência profética à Gênesis 12) para formar uma comunidade voltada fundamentalmente para o Cristianismo dinâmico e vivo à semelhança dos primórdios da Igreja cristã. Desde então, tem sido um porta voz fiel dos preceitos das Escrituras, sendo, por isso, um líder espiritual amado pela sua Igreja. Assim, o reverendo Glauco Barreira Magalhães Filho tem se dedicado ao longo dessas três décadas ao cumprimento do fiel ministério, ensinando os demais ministros e a Igreja Batista Renovada Moriá os pilares da fé cristã: salvação, santidade, poder espiritual e a expectativa vigilante para os eventos vindouros.

Muito embora não sejamos muitos, somos com alegria centenas, procuramos fazer valer tão esmerado trabalho, tendo aprendido o caminho da piedade e da renúncia, valores cultuados no contexto espiritual, para vivermos a experiência de sermos sal e luz. Da mesma forma, o fervor evangelístico também muito característico de nosso “pastor-evangelista” fomenta os olhares dos irmãos para os horizontes em busca de cumprir o Ide de Cristo pelo mundo. É nesse clima que recepcionamos o tempo de comemorarmos mais um ano de existência. Tempo no qual a afeição pelo sagrado, pelo puro e pelo consagrado declina, mas Moriá se sobressai abraçando o não conformismo com o mundo e apegando-se aos ideais do movimento que representa: o Anabatismo. O autêntico Anabatismo é caracterizado justamente pela reação aos modismos reinantes (desvios e apostasias), pelo resgate da simplicidade e pelo fervor da Igreja Primitiva. Durante os dias de comemoração, pregações e abordagens históricas sobre o movimento marcarão nosso evento.
Dando início nesta quinta (28/11/19), foram abertas as programações do evento de celebração, denominado anualmente de “Conferências Anabatistas”, com o tema “Não vim trazer paz a terra, mas espada”, numa referência às reações à mensagem genuína de Cristo. Serão 4(quatro) dias pensando e (re)pensando sobre o que fomos, o que somos e como continuaremos a ser diante dos contextos que se apresentarão (lembrando que é próprio de nosso espírito estarmos sempre revestidos do sentimento de sermos seguidores devotados de Cristo independentemente das circunstâncias). À frente, pregou o pastor Edmilson Alencar, fruto do trabalho de Moriá, apresentando uma valorização do chamado de Deus para sua Igreja: “se somos sacerdócio real e povo escolhido, vivamos como tais, pois foi assim que se comportaram os anabatistas do passado”, disse ele. Certamente, uma mensagem impactante, elucidando determinadas particularidades do cristianismo verdadeiro sob o olhar de quem se alinha para cumpri-lo.
Nos cânticos, uma equipe de irmãos de várias congregações se uniu para apresentar, ou melhor, para estimular a Igreja à adoração plena ao Senhor com hinos selecionados e tocantes, cujos conteúdos transmitiram reverência, pudor e honra ao autor da nossa fé. As vozes de corações sinceros juntamente com os talentos dos músicos na arte de se expressarem pelos seus instrumentos, realmente, inspiraram devoção e fé para cantarmos e sentirmos cada trecho das letras, dos refrãos e das melodias. Cada um soube exercer seu papel no culto ao Senhor com imensa diligência. Daí a razão pela qual a Igreja se sentiu livre para adorar com a reverência predicada pelas Escrituras.
         Enfim, a noite marcou pela espiritualidade e sacralidade do culto. Tudo redundou para a glória de Deus. Por isso, mais uma vez, queremos agradecer ao Senhor pela vocação de nossa comunidade e Igreja tributando a Ele a honra, a glória e o louvor, hoje e sempre, amém!   



















7 comentários:

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  5. Luiz Sousa29 de novembro de 2019 08:08

    Em meados de 1989 estive numa Escola Dominical na congregação da Moriá e de lá fui com alguns irmãos para o centro da cidade para pregar na Praça do Ferreira. Chegando o irmão Henrique perguntou ao rapaz da banca de jornais se podíamos usar a energia elétrica para fazermos umas pregações na Praça. Concedida a energia, o irmão Henrique começou com as apresentações e de súbito disse: Vamos ouvir agora uma mensagem do irmão Luiz!
    Entrei em parafuso e levei um dos maiores sustos da minha vida. O Henrique talvez pensasse que eu já tinha costume de pregar e com certeza ignorava que tendo um crônico problema de gagueira genética que me fez viver toda a pré-adolescência e adolescência no mais rígido silêncio absoluto e que por isso seria muito improvável que arriscasse falar até numa festinha privada de aniversário de crianças.
    E ali, naquele momento, tive de enfrentar um tenebroso Golias com seus quatro irmãos ao mesmo tempo.
    O susto, na verdade, o desespero, foi tão inesperado que não tive tempo de sequer pensar numa desculpa
    e sem raciocinar logo falei no microfone algo que só a eternidade me fará lembrar. Terminei a pregação e não acreditei, acabara de falar em público no lugar mais público de Fortaleza. Nada mais podia me encabular de falar em público. Tinha passado pela prova de Fogo sem sofrer por antecipação. 
    Se hoje sou o que sou pregando foi graças àquele dia meMORIÁvel!

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