terça-feira, 7 de julho de 2015

A televisão como instrumento de mediação para valores mundanos

            Atualmente, quem não possui uma televisão? Com tantas facilidades para compra-la, como não ter uma em nossas salas e quartos? Porém, há uma questão merecedora de reflexão: como ela está sendo utilizada e como ela está nos influenciando através de seus inúmeros programas?

            A mídia tem exercido um papel de massificador da informação, utilizando-se deste instrumento tornando seu público homogêneo e não crítico. Os programas postos têm como objetivo a naturalização de uma moda imposta, dissimulando forças tradicionais, produzindo uma reprodução dos valores assistidos no campo da realidade, demonstrando o poder de sua influência (Pierre Bourdieu o chamou de poder simbólico), seduzindo e distraindo. O vínculo estabelecido entre a mídia e telespectador cria uma relação de dominação, razão pela qual o público, imperceptivelmente, submete sua consciência, aniquilando sua própria vontade. Mentes e corações são “aprisionados” e moldados ao comportamento e ao idealismo promovido, gerando pouco ou nenhum julgamento crítico, tornando insignificante o que é valorativo e banalizando o honesto, o justo, o verdadeiro e o absoluto. O poder do extraordinário demonstrado na caixinha mágica persuade a tal ponto que pseudonotícias são tidas como verdade, comportamentos pecaminosos são elogiados e imitados, entretenimento se torna mais relevante do que a realidade, enfim a mídia define e molda segundo seus intentos. Portanto, sua máxima é o mundanismo.

            O pastor David Wilkerson (in memoriam) condenou a utilização da televisão em vista de sua programação obscena, recomendando várias exortações das quais extraímos algumas. Segundo ele, a televisão polui o fluir puro dos bons pensamentos (Fil. 4:8); não renova a mente (Rom. 12:1,2); representa o fermento do mundo e deveria ser lançado fora do lar (I Cor. 5:6-7); é utilizada uma linguagem obscena da qual devemos nos despojar segundo o mandamento (Col. 3:8); é uma fonte poluidora da qual procedem a maldição e a amargura (Tiago 3: 10-12); remove a vergonha causada pelo pecado (Jeremias 8:12); e ofende as crianças, levando-as ao tropeço (Marcos 9:42). 

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