segunda-feira, 6 de julho de 2015

Fundamentalismo evangélico

         O Fundamentalismo é uma designação atribuída aos movimentos que concentram seu credo religioso a uma base doutrinária prescrita. O objetivo desses grupos é cumprir o preceito estabelecido porquanto se credita ao mesmo a tão apreciada verdade. A maioria das religiões que estão aqui enquadradas preza pelas suas convicções, pelo seu comportamento, bem como pelo respeito ao próximo e outros valores que dignificam o homem enquanto sujeito social. Contudo, o fundamentalismo tem sido associado ao extremismo religioso de grupos orientais cujas ações têm vitimado inúmeras pessoas pelo mundo com estímulos de supostas orientações divinas. Consequentemente, o termo está sendo associado a qualquer ramo que tenta guardar seus preceitos sagrados.
No Brasil, evangélicos que tentam prezar pela moralidade cristã são taxados como fanáticos e extremistas religiosos no mesmo nível dos orientais. A questão, no entanto, merece uma maior reflexão, pois o que se pode extrair das alegações da oposição ao discurso evangélico são: uma rejeição da moralidade cristã para um viver de acordo com os próprios caprichos, a negação da disciplina cristã para viver uma vida livre de deveres ético-religiosos e, por último, uma tentativa de negar a existência de Deus para estabelecer um “reinado” antropocêntrico.

O Cristianismo nunca foi um movimento agressivo. As Igrejas Evangélicas, por mais que estejam distantes em alguns quesitos cristãos, carregam muitos valores dignos e são pacíficas. Por outro lado, se o catolicismo romano usou de práticas tiranas na Idade Média perseguindo, torturando e matando não católicos que responda pelos seus erros, pois os ensinos de Cristo foram redefinidos por deliberação papal. Se outros movimentos incorreram em semelhantes erros são eles que merecem censura. Mas, a causa real de toda afronta à pregação evangélica é que esta os incomoda e os embaraça porque condena toda sorte de pecado, mas é bom dizer: ela tem uma mensagem de vida equilibrada, desembaraçada das ilusões desta vida, dinamiza a produção e o trabalho. Além disso, a eternidade é proclamada, preocupando-se pelo futuro do homem, externando a vontade de Cristo. Se os homens rejeitam a mensagem da cruz e da escatologia bíblica, então, assumam sua posição e não nos menosprezem pela conduta refinada na qual procuramos viver (essa fala não é de grande parte dos evangélicos), porque, além dos méritos das Escrituras, a Constituição Federal de 1998 consagra como direito fundamental a liberdade religiosa, significando liberdade o direito de pregar todo o conjunto de suas crenças.

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