Amanheci o domingo sem
forças físicas. Tomei o desjejum e comecei a orar. Havia, antes da Escola
Bíblica Dominical, um reunião de oração. Foi poderosa. Terminada, fui a uma
classe de moças. Seguia-se, então, o culto da manhã. Estava tão combalido que,
me ajudaram a subir no púlpito. Uma vez no púlpito, senti forças de leão. Vinha
pregando sobre II Crônicas 7:14. Nessa manhã pregaria sobre “E se converter dos
seus maus caminhos”. Minha língua se transformou numa metralhadora e minha boca
numa fornalha. Cuspia fogo por todo o lado. Falei com tamanha liberdade, com
tanto poder e como tanta unção do Espírito, que não podia controlar. O templo
estava repleto e a Igreja naquele dia foi sacudida pelo poder do céu. Encerrado
o culto, fui para a casa pastoral que fica ao lado do templo. A casa se encheu
de crentes que, ajoelhando-se clamavam: “Ó Deus, tem misericórdia de mim! Dá-me
graça! Salva-me, Senhor!” e muitas outras expressões. Depois e por muitas
semanas continuei recebendo telefonemas de membros da Igreja, pedindo para orar
em favor deles, pois diziam nunca terem experimentado o novo nascimento. E a
vida posterior dessas pessoas provou que não eram crentes reais. Marcamos uma
reunião de oração para as segundas à noite e o templo ficava repleto. Até as
crianças oravam, se derramando na presença do Senhor. Nunca mais chamamos o
nome desta ou daquela pessoa para orar. Tudo era espontâneo. Nos domingos à
noite o templo ficava à cunha e cadeiras eram postas para acomodar visitantes e
cada domingo tínhamos muitas conversões. Crentes frios se despertaram e puseram
seus carros ao serviço do Senhor. Tudo na Igreja mudou, até o tipo de mensagens
que eu pregava; antes sermões acadêmicos, agora mensagens bíblicas que
alimentavam o povo do Senhor. Passamos a cantar corinhos, a evangelizar de casa
em casa, a orar muito e a viver a Palavra de Deus, na sua simplicidade e pureza
para a glória de Deus.” (Tognini, Enéas. Renovação Espiritual no Brasil. São
Paulo: 1984, pg. 17-17)
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