quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Infância

Doce tempo inigualável de beleza infinda,
Próprio para um puro coração infantil encantar-se
E sentir sua essência na mais profunda inocência;
Enquanto anelante pelos descobrimentos sem mácula,
Revestido do sentimento de querer viver e ser o que era,
A simplicidade foi-lhe pilar, amparo seguro,
Radiante diante dos caprichos,
Revelando inata e verdadeira sua sinceridade,
Na mesma medida que seu espírito brando e sereno refletiu o brilho da autêntica luz da vida.

Seu olhar curioso perscrutava as brechas da tão ilustre felicidade
A fim de regozijar-se na mais perfeita alegria,
De modo que a quietude do sorriso transmitisse o tesouro anelado encontrado.
Mas, como a ousada imperfeição não se sustém contrariada pela plena satisfação do infante,
Viu-se obrigada a impor seu malfadado desígnio.
Porém, nem agruras nem maldades puderam afetá-lo nem desviá-lo do sumo bem,
Muito embora as dores e os dessabores lhe tenham assolado o peito,
Foram como densas nuvens intempestivas
Sendo dissipadas diante do grandioso poder de ser somente criança. 

F.H.C.S

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