sexta-feira, 20 de abril de 2018

Eles foram batizados com o Espírito Santo?



Muitos avivamentos espirituais ocorreram durante o trajeto da Igreja cristã. A “chuva” do Espírito foi derramada pela primeira vez em Atos 2, período em que se formava a Igreja Primitiva, para estabelecer o paradigma. E é a partir deste primeiro movimento que podemos elencar algumas características precisas para identificarmos o verdadeiro avivamento em fases posteriores.
Essas características foram:
1)    Fé comunitária precisa na promessa de Cristo (Atos 1:4-5, 8);
2)    Creram que somente Jesus era o batizador do Espírito Santo (Atos 3:11);
3)    Dedicaram-se concordemente, confiantemente e perseverantemente à oração (Atos 1:14);
4)    Foram capacitados para com ousadia pregarem a Palavra da Verdade (Atos 2:40), através da qual denunciavam os pecados e toda prática contrária à vontade de Deus;
5)    Efusão de sinais e prodígios entre os apóstolos e pregadores (Atos 3:1-8, Atos 6:8, Atos 8:1-40);
6)    Um grande movimento de santidade, consagração e dedicação abnegada aos propósitos divinos (Atos 2:42-47);
7)    Confirmação na prática do batismo que o Espírito glorifica exclusivamente ao Filho (João 16:14).
Assim postas, podemos fazer uma análise comparativa com outros movimentos que reivindicam a ocorrência do fato para sabermos se realmente aconteceu o mesmo avivamento; por exemplo, na renovação carismática católica e nos movimentos liberais.
O catolicismo, através da Renovação Carismática Católica, tem proclamado o derramamento do Espírito Santo na sua comunidade. A questão é que o catolicismo romano substituiu muito dos postulados de Cristo por dogmas de seus concílios, alterando abruptamente o padrão. Para demonstrar brevemente alguns aspectos de sua situação, basta dizermos que até bem pouco tempo (e também ainda hoje) o católico não se julgava salvo. Ora, se a salvação foi oferecida por Cristo como dádiva primaz de sua obra, como o católico pode receber a “segunda benção” se nem a primeira recebeu? No catolicismo ainda predomina a concepção de que após a morte o suposto cristão passará pelo purgatório a fim de aliviar o peso de suas ofensas para que em seguida rume para o céu. Entretanto, a Bíblia não fala de purgatório como lugar intermediário entre a morte e o céu. Após a morte segue-se o juízo (Hebreus 9:27), enquanto aquilo que nos purga de todo o pecado é o sangue de Cristo (I João 1:7).
Além disso, vejamos outros erros da RCC:
Na RCC glorifica-se a Maria e não a Jesus somente.
“Maria não é mãe da igreja. Quando Jesus falou que João era filho de Maria, e Maria era mãe de João, não se referia a uma maternidade universal, mas, sim, ao fato de que após a morte de Jesus, João cuidaria de Maria, já que José estava morto, e seus irmãos eram incrédulos. A prova disto é que a Bíblia diz: “E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19.27). 
Maria não é madrinha da Igreja no Batismo do Espírito Santo. Primeiro, porque não existe “madrinha” de batismo na Bíblia; segundo, porque a Bíblia não fala que Maria foi a madrinha; terceiro, porque Maria foi batizada com o Espírito Santo no mesmo instante em que os outros o foram (At 1.14; 2.1-4): Como poderia ser batizada e ser madrinha ao mesmo tempo? 
Não é Maria que nos obtém a renovação do Pentecostes, mas Jesus Cristo: “E Eu (Jesus) rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). “Se Eu (Jesus) for, vo-lo enviarei” (Jo 16.7).
Maria não é a esposa do Espírito, já que no reino espiritual não há isso: “Não se casam nem se dão em casamento” (Mt 22.30). 
A RCC começou com a leitura do livro protestante “A Cruz e o Punhal”, de David Wilkerson, que aceitou que se citasse seu livro no livro “Católicos Pentecostais”, no início da RCC. Vejamos agora o que diz David Wilkerson sobre isso tudo: 
“Saí fora da Igreja Católica Romana, adoradora de ídolos. Ela idolatra inclusive a santa mãe de Jesus, Maria, a qual na Bíblia nunca vemos sendo adorada e muito menos sendo igualada a Deus (Toca a trombeta em Sião, David Wilkerson, CPAD, p. 144)”[1].
Rejeitar Jesus e colocar Maria como medianeira nessa relação espiritual é criar uma heresia das mais nocivas. Portanto, não podemos aceitar que no catolicismo se derrame o Espírito, pois, além da argumentação de nossa breve exposição, existem outros agravantes que o desqualificam.
Há também igreja liberais e mundanas pregando um grande avivamento entre eles. Pregadores da prosperidade material anunciam um grande despertar, entretanto, tal despertamento tem uma conotação bem oposta aos institutos vistos no primitivismo cristão. O discurso contemporâneo de avivamento preza: pela saúde física incondicionalmente, pela prosperidade material, pelo sucesso profissional, pela ascendência do status social, pela beleza artificial, pela adaptação aos padrões mundanos em diversos comportamentos seculares, pela participação política, ou seja, um verdadeiro avivamento ou despertamento para o efêmero. Uma inversão do valor primeiro que prezava pela espiritualidade, devoção e pudor. Igrejas liberais e neopentecostais têm valorizado demasiadamente o apego pela vida, mas não percebem que estão seguindo este caminho. Será cegueira espiritual? Será um prenúncio e alerta para detectarmos os tempos nos quais estamos, pois isso demonstra o parecer das virgens néscias citadas em Mateus 25? Será apostasia? Não duvide!
Os tempos maus de hoje nos obrigam a viver na dependência do Espírito Santo, renovando diariamente nossa experiência com Ele para que estejamos cheios de sua presença. Uma forma muito simples de detectarmos quem tem a unção do Espírito de quem não tem é verificarmos os valores que ele defende. Se forem valores estritamente espirituais, pautados nas Escrituras, saibamos que há a presença do Altíssimo no coração piedoso, mas se não, se seu discurso e comportamento demonstram apego à vida, quão distante ele está da espiritualidade cristã.  



[1] Disponível em http://www.cacp.org.br/catolicismo-dividido.htm. Acesso em 20 Abr 2018.

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