quinta-feira, 3 de maio de 2018

Estão querendo acabar com a Igreja Evangélica?


Muito embora existam igrejas evangélicas perdidas no mundanismo, há ainda um remanescente fiel cuja busca continua sendo a preservação dos interesses bíblicos: para a Igreja, a vigilância e a santidade, e para o mundo, a pregação do puro Evangelho para a salvação das almas alienadas. Essa Igreja não busca ser uma instituição social, mas apenas uma comunidade eficiente para cumprir seu papel enquanto agente do Reino de Deus. Ela não teme nem “Acabe” nem “Jezabel”, não se sujeita aos caprichos de “Herodes”, o tetrarca, e nem cai nas sugestões dos falsos profetas dos últimos dias. Na sensatez de sua essência, persevera na luta espiritual visando o bem de todos que lhe ouvem, não obstante muitos não ventilarem essa suposição.  
A diferença entre a igreja mundana e a Igreja perseverante é explícita. Uma está tipicamente envolvida com as práticas mundanas na qual não se vê qualquer diferença com os valores defendidos nessa vida. Em um relato sobre uma igreja surgida há pouco tempo verificamos o cenário que as identifica, pois é algo muito comum entre elas; verificamos que: “os cantos de louvor”, liderados pelo pastor, “homem de braços tatuados, barba e boné na cabeça”, transmitem um estilo nada bíblico. Além disso, “os músicos actuam como num concerto de pop-rock, mas o estilo musical varia porque a ideia é agradar a todos...”. E para agravar, “se em algumas evangélicas mais tradicionais os números descem, nestas... comunidades o fenómeno é inverso”, pois “exercem ‘forte atracção’ nos mais jovens, ‘não tanto pela pregação’, mas muito ‘por causa do seu estilo de culto e da música[1]. Alguns dos problemas que podemos elencar dentro deste contexto são: a irreverência, a rebeldia (o estilo musical rock é explicitamente carregado deste sentimento), a necessidade de aprovação (ou seja, quando se quer agradar a todos, pretende-se ser aprovado por esses, apesar de ser contra o paradigma cristão), a não sujeição aos postulados cristãos, a manipulação juvenil e a ambição pelo crescimento quantitativo. Essa nova formatação do movimento evangélico faz com que sua essência seja perdida ao ponto de daqui há pouco desaparecer. Quando se esquece o permanente, aquilo que não pode ser alterado em razão de uma faculdade superior, e se impõe o temporâneo, fica evidente a intervenção humana proveniente de sua razão nada espiritual para fazer emancipar o homem e se distanciar do Deus triuno. Não ficarei surpreso se dentro em pouco não se falar mais o nome de Cristo nem do Santo Espírito nem de Deus em seus cultos, se é que já não fazem isso. Esse processo de diminuição da preservação do conjunto doutrinário cristão faz com que a igreja evangélica atual entre em crise e declínio devido sua decadência moral. Vale dizer, que isso não só atinge os seus pontos deficitários, mas outros que estão implícitos e atrelados. Por exemplo, a mania da mulher usar roupa de homem (calça comprida) justifica a ideologia de gênero; isto porque, nesta aparente simples atitude, há uma destruição da identidade sexual feminina, ou seja, é como se a mulher que usa calça comprida se reconhece como homem, enquanto que se o homem usa cabelo longo, característica feminina, o tal, se reconhece como mulher, fomentando ainda mais a discussão ideológica. Como nas igrejas mundanas e liberais é comum vermos tal situação acontecer, podemos atestar sua anuência às propostas indecentes. Essa situação faz com que agentes do mundo percebam a fragilidade do movimento evangélico e ajam contra ele com propostas pecaminosas no cenário político, já que essas igrejas são coniventes com seus pecados e não farão objeções aos seus anseios vis, que dentre outros, seria estimular crianças à masturbação (esse fato aconteceu recentemente em uma escola de Fortaleza), criando um ambiente favorável à pedofilia .             
Apesar de o mundo ter encontrado um ponto frágil nalgumas igrejas evangélicas, demonstrando assim o sucesso de sua estratégia de infiltração do fermento dos valores mundanos na eclesia, há quem não se curvou diante de tão nefasta maquinação. Das Igrejas genuínas, há aquelas que são temidas devida à sua pregação bradar com a unção do alto, denunciando os pecados da mentalidade moderna. Os temas que estão em maior evidência e causam desespero em muitos políticos, por exemplo, são as questões contra a liberação do aborto, contra a liberação das drogas, contra a ideologia de gênero e a contra a corrupção dos políticos. A Igreja de reputação, apesar de não ocupar cenários políticos nem sair na mídia, já que não interessa aos meios de comunicação publicar o reclame dessa massa sensata visto que a mídia figura em muitos momentos como instrumento de promoção da devassidão moral, prega ousadamente nos templos, nas praças e em locais públicos, disseminando aquilo que é correto e de boa fama. Sua maneira digna de agir tem atraído objeção principalmente dos políticos de esquerda que querem não a liberdade para a nação, mas coisas como a libertinagem sexual, já que em seus projetos querem ver crianças assumindo posturas homossexuais e liberar o sexo livre (parece que o “espírito” de Sodoma e Gomorra incorporou nesses sujeitos) através de inúmeras iniciativas em cartilhas de doutrinação sexual promíscuas, palestras sobre diversidade sexual e outros veículos de informação cujo pretexto é o mesmo. Pergunto: a educação infantil é competência dos pais ou, não é? Sabemos da resposta. Porém, muitos políticos têm proposto que o Estado regule sua formação independente dos padrões de moral familiar. A Igreja cristã que pauta seus valores nas Escrituras Sagradas é taxada de fundamentalista e está sendo colocada na parede por uma minoria que não respeita os direitos dos outros, mas exige respeito. Uma minoria que quer direitos, mas não quer deveres. Em todo estudo dedicado a Sociologia e a Antropologia, sempre senti uma imensa falta de percepção nas sociedades e nas culturas estudadas: um senso da necessidade de um equilíbrio moral, objeto durável para a existência e subsistência da mesma. Entretanto, com a involução social ao estilo proposto por alguns dos atuais “representantes do povo”, parece que a tentativa de destruição da Igreja está associada a destruição da família no seu sentido tradicional para fazer sucumbir toda ideia de valor absoluto. Uma agenda medonha, diga-se de passagem.
Concluímos que chegamos a essa situação por dois principais motivos: o esfriamento espiritual da Igreja e o crescimento desenfreado pelo pecado no mundo. O estado das coisas ou é resultado da ação do homem sobre ele, pois quanto mais interferir o homem com seus anseios naturais e animais (natureza pecaminosa) seguirá uma tendência de ruína e decadência moral, inclusive do próprio homem que passou a ser objeto de suas próprias criações e cobiças; ou poderia ser, por outro lado, um verdadeiro despertamento (avivamento) espiritual para se verificar na prática o cumprimento do texto dos salmos no qual se diz que é bem-aventurada a nação cujo Deus é o Senhor. Para isso, a Igreja deveria voltar ao primeiro amor e reivindicar o poder do alto, a chuva serôdia que marcará os últimos dias e selará a preparação para a ceifa.



[1] https://www.publico.pt/2017/04/15/sociedade/reportagem/estas-igrejas-sao-um-espectaculo-1768665


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