domingo, 27 de janeiro de 2019

Outro chamado para despertar

Com quase 100 pessoas, a congregação da Igreja Batista Renovada Moriá em Caça e Peça promoveu um grande encontro de despertamento espiritual neste sábado (26/01/2019). A ideia para o evento surgiu da necessidade de se buscar com maior ênfase a segunda bênção cuja virtude maior capacita o crente para pregar a Palavra com poder.
Muitos irmãos de várias congregações afluíram para o templo, bem como pessoas descrentes também participaram do culto. Do começo ao fim, foi impactante. O espírito de todos parecia estar faminto por Deus de modo que havia uma uniformidade na busca pelo objetivo maior: a comunhão com o Senhor. Foi tocante ver e ouvir crentes se enchendo no louvor e na pregação. A influência espiritual foi tão tremenda que mesmo após a pregação, nos avisos finais, quase o irmão Jean não consegue falar em decorrência dos “gemidos” que ainda ouvíamos e nos alegravam.
A pregação ficou a cargo do irmão Ricardo, membro e responsável pela congregação do Horizonte (CE). Juntamente com ele, muitos irmãos dessa congregação atenderam o convite para estar no evento, trazendo alegria para os irmãos do Caça e Pesca. A mensagem trazida para a Igreja foi preciosa, restauradora e trouxe um despertamento tal que muitos dos que estavam sintonizados perceberam a orientação divina específica na fala do pregador.
A celebração também foi motivada pela passagem dos aniversários dos irmãos Júnior e Jean que aproveitaram a ocasião para agradecer a Deus pelos anos de serviço ao Senhor.
Deus fará grandes coisas na congregação do Caça e Pesca neste ano. Deus seja louvado!










irmão Jean, Ricardo, Júnior, pastor Heládio e evangelista Carlos



Maninha e Júnior

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Tempos de refrigério

Há quem julgue “tempo de refrigério”, no contexto bíblico, um momento tranquilo e calmo no qual a paz repousará com grande efetividade, ofertando aos seus privilegiados a grandeza do alento. O texto bíblico utilizado para justificar este pensamento encontra-se em Isaías 28:12: “...este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério...”.
O Antigo Testamento trás para os israelitas diversas promessas e bênçãos para esta vida, visto não ser à toa a grande herança encontrada entre os judeus, frutos da providência divina. De modo que podemos concluir que o profeta messiânico se refere ao refrigério como sendo físico e emocional, promovendo a ideia supracitada. Porém, existe um adendo que não pode ser desconsiderado, visto que as ocorrências do AT servem como sombras para ilustrarem realidades espirituais na dispensação da graça.
O tempo de refrigério em vigor está notificado desde o livro de Atos dos Apóstolos, ensinando-nos o seguinte: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e para que venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:9). Explicitamente, o refrigério é posto como sendo o ápice espiritual que alguém ou um coletivo de indivíduos alcançaram após a transposição das trevas para a luz. Dentro deste ambiente, a obediência e a piedade operam com o aval do Espírito que a tudo direciona, criando um clima no qual só podemos reverenciar a Deus e promover sua operação pelas obras piedosas arraigadas pela sensibilidade às Escrituras.

Precisamos viver este clima para o mundo veja a Glória de Deus em nós. Para tanto, façamos o que nos orientou o profeta Zacarias (4:6): “... não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos”.          

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A Oração Começa na Casa de Deus


Todos os profetas do Velho Testamento chamaram o povo de Deus para a oração em comum, conjunta. O próprio Jesus declara, "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração" (Mateus 21:13). O fato é que a história do mundo foi modelada pelas preces da igreja de Cristo.
Pense no seguinte: o Espírito Santo foi inicialmente dado na casa de Deus, no cenáculo. Lá os discípulos "perseveram unânimes em oração" (Atos 1:14). Lemos que Pedro foi liberto da prisão por um anjo, enquanto "muitas pessoas estavam congregadas e oravam" (12:12). A oração conjunta estava continuamente sendo feita pela libertação de Pedro.
Claramente, Deus libera muito poder devido às preces da Sua igreja. Assim, o chamado a esse tipo de oração não pode ser subestimado. Sabemos que a igreja foi comissionada a ganhar almas, praticar a caridade, a servir como local de reunião para a palavra de Deus ser pregada. Mas primeiro e antes de tudo, a igreja deve ser um lugar de oração. Esse é o seu chamamento primeiro, pois todos estes outros aspectos da vida da igreja nascem da oração.
Contudo a oração em comum é limitada. É limitada à programação de horários, e aos tipos de oração aos quais Deus nos chama a orar. Por exemplo, a igreja não é o lugar para o choro de nossas preces de queda e de angústia, quando citamos nossas cobiças e lascívias diante do Senhor e nos arrependemos delas. Algumas vezes a oração em conjunto pode se tornar uma desculpa para evitar esse tipo de oração privativa, quando ocorre um exame do coração. Alguns podem dizer, "Acabei de chegar de uma reunião de oração de duas horas", ou, "Jejuei com a minha igreja por três dias". Mas esse não é o único tipo de oração que o Senhor deseja de nós.

David Wilkerson
Fonte: http://www.tscpulpitseries.org/portuguese/ts061023.html

Para o Quê Exatamente Devemos Orar Em Dias Como os Atuais ?


Eis a receita de Joel a Israel naquele dia de amarguras e trevas: "Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos...Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?" (Joel 2:15-17).
Eis o chamado à igreja: "Não se desencoraje nem se entregue ao desespero. Você não deve acreditar nas mentiras do Diabo de que inexista esperança para despertamento". Pelo contrário, de acordo com Joel, o clamor do povo deve ser, "Senhor, pare a repreensão em Teu nome. Não deixe que a Tua igreja seja mais zombada. Faça com que o ímpio pare de nos governar com arrogância, de nos provocar e perguntar, 'Onde está o teu Deus?'".
A gente pode pensar, "O que Deus promete aqui é só uma possibilidade. Ele diz que 'poderia' deter Seu julgamento. Isso é nada mais do que um 'talvez', um 'pode ser'. Tudo que Ele requer do Seu povo pode ser em vão".
Não acredito que Deus suplicie Sua igreja. E Ele não enviará o Seu povo numa missão boba. Quando Abraão orou a Deus para que Sodoma (onde seu sobrinho Ló vivia) fosse poupada, o coração do Senhor foi movido para salvar a cidade mesmo se apenas dez justos vivessem lá. E Abraão orou assim quando anjos exterminadores estavam entrando na cidade. Estou convencido de que o povo de Deus atualmente deve propiciar o Senhor do mesmo jeito.

David Wilkerson
Fonte: http://www.tscpulpitseries.org/portuguese/ts061023.html

Sombra de Morte e Escuridão


Segundo Joel, o dia de escuridão que estava se aproximando de Israel seria um dia como nunca houvera em sua história. O profeta brada, "Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto e vem como assolação do Todo-poderoso" (Joel 1:15). 
Qual foi o conselho de Joel a Israel naquela hora negra? Ele trouxe a seguinte palavra: "Assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal. Quem sabe se se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção...?" (2:12-14).
Lendo essa passagem, o que me atinge muito são duas palavras: “Agora mesmo”. Em meio à tremenda escuridão que caiu sobre Israel, Deus apela ao Seu povo: “Agora mesmo, na hora da Minha vingança - quando vocês Me puseram para fora da sociedade, quando a misericórdia parece impossível, quando a humanidade zomba das Minhas advertências, quando o medo e as trevas cobrem a terra - agora mesmo, Eu insisto para que voltem para Mim. Sou tardio em irar-Me, e sou conhecido por reter Minha, como fiz com Josias. O Meu povo pode orar e propiciar a Minha misericórdia. Mas o mundo não chegará ao arrependimento caso vocês disserem que não há misericórdia”.
Você está vendo a mensagem de Deus para nós? Como povo dEle, podemos suplicar em oração - e Ele nos ouvirá. Podemos propiciá-Lo e saber que Ele ouvirá as preces sinceras, eficazes e ferventes dos Seus santos.
Tenho uma palavra de aviso à igreja nesse momento: cuidado! Satanás vem especificamente à essa hora de trevas quando o desastre nuclear se forma sobre a terra, quando a impiedade ruge e aterroriza as nações. O Diabo sabe que estamos vulneráveis, e lança a mentira: “Que tipo de bem você pode fazer? Por que tentar evangelizar os muçulmanos, quando eles querem te matar? Não dá pra mudar nada. É melhor você desistir desse mundo saturado pelo pecado. Não vai adiantar orar por um derramamento do Espírito. Todo esse seu arrependimento se torna fútil”.
Mas Deus vem a nós com essa palavra de Joel: “Há esperança e misericórdia, agora mesmo. Sou de grande bondade, tardio em Me irar. E agora é a hora de você se voltar para Mim em oração. Eu posso retirar o Meu julgamento e mesmo trazer bênçãos para ti”.
Agora mesmo - nesses dias de assassino extremismo islâmico, quando o nosso país perdeu o rumo moral, quando os tribunais jurídicos estão banindo Deus para fora de nossa sociedade, quando o medo prende o mundo inteiro - é a hora de se voltar para o Senhor em oração. Mesmo que a Sua condenação esteja chegando por todos os lados, com taças de ira sendo derramadas, o Espírito Santo ainda busca trazer para Si a humanidade chamando-a até o último minuto do dia final.

David Wilkerson
Fonte: http://www.tscpulpitseries.org/portuguese/ts061023.html

O que fazer irmão?


Tenho uma pergunta para você: o que o povo cristão pode fazer em períodos de julgamento iminente da parte de Deus, para mover o coração do Senhor?

Estamos vendo calamidades naturais numa escala como nunca houve antes: ondas marítimas gigantescas, furacões, incêndios, inundações, secas. Penso nas devastações que abalaram todo o mundo, perpetradas pelo tsunami, pelo furacão Katrina, por terremotos na Índia e no Paquistão.
Penso também no medo e no desespero causados por calamidades produzidas pelo homem: os eventos de 11 de setembro de 2001, o conflito entre Israel e o Líbano, armas nucleares nas mãos de homens insanos. Até os comentaristas mais céticos dizem que já estamos vendo os inícios da 3ª guerra mundial.
Agora mesmo, muçulmanos em inúmeros países ameaçam destruir o cristianismo. Quando estive em Londres há pouco, ouvi dois jovens muçulmanos dizendo numa entrevista no rádio: "A nossa religião não é como o cristianismo. Não viramos a outra face. Decapitamos a cabeça do outro".
Eu lhe pergunto: em tempos difíceis como esse, a igreja estaria sem poder para fazer algo? Devemos ficar sentados e esperar que Cristo volte? Ou, somos chamados a tomar ação drástica de algum tipo? Quando em torno de nós o mundo inteiro treme, e o coração dos homens entra em falência por causa do medo, somos chamados para erguer armas espirituais e guerrearmos o adversário?
Por todo o globo, há uma sensação de que é inútil tentar resolver os problemas que se acumulam. Muitos sentem que o mundo atingiu o zênite da desesperança. O alcoolismo aumenta no mundo todo, e mais jovens do que nunca entram em bebedeiras. Vejo uma tendência igualmente perturbadora na igreja, à medida que cristãos se voltam para o materialismo. A mensagem que suas vidas pregam é: "Acabou a esperança. Deus desistiu".
Diga-me, seria esse o papel do povo de Deus em tempos negros? Será que os seguidores de Cristo devem cair um após o outro com o resto do mundo, e pegar à força uma fatia do bolo? Não, nunca!
David Wilkerson
Fonte: http://www.tscpulpitseries.org/portuguese/ts061023.html

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

A graciosa atividades das professoras de crianças


As professoras da Igreja Batista Renovada Moriá fazem um belo trabalho com as crianças participantes das Escolas Bíblicas. Elas entendem a necessidade de instruí-las pelo caminho da verdade, visto que no contexto fora da Igreja estas crianças são bombardeadas por ideologias e secularização mundana. A contraposição aos diversos ensinos de inversão de valores, por exemplo, marca a educação de nossas crianças, preparando-as para o enfretamento pacífico e convicto desta guerra moderna.
As crianças contam também com a criatividade destas excelentes educadoras que com um olhar muito apurado da realidade transmitem numa linguagem acessível os valores cristãos, estimulando-as ao apreço pela vida piedosa em Cristo Jesus. As crianças ficam eufóricas pela forma decente com a qual são educadas. As diversas atividades lúdicas permitem internalizar as verdades dos textos bíblicos sem perder a seriedade do ensino. Realmente, um grande feito que merece a honra e o respeito de quem as assiste orando pelo sucesso no encaminhamento dos nossos cordeirinhos.
Que Deus abençoe a todas!


preparação e capacitação das professoras em reunião no Eusébio-CE


confraternização exclusiva para os alunos da escola bíblica


entrega dos certificados para os concludentes do curso Investigadores da Bíblia

Por que a Bíblia Sagrada foi tão perseguida?


Até ser reunida e formar o cânon do qual dispomos hoje, a Bíblia Sagrada passou por um longo processo de produção. Basta entendermos que sendo Moisés o “primeiro” escritor e João, o discípulo amado, o último, passaram-se cerca de 1.700 anos. Neste período, a possibilidade de mudanças sociais e culturais com tendências a alterar seu conteúdo era alta, tendo em vista que os povos mudam durante suas histórias. Contudo, o mais impressionante das Escrituras é verificar sua uniformidade e constância, sobretudo a forma como ela vai propondo o ensino da verdade paulatinamente ao ponto de a lei ser sombra de bens futuros (Hebreus 10:1), enquanto que o Evangelho ser considerado “alegres novas de boas coisas” (Romanos 10:15). A prevalência da Bíblia com respeito a outros livros religiosos e dogmas demonstra-se através de fatos como este, muito embora se julguem também inspirados. Essa conclusão, entretanto, fez surgir vários conflitos religiosos, pois muitos não acreditam na supremacia bíblica. A queima de Bíblias, por exemplo, demonstra a forma como os textos cristãos foram menosprezados, tendo como fim a tentativa de aniquilamento de seus ensinos. Apesar disso, a Bíblia foi preservada miraculosamente por providência divina. Vejamos alguns fatos históricos que nos falam de situações como esta.
A Bíblia inglesa, traduzida por John Wycliffe, foi perseguida por Roma:

Wycliffe, vigário da Igreja de Saint Mary em Lutterworth, completou o Novo Testamento inglês em 1380 e o Velho Testamento em 1382. Ele rejeitou muitas das heresias de Roma, incluindo a doutrina de que o povo não deveria ter a Bíblia em sua própria língua. Aqui está uma das poderosas afirmações que ele fez para as autoridades católicas: “Você diz que é uma heresia falar das Sagradas Escrituras em inglês. Você me chama de herege, porque eu traduzi a Bíblia para a língua comum do povo. Você sabe quem blasfema? Não dá o Espírito Santo a Palavra de Deus em primeiro lugar na língua materna das nações a quem foi dirigida? Por que você fala contra o Espírito Santo? Você diz que a Igreja de Deus está em perigo com este livro. Como pode ser isso? Não é somente da Bíblia que aprendemos que Deus criou uma sociedade tal como Igreja sobre a terra? Não é a Bíblia que dá toda a sua autoridade à Igreja? Não é da Bíblia que aprendemos quem é o Construtor e Soberano da Igreja, quais são as leis pelas quais ela é governada, e os direitos e privilégios dos seus membros? Sem a Bíblia, que permissão tem a Igreja para mostrar tais coisas a todos esses? É você quem coloca a Igreja em perigo ao esconder o mandado Divino, a missiva real de seu Rei, a autoridade que ela exerce e a fé que ela ordena” (David Fountain, John Wycliffe, pp. 45-47).
Roma perseguiu amargamente Wycliffe e tentou, sem sucesso, prendê-lo. O Papa Gregório XI emitiu cinco bulas contra Wycliffe, mas ele foi protegido pela rainha da Inglaterra e outros. 
Wycliffe morreu em 31 de dezembro de 1384, e 43 anos mais tarde, em 1428, a Igreja Católica desenterrou os seus ossos e os queimou. 
Roma também perseguiu os seguidores de Wycliffe, os lolardos, aprisionando-os e condenando muitos deles à morte. A torre dos lolardos em Londres foi assim chamada porque é um dos lugares onde eles foram presos e torturados. Era ilegal possuir uma cópia da Bíblia de Wycliffe, e a maioria das inestimáveis Escrituras manuscritas foram queimadas. 

Willian Tyndale é outro exemplo de tradutores da Bíblia para o vernáculo perseguido pelo catolicismo romano:

Quando jovem, Tyndale sentiu que tinha a obrigação de traduzir a Bíblia para o inglês diretamente do hebraico e grego, para que seu povo pudesse ter a Palavra de Deus das mais puras fontes. Quando ele expressou este plano para as autoridades católicas na Inglaterra, então sob domínio católico, ele soube que não seria possível fazer este trabalho em seu próprio país. 
Enquanto trabalhava em Little Sodbury Manor após a sua graduação em Oxford, Tyndale pregou naquela parte do oeste da Inglaterra e debateu a verdade com padres católicos. Uma noite, um padre exclamou: “Estamos melhor sem as leis de Deus do que as do papa”. Ouvindo isso, Tyndale replicou: “Se Deus poupar minha vida por muitos anos, farei com que um menino que empurra um arado saiba mais das Escrituras do que vós”.
Tyndale viajou para o continente para alcançar este objetivo, onde ele teve que se mudar de um lugar para outro e esconder seu trabalho por causa das autoridades eclesiásticas. 
Depois de completar o Novo Testamento e uma porção do Velho, Tyndale foi preso em maio de 1535. Ele ficou preso por 16 meses no castelo de Vilvorde, Bélgica. 
Em 6 de outubro de 1536, Tyndale foi estrangulado e depois queimado na fogueira. Suas cinzas foram jogadas no rio que corria ao lado do castelo. 

Os anabatistas também fizeram sua tradução das Escrituras para a língua do povo, mas amargaram duras perseguições e martírio:

A Bíblia alemã produzida por anabatistas apareceu em 1529, cinco anos antes da Bíblia completa de Lutero. Ela foi chamada a de A BÍBLIA DE WORMS, de acordo com o nome da cidade em que foi publicada. A tradução foi feita por dois anabatistas, Ludwig Hetzer e Hans Denck, “talentosos eruditos, bem versados em hebraico e grego, bem como em latim. Denck estudou e recebeu o grau de mestre na Universidade de Basel, sob e com Erasmus. Hetzer foi um aluno de Basel, e também da Universidade de Paris” (John Porter, The World’s Debt to the Baptists, 1914, p. 138). “Na época da sua publicação a aprovação da edição Denck-Hetzer foi ilimitada e universal. No prazo de três anos treze edições separadas apareceram em Estrasburgo, Augsburgo, Hagenau, e outros lugares... Em uma palavra, em toda a Alemanha o livro dos desprezados anabatistas foi comprado, lido, e estimado” (Ludwig Keller, Hans Denck, Ein Apostel der Wiedertaufer, p. 211; cited by Porter, p. 139).
Esta Bíblia alemã e seus tradutores sofreram o destino que já vimos tantas vezes. “Denck, sofrendo com a tuberculose, sob o decreto de banimento e proscrição, morreu na clandestinidade, na Basiléia, em 1529, um pouco antes da Bíblia vir a ser impressa. Hetzer foi preso, condenado como herege, e decapitado no mesmo ano em Constance... TODO O ESFORÇO POSSÍVEL FOI FEITO PARA SUPRIMIR ESTA ‘BÍBLIA HERETICA’; ESCRITÓRIOS DE IMPRESSÃO, LUGARES ONDE O LIVRO ERA VENDIDO, CASAS PARTICULARES E PESSOAS FORAM REVISTADAS, E TODAS AS CÓPIAS ENCONTRADAS ERAM DESTRUÍDAS. Apenas três cópias que são acessíveis a acadêmicos vieram agora ao conhecimento da existência, uma está na biblioteca da Universidade de Bonn, uma em uma biblioteca em Stuttgart, e uma na Biblioteca Pública de Nova York”.

De fato, a proposta das Escrituras de ser a única fonte da verdade provoca grande antipatia, principalmente, dos religiosos cujos intentos pretendem manobrar seu conteúdo para formularem novos dogmas, servindo-se dos fundamentos cristãos para tantas inovações e desdobramentos considerados equivocados que culminam com um pleno desvio do ensino primaz de Cristo. Apesar disso, Deus sempre preservou suas máximas com grande poder e autoridade, não permitindo sua Palavra desaparecer.

Cloud, David W. “Way of Life Literature”. Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira. Disponível em http://www.discernimentobiblico.net/As%20pergui%E7%F5es%20do%20catolicismo%20contra%20a%20b%EDblia.html


domingo, 6 de janeiro de 2019

A piedade anabatista e a violência

Muito embora a criminalidade esteja em alta nos últimos anos, a convicção cristã anabatista sempre se conservou dentro do padrão pacífico das Escrituras. Para nós, o ensino do pacifismo não repousa na Bíblia como mera instrução teórica, mas prática, já que requere os frutos dignos de quem passou pelo processo do arrependimento. Essa resoluta prática, ganhou identidade, óbvio, desde o comportamento de Cristo que “como cordeiro mudo foi levado ao matadouro” (Isaías 53) não relutando diante da impiedade e injustiça de seus acusadores.
Como desdobramento desta prática neotestamentária, cristãos ao longo dos séculos enfrentaram a violência contra si de forma pacífica, sem empunharem espadas nem se voltando de qualquer outra maneira contra aqueles que se diziam seus inimigos. O cristão anabatista caracterizou-se pelo desapego aos revides da vida para comporta-se pelo espírito humilde das bem-aventuranças.
No Século XVI, momento histórico reputado como muito significativo em decorrência da Reforma Protestante, anabatistas foram martirizadas injustamente, simplesmente por acreditarem firmemente nos valores das Escrituras sem as interpretações religiosas católicas e protestantes da época. Preferiram o texto puro como fora colocado e agiram da mesma forma como liam. Se alguém batesse em seu lado direito do rosto, ofereciam o outro... cultivando um coração puro, não permitindo o ódio ou o rancor infernizarem seu peito. Deles, aprendemos muito.
Em nosso tempo, outros desafios surgem para provar nossa fé. Como enfrentar a violência de nossos dias? Não há uma perseguição explícita por procurarmos viver a fé sem o ritualismo religioso imperante, mas devido ao excessivo pecado no coração do homem, tudo que é de Deus ganha motivos para ser ridicularizado e menosprezado. Apesar disso, agimos contra isso de forma pacífica. Ousamos pregar o Evangelho para resgatar os mais vis pecadores, dando-lhes motivos para viver pela fé. Pregamos também para os mais abastados, levando-os a compreender que a vida não compreende apenas este período afortunado do patamar físico da realidade humana. Há algo mais que vai além da razão humana e encontra respaldo na fé.
Anabatistas, vivamos a fé simples para resgatarmos os valores das Escrituras, sendo pacíficos dentro do paradigma bíblico, sem nutrirmos qualquer sentimento de ódio ou de destemperança. Enquanto muitos elevam seus palácios religiosos, fruto da exploração capitalista, criando novos impérios religiosos à base da pregação mista (mundanismo e evangelicalismo), onde a seleção dos membros se dá pela preferência a quem possui muitos bens e que em certas ocasiões impõem o fardo da perseguição contra nós por associação (algo descabido), reservemo-nos para comer do pão e para beber da água com a simplicidade, agindo em favor do pobre e do desamparado, acreditando na possibilidade de vermos almas resgatadas do mais vil pecado e acreditemos na justiça que vem de Deus.

Reunião de obreiros 2019


A reunião de obreiros anual da Igreja Batista Renovada Moriá seguiu graciosa como de costume. Com a presença de mais de 80 pessoas, contando os obreiros e suas famílias, um clima de comunhão foi criado para deliberarmos sobre as atividades anuais da Igreja. A convivência entre os obreiros é sempre uma oportunidade de levantarmos questões problemáticas para encontrarmos coletivamente soluções, mas também para encontrarmos apoio uns nos outros para árdua tarefa da pregação do Evangelho.
Que o Senhor nos abençoe!

















sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A crise de segurança no Ceará sob um olhar bíblico


Há quem diga que a crise de segurança pública no Ceará é reflexo das disparidades sociais criadas pelo sistema capitalista e pela impunidade. Em partes isso pode ser verdade, mas a corrupção moral do gênero humano é o agente provocador de todas as mazelas da vida, principalmente, quando esta corrupção tem o amparo e o estímulo partidários e governamentais, já que dizem não acreditar em Deus. O desvio do homem dos propósitos sonhados para ele fez com que sua consciência fosse suplantada pelo excesso de pecados praticados, transformando-o numa criatura extremamente rebelde e avessa ao paradigma divino. Infelizmente, essa conduta acarretou consequências nada benevolentes. Na verdade, estabeleceu formas de condenação das mais diversas nas quais este impenitente sofrerá por toda a eternidade.

Em Gênesis 6, encontramos um quadro deplorável no qual o ser humano se deixou levar pelas paixões da vida e criou uma mentalidade para aproveitar ao máximo cada desejo seu. Esse desejo nascia de uma inclinação pecaminosa sem qualquer racionalização de possíveis prejuízos. A prédica bíblica acentua aquela manifestação como liberal, quer dizer “faça tudo o que tens em mente e no coração”, de modo que “comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento” era apenas uma expressão atenuante do profundo pecado existente naquela sociedade. A gravidade daquelas práticas foi tamanha ao ponto de o Senhor ter que intervir destruindo a raça humana pelo dilúvio.
Em Gênesis 19, outro momento registrado como altamente comprometido pela intensidade do pecado, os homens abusavam nas relações sexuais, praticando toda sorte de desvios à prescrição decente entre um homem e uma mulher. O resultado foi a chuva de fogo e enxofre consumindo toda uma região em razão da soma elevadíssima de seus pecados. A Bíblia já atestava ao fato pecaminoso nos seguintes termos: “Ora, eram maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o Senhor” (Gênesis 13:13). Em Gênesis 18:20 está escrito: “Disse mais o Senhor: porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito” atestando a profundidade da impiedade local.
Em ambos os exemplos, a punição veio na mesma medida de seus infindáveis pecados, cumprindo a regra de proporcionalidade bíblica. Além disso, há ainda uma condenação eterna que está porvir. A destruição do mundo físico representou a condenação possível dado o esgotamento das possibilidades de arrependimento daquelas gentes para aquele momento histórico. Noé, como pregoeiro da verdade, exerceu sua parte com muita disposição, apesar da idade, e Abraão, como agente perspicaz da fé, pela sua oração, conferiu maior tempo para que os moradores pudessem chegar ao arrependimento através da fala de Ló (que em nenhum momento teve um papel de fé representativo e não fez o que dele se esperava).
Em vistas do registro, concluímos que a humanidade se perpetua na agonia do pecado. Apesar da agonia (representada na fala dos descrentes através de muitos outros diagnósticos), o pecador tenta preencher sua ânsia interior pelos atos de rebeldia que culminam em trazer desordem social. Todos sabemos sobre a punição legal para quem age em rebeldia contra o Estado, algo que pode gerar, inclusive, mortes; mas haverá uma condenação maior, a eterna, não julgada pelos homens. Todo pecador comparecerá diante do Grande Trono Branco para ser julgado pelas suas obras. Ali, pecadores rebeldes estremecerão e ateus dirão acreditar em Deus pelo fato de o estarem contemplando, mas será tarde demais.
Quanto ao caos social no Ceará, temos em mente que é mais uma manifestação da pecaminosidade humana na qual veremos consequências e punição. Homens tentarão remediar essas situações através de políticas públicas, mas o rebelde continuará provendo-se de todo o mal e tende a articular-se com outros causando maiores dissabores e problemas para a vida moderna. Diante disso, podemos sugerir que a Igreja de Cristo entre em estado de oração para que Deus através de um grande avivamento derrame de sua graça sobre o Estado (para tanto, muitos evangélicos deveriam deixar suas vidas de pecados e consagrar-se a Deus de coração).

Deus misereatur nostri, et benedicat nobis!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Graça Abundante



John Bunyan nasceu na pequena aldeia inglesa de Elstow. Seu pai era um funileiro, ou operário de metal, que possuía seu próprio chalé, pagava impostos e se conformava à Igreja da Inglaterra. John frequentou a escola apenas por alguns anos e, aos dez anos de idade, considerava-se cativo do Diabo e dava-se ao xingamento, à mentira e à blasfêmia contra Deus. Ele experimentou sonhos terríveis do Inferno: fogo, julgamento e trevas eternas, mas os ignorava e se tornava um líder dos jovens que praticavam pecados com grande entusiasmo. Em todo esse tempo, ele estava aprendendo o ofício de seu pai.

Quando adolescente, John escapou da morte por afogamento, de uma cobra venenosa e de um tiro de mosquete (um companheiro que assumiu seu lugar como sentinela foi baleado na cabeça e morreu). Ele reconheceu sua sobrevivência como uma graça de Deus, apesar de seus muitos pecados. Casou-se e começou a frequentar a igreja duas vezes por dia. Ele se descreve como enfeitiçado pelos bispos, paramentos e serviços da Igreja da Inglaterra. Por cerca de um ano trabalhou para controlar sua língua vil e tentava dar a seus vizinhos a impressão de que ele era um homem piedoso.
Consciente de sua hipocrisia, mas sem saber o que fazer a respeito, um dia seu trabalho o levou a Bedford, onde ouviu mulheres sentadas ao sol falando sobre Deus e a nova vida que desfrutam como consequência de sua comunhão com Jesus Cristo. Ele ficou impressionado com sua condição feliz e abençoada e fez questão de lhes fazer muitas visitas e aprender com esses puritanos. Foi quando começou a ler a Bíblia com novos olhos e achar as Epístolas do Apóstolo Paulo doces e agradáveis. Ainda assim, ele teme que haja um limite para o número de pessoas que podem ir para o Céu e teme que seja tarde demais...
Graça abundante para o principal dos pecadores é a autobiografia espiritual de John Bunyan. Trata de sua conversão e luta com a fé. Foi escrita quando Bunyan esteve preso por pregar sem licença. Sua principal dificuldade era um tipo de “desordem obsessiva compulsiva espiritual”, como diz um comentarista. As preocupações constantes de Bunyan eram seu estado quanto à salvação e se Deus o considerava digno o bastante para a vida eterna. Esta história comunica a angústia do autor com o próprio pecado, sua confissão e o impacto da graça divina que salva e transforma vidas. As lutas espirituais de Bunyan relembrarão aos leitores que até as grandes personalidades da fé tiveram dificuldades em crer, e seu testemunho pessoal incentivará todos os que porventura estejam duvidando do estado de sua salvação.”

Livro disponível em:

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Renovo



Os fins e os começos dos ciclos da vida parecem distantes entre si, talvez pela ideia nascitura de um em oposição à morte do outro. Contudo, sua proximidade é patente, registrando quase no mesmo instante o findar de velhas histórias que abrem perspectivas para o novo do sobressaído momento. Permitem, além do mais, aos que se dispõem à tarefa da reflexão, um olhar apurado sobre as tantas experiências tempestivas e intempestivas ocorridas durante o tempo decorrido, tal qual fogo devorador não poupou os instantes, consumindo-os de forma rápida e versátil, fazendo desaparecer, depurando e até mesmo moldando caprichosos feitos.
Certamente, neste novo ano somos impulsionadas à esperança. Sim, não podemos esquecer uma das virtudes máximas elencadas como superior pelo texto sagrado. A esperança, a fé e o amor transmitem o parecer da Escritura para cada momento da carreira cristã, enquanto o glorioso dia não refulge com a glória esperada. Precisamos, neste momento de reflexão, fazer uma inclinação para nosso interior a fim de verificarmos quais sentimentos pretendem nos nortear neste novo momento da caminhada de servirmos a Deus verdadeiramente. Estaremos dispostos a mudar, caso precisemos? Desejaremos ir além, superando os sucessos anteriores? Pagaremos o preço de cada atitude para que a glória seja somente para o Cordeiro de Deus?
Como fiéis aos preceitos cristãos, precisamos entender que os erros e os defeitos merecem ser esquecidos, mágoas não devem ser suscitadas, intrigas despedidas e lançadas longe para que toda virtude prevaleça. Respirar com a espiritualidade cristã não só elevará o sujeito cristão como também enriquecerá o coletivo dos tementes a Deus congregados na mesma comunidade. A transmissão de valores e o exercício do mesmo não tardará em proporcionar uma Igreja revestida do calor do Espírito e do bálsamo da paz, se tão somente desejarmos acima de qualquer coisa, inclusive, de nós mesmos, crucificar o eu e viver a santidade oportunizada como dádiva imerecida com a qual teremos o pudor de manifestarmos a identidade anabatista.

Vosso servo, pr. Heládio Santos