sexta-feira, 29 de março de 2019

Um comentário sobre política


Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. (Mateus 4:8-10)

Estamos diante de uma expressão bíblica que tonifica o conceito de reino do mundo e sua glória. Baseados nela, podemos afirmar que satanás o usurpou, deixando o homem à míngua na questão do seu governo e impondo uma mentalidade muita mais voltada para o que se pensa ser o melhor para o homem do que para a vontade de Deus. Este príncipe do mundo tentou criar uma nova política nos céus antes da Criação, mas a repreensão divina o expulsou do Reino Eterno, fazendo com que hoje interfira na perspectiva de vida do mundo e também tente interferir na da Igreja.
A política contemporânea, por ocasião, expressa uma tentativa enorme de atender a humanidade em todas as suas necessidades, sejam elas morais ou imorais. Muito embora estejamos “atendidos” por algumas delas, acredito por força da fé nos princípios do Evangelho, que não cabe a nós (anabatistas) reivindicarmos ou censurarmos quaisquer propostas governamentais, nem mesmo suas estratégias para solucionar os diversos problemas sociais, políticos, financeiros que assolam as nações (aparentemente isto será resolvido pelo anticristo). Cabe ao cristão fazer o que Paulo ensinou: “TODA a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Romanos 13:1-2). A orientação apostólica versa sobre a maneira pela qual o cristão deve desprover-se de qualquer inquietação sobre a mentalidade e o embate político, visto que ele não deveria está preocupado com isso (no crente deverá reinar a paz e a esperança em Cristo Jesus). Não quero dizer que não deveremos exercer nosso papel enquanto pregadores da verdade, pois através da palavra denunciamos o pecado e o erro de forma apartidária, uma vez que nosso compromisso está acima da querela política.
Hoje, temos uma porta aberta para a pregação do Evangelho. A voz do Evangelho ecoa através de vários meios de comunicação. Entretanto, que seja a pura mensagem do Evangelho. Não seja um misto de crítica política com aparência de pregação. João Batista denunciou o pecado de Herodes de forma objetiva e transparente. Tinha algo de concreto em sua repreensão, por isso Herodes o temia. Não havia um discurso de insurreição devido ao domínio romano, mas um alerta para o cumprimento da vontade divina.

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