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terça-feira, 27 de agosto de 2019
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Estatuto da família do século 21
Tramita na Câmara Federal
o PROJETO DE LEI N° 3.369, de 2015, cujo teor apresenta as novas formas de
família. De autoria do Deputado Orlando Silva (PCdoB), o projeto foi analisado
pela comissão de Direitos Humanos e Minorias, tendo como relator o Deputado
Túlio Gadêlha, atual marido da apresentadora global Fátima Bernardes, que já
manifestou voto a favor do projeto.
O texto é enfático: Busca a proposição em apreço instituir o
Estatuto das Famílias do Século XXI.
Quem são as famílias do século XXI? Como versa o texto, são reconhecidas como famílias todas as formas de união entre duas ou
mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiem no amor e na
socioafetividade, independentemente de consanguinidade, gênero, orientação
sexual, nacionalidade, credo ou raça, incluindo seus filhos ou pessoas que
assim sejam consideradas. Segundo o relator do projeto, a visão de que a
família deveria ser considerada apenas como a união de um homem e de uma
mulher, por meio de casamento, é ultrapassada. Nas suas palavras, discordamos frontalmente de tal visão
retrógrada, que não se coaduna com a nova realidade das relações familiares,
baseadas em premissas de igual respeito e consideração, bem como reconhecedora
da heterogeneidade e da diversidade das formas de organização familiar.
Tomando como base as
convicções cristãs, o amor autêntico traz em sua essência Deus, pois Deus é
amor (I João 4:7). Quem julga ter alcançado o amor, que é uma dádiva divina,
tende a voltar-se inteiramente à vontade de Deus, como escrito está: “Mas
qualquer que guarda a sua Palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente
aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos n’Ele” (I João 2:5). Neste contexto,
a unidade familiar instituída pela vontade de Deus nas Escrituras está limitada
àquela na qual participam homem e mulher, trazendo a possibilidade de gerar um
crescimento pleno para todos os integrantes da mesma. Fugir a esse padrão
coerente, já que a proposta bíblica é apresentar o homem como o provedor e
protetor da família, enquanto a mulher cuidaria dos laços de afetos para que
todos cooperassem entre si, não parece ser uma boa ideia. Entretanto, o
pensamento humano, representado por estes articuladores de projetos, não
compartilha com os institutos bíblicos, levando-nos a compreender o rompimento com
a moral cristã já visto desde alguns anos entre outras propostas. Esse
rompimento, entretanto, pode gerar um prejuízo para o próprio ser humano, visto
que ele tem se apresentado como aventureiro em muitas áreas da vida, procurando
caminhos cada vez mais extravagantes, deixando a coerência e a racionalidade,
muitas vezes, de lado para voltar-se para suas paixões (aquilo que anseia seus
corações).
Apesar de poder gerar um
debate jurídico, o projeto abre precedentes também para o casamento poligâmico. Um sério problema, se analisarmos pela ótica cristã que classifica a
ação como pecaminosa. E agora, diante de tantas inovações que ferem as sagradas
convicções cristãs, o que esperar? A volta de Cristo que é iminente e está
ainda mais próxima. Prepara-te Igreja, pois teu Senhor está às portas e virá
como ladrão na noite.
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Perseverando até o arrebatamento
A caminhada cristã não é
fácil. Unir crentes dentro de um mesmo propósito também não, principalmente
neste tempo no qual a apostasia transita em muitas igrejas evangélicas, gerando
novas concepções, desvios do paradigma apostólico e servindo de instrumento de
sedução para quem não está bem convicto das verdades cristãs. Não é difícil vermos
movimentos que rejeitaram muitos dos princípios morais da Bíblia, por isso
abandonaram a simplicidade do Evangelho pelo apego às vaidades, aceitaram a
lascívia, a prostituição, as irreverências de filhos aos pais, enfim,
comportaram dentro de seu contexto um comportamento contrário ao que foi
deixado pelo Senhor. Apesar do mal testemunho dessas muitas vertentes tidas
como cristãs, Moriá continua pelejando pela boa e genuína fé.
Um exemplo objetivo deste
jeito batalhador de ser é a congregação da Igreja Batista Renovada Moriá do
Siqueira cujo trajeto foi marcado por grandes desafios e provações, mas como
sua membresia optou pela resiliência resistiu diante das adversidades. Como
consequência, neste final de semana celebramos mais um ano de existência da
congregação. Foram dias de grande alegria para todos os que se reuniram ao
longo da programação que teve seu início na sexta e findou no domingo. Muitos
irmãos de outras congregações de Moriá se uniram ao grupo do Siqueira, atualmente,
sob a liderança do Evangelista Maurício Nascimento, que substitui o irmão
Francisco das Chagas temporariamente. Vivemos experiências gloriosas no templo
da congregação com cânticos que tocaram a alma e despertaram um sentimento de
maior apreço pelo dia tão aguardado pelo povo de Deus: o arrebatamento. Na mesma
linha, as pregações serviram ao seu propósito, abrindo a possibilidade de
entendimento para os visitantes descrentes. Após o evento, o Evangelista
Maurício agradeceu pelo forte apoio recebido por todos.
Um grande e fraterno abraço a todos os
membros da Congregação do Siqueira.
Pr. Heládio Santos
Presbitério de
Fortaleza
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Renovação espiritual no I Encontro sobre Grupos Familiares e Avivamento Espiritual
Às vezes, quando somos tomados por Deus
conseguimos expressar um pouco da experiência, outras vezes não. O impacto da
presença nos faz ora como um rio de águas vivas ora como um sacerdote diante do
altar emudecido em razão da refulgente glória contemplada. Não obstante, os efeitos
da visitação do Altíssimo são percebidos em todos os que provaram do manancial
ofertado. Seja pelo semblante desejoso de mais, seja noutro contristado ou
ainda em muitos cheios de alegria. A experiência gera grandes expectativas para
sonhar com as muitas promessas que são possíveis na vida de um cristão digno.
Basta aprendermos das Escrituras, se é que não sabemos, para ousamos tocar o invisível
e o Absoluto, Fonte de todo o bem, a fim de que sejamos instrumentos para sua
glória e participantes de tão apreciável virtude divina. Somos canais do Deus
tremendo, Jeová Jiré, para que o mundo e a Igreja veja Deus através de nós.
Esse é o objetivo destinado a Igreja: ser porta voz do Reino de Deus em sua
plenitude.
Igreja é a noiva de
Cristo, separada do jeito mundano de ser para se adornar com os divinos dons
espirituais, exalando o bom perfume de Cristo. Santidade e poder se associam
neste momento. Um possibilita e dinamiza o outro. Criam um vínculo de
dependência para um melhor desempenho da função na qual cada cristão foi
colocado no Corpo de Cristo. Na prática, esse desempenho se apresenta na evangelização
para o mundo e na reunião de casa em casa para a Igreja, mas não
obrigatoriamente assim, pois Deus utiliza os seus de muitas formas e maneiras.
Contudo, é no ajuntamento dos cristãos em casa que a manifestação espiritual se
torna ainda mais possível. Nos grupos familiares há muitos sacerdotes de Deus,
homens e mulheres, adultos e crianças, velhos e jovens, cujos corações rendidos
a Ele podem fazer jorrar com inspiração divina em suas almas os oráculos de
Deus com profundidade. Não configura algo novo, como alguns podem pensar, mas o
resgate do antigo renovado pela unção do alto para edificação do povo de DEUS.
Os dons operam ainda hoje, muito embora “gênios” apáticos a essa realidade
espiritual tentem a desmerecê-los com investidas frágeis desprovidas de paixão
pelas evidências da vida plena no Espírito. O cessacionismo tem que se calar
quando um enfermo é curado pela ordenação de um crente cheio do Espírito Santo,
quando uma pessoa é libertada de um espírito maligno, quando o dom de profecia
exorta, consola e edifica a Igreja. O dom de profecia não é uma formulação
doutrinária nova, mas uma palavra oportuna para determinada situação restrita,
capacitando os que se beneficiaram da mesma para saber que Deus cuida bem
deles.
Por isso, e por muito
mais, nesta quinta (15 de agosto) vimos Deus operar efusivamente no meio de sua
Igreja no I Encontro sobre Grupos Familiares e Avivamento Espiritual, promovido
pela Igreja Batista Renovada Moriá. Na abertura, todos rumamos para um só
louvor e adoração. Em seguida, uma palavra graciosa do pastor Edimilson Alencar
sobre a necessidade do grupo familiar se colocar em solo sagrado. Fez também várias
visitas ao passado para demonstrar o comportamento da Igreja no início a fim de
despertar os irmãos para as mesmas experiências e outras maiores. O irmão
Gleisiano tomou a palavra após a conclusão do pastor não deixando a chama da
expectativa baixar. Trouxe uma gloriosa palavra sobre as manifestações do
Espírito nos Grupos Familiares. Em seguida, uma breve reunião de grupos foi
iniciada para que os irmãos participassem efetivamente do evento. Algo
maravilhoso. Para concluir, o pastor Glauco Barreira Magalhães Filho pregou
sobre a atualidade dos dons nos grupos familiares aquecendo ainda mais o
coração da Igreja. Uma noite memorável.
Na verdade, foi uma
noite de restauração, de despertamento, de acreditarmos mais uma vez que todas
as coisas são possíveis para Deus para assim nos sujeitarmos ao seu querer de
bom grado e em santidade. Que os membros possam viver as experiências nos seus
grupos, sabendo ouvir e falar, demonstrando paixão e temor, intensificando a
comunhão com Deus e com os irmãos, promovendo a dependência no Altíssimo e se
colocando como vaso de honra em sua casa.
Que o Senhor nos abençoe!
O espírito do culto da Igreja Primitiva
H
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avia um clímax espiritual nas reuniões da
comunidade de Atos dos Apóstolos. Era motivado por uma comunidade de práticas
intensas da vida cristã visto terem experimentado o dom da graça e os dons do
Espírito incondicionalmente e com muita liberdade, razões que nos permitem
constatar o surgimento de sua potencialidade e do seu caráter promissor, ambos
necessários para a consolidação e expansão do Cristianismo. Essa dinâmica não
se justificava somente pelo desenvolvimento do trabalho dos doze apóstolos, mas
também pela fé e convicções daqueles que se apropriaram das benesses
espirituais sem, no entanto, serem identificados. Muito se falou da
espiritualidade apostólica através da qual se operava grandes feitos, porém, há
uma omissão intencional, já que o livro de Atos representa os dos apóstolos, da
vida e do trabalho de tantos outros discípulos presentes nas reuniões de casa
em casa que também serviram para dinamizar a fluência do Espírito na Igreja
Primitiva. Isto, no entanto, não é desabonador. É desafiador para os atentos
leitores que através de um exercício de meditação podem contemplar tantos
quantos estiveram cumprindo papéis importantes, sendo instrumentos para a
edificação daquela Igreja e inspirando-nos a exercer o sacerdócio universal de
todos os crentes.
O espírito reinante em cada um
daqueles cristãos e, consequentemente, em cada reunião nos lares era o da
perseverança na doutrina, da comunhão, do partir do pão, das orações, da
solidariedade, do temor individual e coletivo e da unidade cuja essência tornou
aquela comunidade ideal, exatamente, em razão da prática da fé que os unia
(Atos 2:44). A perseverança unânime era a argamassa daquele sólido “edifício”
que tornava aquela comunidade tão atraente aos olhos dos pecadores (Atos 2:47),
assim como o zelo de sempre querer praticar tudo quanto tinha recebido; por
isso, na narrativa deste período da Igreja encontramos diversos relatos
sobrenaturais entre eles (Atos 3:3-8, 4:4, 4:8-23, 4:33-34). Esse envolvimento
com a espiritualidade cristã criou aspirações santas: despertamento para se
tornarem porta vozes do Altíssimo de todo o coração, edificação da Igreja através
da multiplicidade de dons e salvação dos pecadores pela pregação nos lares,
lugar que se tornava solo sagrado por ocasião da invocação do Nome do Senhor
(Mateus 18:20).
Aparentemente, o ambiente
restrito do lar não deveria presenciar tantas operações de “pessoas estranhas”.
Em razão de algumas reuniões em casa administradas pelo Senhor (Marcos 2:1-5 e
Lucas 19:5-8) e com alguns ensinos que ilustravam a casa como ambiente de
comunhão (Apocalipse 3:20), a Igreja não se omitiu em fazer o mesmo, entendendo
e confirmando também o sentimento de partilha próprio das primeiras pregações
de Cristo (Atos 4:32). A lógica era partilhar do aconchego do lar para
estabelecer uma comunhão segura, tanto com Deus quanto com os demais cristãos.
Um ambiente fraterno, enriquecido por tantas virtudes dos ensinos cristãos,
possibilitaram a ocorrência de diversas manifestações espirituais que foram
prontamente registradas para as gerações seguintes a fim de aspirarem o mesmo.
O evento na casa de Cornélio (Atos 10) e as reuniões na casa de Filipe cujas
filhas profetizavam (Atos 21:8-9) nos fazem sonhar com aquelas circunstâncias.
Pedro e Paulo foram privilegiados porque foram surpreendidos pelos efeitos de
uma reunião espiritual tremenda. Veja que eles não foram os protagonistas nos
respectivos casos, mas Cornélio e sua anônima família e as filhas de Filipe que
nem o nome nos foi revelado. Entretanto, nos dois casos impera a manifestação
do Espírito atingindo pessoas tidas como comuns que nos trouxeram uma
informação maravilhosa: Deus também opera através dos comuns, dos que não têm
nenhuma vocação ministerial, dos que aspiram algo sempre novo quando a Igreja
se reúne. O ensino desse importante fundamento está explicitado nas palavras de
Paulo: “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” (Romanos 2:11); na
mesma medida que Pedro pregou: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção
de pessoas” (Atos 10:34).
Desta forma, a percepção
espiritual daquela comunidade estava aguçada pelo cumprimento das promessas de
Cristo ocasionando inúmeras experiências relevantes. No contexto de Atos, quem
assume papel de destaque são os apóstolos, contudo a Igreja é consequência dos
feitos desses homens de Deus, tendo também papel fundamental e atuante. Mesmo
que os muros de Jerusalém fossem transpostos, a dinâmica desse povo continuaria
a mesma: em Samaria, na Judeia e até nos confins do mundo, como atestam as
epístolas apostólicas. Em Tessalônica, o apego ao iminente retorno de Cristo
gerava expectativas fundamentadas nas Escrituras de tal modo que suas
convicções operavam nos que criam (I
Tessalonicenses 2:13) para sentirem o gozo do Espírito (I Tessalonicenses 1:6).
Em Roma, a casa de Áquila e Prisca era o lugar de comunhão no qual os
discípulos afluíam para receberem instruções, usufruindo de um ambiente de
inspirada santidade que atraía o vento do Santo Espírito. Áquila e Prisca eram
crentes ilustres de profunda fé vinculada à sã doutrina. Foram eles que
trouxeram um refinamento espiritual na vida de Apolo (Atos 18:26), homem
eloquente e poderoso nas Escrituras (Atos 18:24), para que usufruísse melhor
dos talentos recebidos do Senhor. Após essa koinonia, tornou-se mais veemente
em suas palavras, oportunizando maiores frutos para o Reino de Deus (Atos
18:26-28).
Verifica-se
quão poderosa é arte da koinonia, pois transforma limitações em ações
prodigiosas. Não restam dúvidas que a Igreja cujos pilares estão nas reuniões
de casa em casa, cumprindo a plena comunhão, tendem a exercer forte papel no
crescimento espiritual dos seus membros. A Igreja de Corinto, por sinal, era
uma comunidade ativa. Sua membresia participava efetivamente dessas reuniões
buscando sempre mais de Deus. Não é à toa sua classificação nas Escrituras de
Igreja dos dons espirituais. Não que nas outras eles inexistissem, mas em razão
de ser Corinto a Igreja escolhida para revelar esse conjunto carismático pela
efetividade com que eram manifestados. Obviamente, a ingenuidade na condução
das manifestações dos dons espirituais entre alguns também ficou evidente de
modo que a instrução apostólica colocou tudo em seu devido lugar (I Coríntios
12:1). Por conseguinte, é muito importante olharmos para Corinto a fim de
vermos a excelência e a preciosidade dos dons, conhecermos quais são e
identificarmos sua funcionalidade para podermos exercer a busca até
alcança-los. Na utilização, deveremos ser zelosos em Deus para que seja somente
Ele a propor aos nossos corações sua inspirada vontade, já que “a manifestação
do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” (I Coríntios 12:7). Nesse
texto, há um retorno ao que acima propomos, por isso diz que é dada a “cada um”
em virtude de todo o cristão ser em potencial alguém capaz de usufruir dos dons
para edificação da Igreja.
Assim,
a unidade faz toda a diferença, mesmo entre os desiguais (os desiguais não é
termo que se refere a discordâncias doutrinárias, mas a personalidades
diferentes). Já vimos que a Igreja Primitiva era una, tanto na comunhão como na
doutrina, mesmo tendo diferenças a nível cultural (algo mais problemático para
o contexto). Esse era seu diferencial. Por isso, a partir do momento que
domarmos nosso coração para vivermos a plena comunhão, sem levantar queixas
inconsequentes, sem tratar o irmão com indiferença, aprendendo a considera-lo
em honra e respeito como Noiva de Cristo, neste momento, alcançaremos a
capacidade para poder exercer toda virtude do alto de forma plena (Efésios
2:15-16). Não obstante as adversidades que se apresentem para tentar barrar-nos,
impedindo temporariamente a prática devotada de comunhão, temos em Cristo a
possibilidade de exercer nossa função com afinco para que a glória seja d’Ele.
Para tanto, é bastante necessária a participação efetiva, em todos os sentidos,
de cada membro da Igreja nas reuniões nas casas, pois é nesse lugar que a
Igreja exerce seu papel em sua totalidade.
Com estima,
Pastor Heládio Santos
Presbitério de
Fortaleza
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
A estrada real da cruz
Sempre haverá muitos que amam o reino
celestial de Cristo, mas poucos que carregarão sua cruz. Muitos estão
ansiosos por ser felizes com ele; poucos desejam sofrer qualquer coisa por
ele.
Muitos amam a Cristo desde
que não encontrem dificuldades; muitos o louvam e abençoam contanto que
recebam algum conforto dele. Mas se Jesus se esconde e os deixa por um
tempo, eles começam a reclamar ou a desanimar. Aqueles, ao contrário, que
o amam por si mesmos e não por qualquer conforto próprio, louvam-no tanto na
provação e na angústia do coração quanto na alegria da consolação. Mesmo
que Jesus nunca os consolasse, continuariam a honrá-lo e agradecê-lo. Que
poder existe em um amor puro por Jesus - amor livre de todo interesse próprio e
amor-próprio!
Os que sempre buscam
consolo não provam que amam a si mesmos em vez de a Cristo? Onde podemos
encontrar alguém que esteja disposto a servir a Deus por nada? Tal pessoa
vale muito mais do que as joias trazidas das terras mais distantes.
Tome sua cruz e siga a Jesus
e você herdará a vida eterna. Não há outro caminho para a vida e para a
verdadeira paz interior do que o caminho e a disciplina da cruz. Vá aonde
quiser, busque o que quiser, você não encontrará um caminho mais elevado, nem
um caminho menos exaltado, mas mais seguro, do que o caminho da
cruz. Organize e ordene tudo para se adequar aos seus desejos e você ainda
terá que suportar algum tipo de sofrimento, voluntária ou involuntariamente.
A cruz, portanto, é
inevitável. Espera por você em todos os lugares. Não importa aonde
você vá, você não pode escapar, pois onde quer que você vá lá estará. Vire
aonde você vai - acima, abaixo, fora ou dentro - você encontrará a cruz.
Se você levar a cruz de
bom grado, ela vai levar você. Levará você para onde o sofrimento
chega ao fim, um lugar diferente daquele aqui. Se você o carregar contra a
vontade, você cria um fardo para si mesmo e aumenta a carga, embora ainda tenha
que suportar isso. Se você tentar acabar com uma cruz, você encontrará
outra e talvez uma mais pesada. Como você espera escapar do que ninguém
mais pode evitar? Qual santo estava isento? Nem mesmo Jesus Cristo
foi poupado. Por que você procura outro caminho além do caminho real da
santa cruz?
Toda a vida de Cristo foi
uma cruz. E quanto mais progresso espiritual você se esforçar, mais
pesadas suas cruzes se tornarão, pois à medida que o seu amor por Deus aumenta,
também aumentará a dor do seu exílio.
Quando você carrega de
bom grado sua cruz, toda pontada de tribulação é transformada em esperança de consolo
de Deus. Além disso, com toda aflição, o espírito é fortalecido pela
graça. Pois é a graça de Cristo, e não a nossa própria virtude, que nos dá
o poder de vencer a carne e o mundo. Você nem mesmo temerá seu inimigo, o
diabo, se você se armar com fé e estiver assinado com a cruz de Cristo.
Decida então, como um bom
e fiel servo de Cristo, suportar bravamente a cruz do seu Senhor. Foi por
amor que ele foi crucificado por você. Beba livremente da taça do Senhor se
quiser ser amigo dele. Deixe sua necessidade de consolo para
Deus. Deixe-o fazer o que quiser. De sua parte, esteja pronto para
suportar os sofrimentos e considere como, nesses sofrimentos, reside seu maior
consolo. Os sofrimentos desta vida não são dignos de serem comparados com
a glória vindoura.
Quando chegar ao ponto em
que, pelo amor de Cristo, o sofrimento se torna doce, considere-se afortunado,
pois você encontrou o paraíso na terra.
Thomas à Kempis
A reverência cristã
Nos templos religiosos, muito se fala sobre
reverência a Deus, mas será que a pregação tem contagiado os corações para a
prática coerente dessa virtude cristã? Será que temos alcançado o real
significado do termo ou temos vivido uma reverência religiosa, fria e
mesquinha? O que precisamos fazer para alcançar tão venerada conduta? Qual
caminho seguir?
Reverência é a atitude
singular de se submeter a Deus, não só de nos curvarmos ante o altar,
compreendendo Ele como a fonte do nosso ser. É postura sensata da criatura
diante do seu Criador, é o reconhecimento de nossa pequenez perante o
Majestoso, é a concepção de nossa finitude em razão de não termos sido nem de sermos, expressando, assim, nossa dependência
devotada a Ele, a emanação de todo dom perfeito para a vida. Contagiados pelo
eflúvio divino, a reverência manifestasse através do espiritual e do material
do nosso ser, sujeitando nossa alma e espírito ao Pai das Luzes, assim como
manifestando através do corpo o honesto senso de consagração a Ele.
Como versa o texto
sagrado, o interior influencia o exterior cuja ação reflete a glória da
comunhão perene e presente. Assim, ambos nos elevam a compreender a dimensão do
Sagrado através da nossa insignificância, porém alcançando a significação existente
no Absoluto. A venturosa e deslumbrante postura percorre o caminho do temor ao
Senhor sem se intimidar ou sem se omitir. Não teremos medo de não sermos
achados n’Ele, porque certamente compreenderemos que Ele reina em nós,
permitindo-nos a plena liberdade em seu Nome. Apesar de nossa reverência ser
real, pode manifestar-se imperfeita em alguns lapsos temporais, permitindo-nos
percorrer os degraus do amadurecimento.
Portanto, submissão trás
o espírito de humildade, sobretudo porque Ele se humilhou para compreender nossa
humanidade, compartilhando, da mesma forma, sua vida divina e criar um olhar
desensoberbecido para contemplarmos a grandeza do Altíssimo com a mais pura
reverência.
A ousadia de Policarpo de Esmirna frente ao martírio
Em todo o mundo, trezentos e vinte e dois de
cristãos morrem por sua fé todos os meses, segundo o grupo Portas
Abertas. Sua coragem espelha o testemunho cheio de fé dos primeiros
mártires cristãos, como Policarpo.
Recusando-se a se curvar
aos deuses de Roma, os cristãos do segundo século na cidade grega de Esmirna
(atual Izmir, Turquia) foram considerados "ateus". Em um surto de
perseguição em 155 dC, funcionários arrastaram cristãos para a arena e
brutalmente os executaram para entretenimento público. Embora muitos
tenham sido espancados até que “a anatomia do corpo fosse visível, até mesmo veias
e artérias”, então dilacerados por animais selvagens ou queimados vivos, eles
enfrentaram essas provações com tal “força de alma que nenhum deles proferiu um
grito” ou gemido.
Decepcionada, a multidão
de espectadores convocou descontroladamente o sangue de um velho venerável
chamado Policarpo, bispo da igreja na Ásia Menor. A idade exata de Policarpo
na época é debatida, mas em relatos dizem que ele era cristão há oitenta e seis
anos quando ouviu a notícia de sua prisão iminente.
Quando jovem, Policarpo
havia sido discípulo do apóstolo João e foi um dos poucos que aprenderam em
primeira mão daqueles que andaram com Jesus. João o nomeou para a
liderança e, em sua velhice, Policarpo era muito estimado. Quando o
cristianismo entrou em sua segunda geração, Policarpo desafiou agressivamente
heresias que ameaçavam poluir a integridade de sua mensagem original. Sua
instrução simples sempre refletiu a clareza de Cristo e dos apóstolos.
Quando os soldados
chegaram a sua casa, Policarpo os recebeu e preparou uma refeição, pedindo
apenas uma hora para orar. Seus captores observaram uma hora se estendendo
para duas, não querendo interromper suas fervorosas intercessões pela igreja
global. Então Policarpo foi colocado num jumento e levado embora.
Em Esmirna, ele foi apresentado
para o capitão das forças locais, um homem chamado Herodes. Convidando
Policarpo em sua carruagem, Herodes ofereceu-lhe uma chance de sobreviver: “Que
mal há em dizer: 'César é Senhor' e oferecer incenso?”. Quando Policarpo
permaneceu imóvel em sua fé, Herodes lançou-o furioso da carruagem.
Sem olhar para trás,
Policarpo se levantou e marchou para a arena. Sobre o estrondo
ensurdecedor dentro, ele ouviu uma voz falar com ele: "Seja forte, Policarpo,
e interprete o homem". Este relato, baseado na fala de testemunhas
oculares, nos fornece mais algumas informações.
Quando ele foi levado
para a frente, o procônsul perguntou se ele era Policarpo. Isso ele
afirmou. O procônsul queria persuadi-lo a negar sua fé, pedindo-lhe:
"Considere sua grande idade" e todas as outras coisas que costumam
dizer em tais casos. Jura pela genialidade de César; mude sua
mente. Diga "Fora com os ateus".
Policarpo, no entanto,
olhou com expressão séria para toda a turba reunida na arena. Ele acenou
com a mão sobre eles, suspirou profundamente, olhou para o céu e disse:
"Fora com os ateus".
Mas o procônsul o
pressionou ainda mais, e disse a ele: “Jure e eu soltarei você! Maldito
seja Cristo!”
Policarpo respondeu:
“Oitenta e seis anos eu servi a ele e ele nunca me fez mal algum. Como eu
poderia blasfemar de meu Rei e Salvador? ”
Quando o procônsul ainda
o pressionava, dizendo: “Jure pelo gênio de César”, ele respondeu: “Se você
deseja o triunfo vazio de me fazer jurar pelo gênio de César de acordo com a
sua intenção, e se fingir que não sei quem sou, ouço minha franca confissão:
sou cristão. Se você estiver disposto a aprender o que é o cristianismo,
estabeleça um tempo em que possa me ouvir”.
O procônsul respondeu:
"Tente persuadir o povo". Policarpo respondeu-lhe: "Considero
digno que eu deva dar uma explicação, pois fomos ensinados a respeitar os
governos e autoridades designados por Deus, contanto que não façamos
prejuízo. Mas quanto a essa multidão, não os considero dignos de minha
defesa”.
Então o procônsul
declarou: “Eu tenho feras selvagens. Eu vou jogar você diante deles, se
você não mudar de ideia”.
"Deixe-os vir",
respondeu ele. “Está fora de questão mudarmos do melhor para o pior, mas o
oposto é digno de honra: mudar do mal para a justiça”.
O procônsul continuou:
"Se você menosprezar os animais e não mudar de ideia, eu o lançarei no
fogo". Policarpo respondeu: "Você me ameaça com um fogo que queima durante
alguns momentos, já que não conhece o fogo do juízo vindouro e do castigo
eterno para os ímpios. Por que você espera? Traga o que você quiser.
Como Policarpo falou
estas e outras palavras semelhantes, ele estava cheio de coragem e
alegria. Seu rosto brilhou com luz interior. Ele não ficou nem um
pouco desconcertado com todas essas ameaças. O procônsul ficou
surpreso. Três vezes ele enviou seu arauto para anunciar no meio da arena:
"Policarpo confessou que é um cristão!"
Assim que foi anunciado
pelo arauto, toda a multidão, pagãos e judeus, toda a população de Esmirna,
gritou com raiva descontrolada no topo de suas vozes: “Ele é o mestre da
Ásia! O pai dos cristãos! O destruidor dos nossos deuses! Ele
persuadiu muitos a não sacrificar e não a adorar”. Surgiu um grito unânime de
que Policarpo deveria ser queimado vivo.
Agora tudo aconteceu
muito mais rápido do que se pode dizer. A turba apressou-se a recolher
toras e mato das oficinas e dos banhos públicos. Quando a pilha de lenha
ficou pronta, Policarpo tirou a roupa, tirou o cinto e tentou desfazer os sapatos...
O combustível para a pira
foi muito rapidamente empilhado em torno dele. Quando eles queriam
prendê-lo com as unhas, ele recusou. "Deixe-me, pois aquele que
me dá forças para suportar o fogo também me dará a força para permanecer firme
na estaca, sem a segurança de suas unhas”.
Enquanto o fogo ardia em
torno dele, ele orou pela última vez: “Que eu seja aceito entre as suas
fileiras hoje à tua vista como um rico sacrifício te dando alegria, como um
sacrifício que tu preparaste e revelaste de antemão e agora cumpriste! Tu
és o verdadeiro Deus em quem não há falsidade! Por tudo, portanto, eu te
louvo. Eu te louvo; Eu te glorifico, através do eterno e celestial
sumo sacerdote, Jesus Cristo, teu amado servo. Através dele, a honra é
devida a ti e a ele e ao Espírito Santo, agora e em todas as eras vindouras".
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Nova Teologia do Domínio
É patente que a religião nos Estados Unidos desempenha
um importante papel nos desdobramentos políticos. Até mesmo crentes em Cristo
que crêem na Bíblia mergulharam nessa onda da Nova Teologia do Domínio. O que
vem a ser essa Nova Teologia do Domínio? Em poucas palavras, é uma vertente
teológica defensora da crença de que recebemos um mandato para mudar o mundo,
principalmente nosso país. Os adeptos da Nova Teologia do Domínio propõem que a
paz, a justiça e a equidade serão estabelecidas na sociedade quando um governo
cristão for instituído. Muitos cristãos bem-intencionados acreditam que se o
governo estiver repleto de crentes em Cristo, isso propiciaria a aprovação de
leis favoráveis ao cristianismo. Eles, obviamente, desconsideram o fato de que
qualquer lei motivada por religião, seja de que espécie for, será aproveitada
por outros. Esquecem que a Igreja não pode ser legislada por influências
políticas. Essa já tem sido a experiência da Igreja Católica Romana, que
empregou o poder político ao extremo durante a maior parte de sua história. Se
o Cristianismo assume o controle da autoridade governamental, deixa de ser
cristianismo e passa a ser anticristianismo.
Extraído do livro “666: Preparação para a marca da
Besta” de Arno Froese, Atual Edições.
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Disciplina e excomunhão
A disciplina administrada pela Igreja através
da excomunhão é regra primaz da conduta congregacional, como se verifica no
texto de Mateus 18:15-20. Sua prática decorre da necessidade de tentar reparar ou
atenuar algum ato público danoso de um membro da Igreja cujos efeitos geraram
algum prejuízo à imagem cristã, bem como despertar espiritualmente o agente
responsável pelo feito. Essa situação, no entanto, não é nada satisfatória nem
animadora para a Igreja, porque ao invés de ficar sofrendo pela “perda” de um
membro pretendia consolidar os laços fraternais entre os da comunidade, criando
oportunidades para demonstrações dos santos afetos dos quais ensinou o apóstolo
(Filipenses 2:1). Disciplinar e excomungar um membro afeta o corpo em tristeza,
alterando muitas vezes os rumos pelos quais caminhava; porém, não podemos excluí-la
da nossa conduta em situações que o exigirem, visto ter sido ensinada por Cristo
para atender essa demanda. Deveremos, no entanto, ter a maturidade para encarar
os fatos, agindo em perfeita sintonia com a espiritualidade cristã, mesmo que
soframos pelo “corte na carne”. O ideal, entretanto, é que os crentes se
apeguem as Escrituras, vivam o prazer da fé e ousem confiar na graça que lhes
foi conferida para não deslizarem na condução de suas vidas para não estarem
sujeitos ao amargor da disciplina.
Uma reflexão nos faz enxergar
o possível sentimento de grande tristeza na comunidade quando um(a) cristão(ã) pecar,
expressando, assim, os profundos vínculos existentes e a paixão pela vida
santificada. Quando isso acontecer deveremos agir solidariamente, exercendo a
Igreja seu papel de amparo e cuidado para
que a vida em questão possa ser restaurada, principalmente, quando há nela
um sentimento de reparar o dano e um assentimento à exortação da Igreja e de
seu presbitério. Muito embora se demonstre que o pecado tenha sido
por falta de vigilância e debilidade espiritual, a disciplina deverá ser
aplicada para a restauração da vida, algo paradoxal, mas ensinada pelas
Escrituras (I Coríntios 5:5).
Numa outra linha de
pensamento, quando um cristão pecar explicitamente com aspirações rebeldes contra
a comunidade, não aceitando as admoestações quanto ao seu pecado, outro
comportamento deverá ser apresentado necessariamente porque o pretenso pecado
poderá resultar (ou resultou) em dano e em detrimento aos preceitos bíblicos de
forma ainda mais prejudicial. Um fato notificado nas Escrituras sobre esta
situação é o caso
de impiedade de Himineu e Fileto que
se desviram da verdade (II Timóteo 2:16-18). Entenda-se “impiedade” como sendo “falta
de piedade”, ou seja, rejeição explícita à prática da vida cristã e aos seus ensinamentos.
Comportamentos que insistem contra o preceito bíblico ficam assim sujeitos à
excomunhão enquanto durarem, não podendo nem a Igreja nem seus ministros
imporem outra consequência porque expressam obstinação e egoísmo. Ora, o obstinado
é alguém inflexível. Age em busca de sua própria satisfação, sendo seu anseio imoderado
e irresponsável, capaz de causar estrago à própria vida, às vidas dos seus, à
vida de sua comunidade e à vida dos descrentes (esse último, pelo mal
testemunho). Aos que assim conduzem suas vidas, saibam que são classificados
pelas epístolas apostólicas como apóstatas, segundo as quais acarretaram para
si uma identificação tão contrária aos preceitos cristãos que não podem participar da comunidade dos salvos porque demonstraram pelas suas obras que não eram salvos nem inspiraram a autêntica
fé.
Na Confissão de Schleithem,
os anabatistas do século XVI, através da pena Michael Sattler, registraram suas
convicções sobre o tema:
“Estamos
em acordo sobre a excomunhão como segue: A excomunhão será empregada em todos
aqueles que deram a si mesmo ao Senhor para andar em seus mandamentos, e em
todos aqueles que foram batizados no corpo de Cristo e que são chamados de
irmão ou irmã, e que, no entanto, deslizam ocasionalmente e caem em erro e em
pecado, sendo negligentemente alcançados. Os mesmos serão admoestados duas
vezes em particular e a terceira vez abertamente e, então, disciplinados ou
excomungados de acordo com o mandamento de Cristo (Mt 18). No entanto isso será
feito de acordo com a direção do Espírito (Mt 5) antes do partir do pão, para
que possamos partir e comer de um só pão, em unidade de pensamento e em um só
amor, e possamos beber de um só cálice”.
Não só os anabatistas do
século XVI representam em favor da disciplina bíblica. Os Montanistas, os Novacianos
e os Donatistas se opunham à alguma prática desabonadora do testemunho cristão.
Os “lapsos”, como eram chamados os atos daqueles que abandonaram à fé em
decorrência do medo do martírio, impossibilitavam a nova entrada do infiel na
comunidade cristã primitiva desses grupos, exigindo que os mesmos se afastassem
dos seus pecados, vivendo uma vida abnegada e submetendo-se a um novo batismo.
Para os Donatistas, a Igreja era composta pelos puros e justos, justificando o
pensamento de uma Igreja sem mácula cuja práxis estava ensinada nos preceitos
bíblicos.
Assim como os anabatistas
do século XVI, pretendemos conservar a boa conduta da Igreja, levando-a a
compreender que na disciplina de alguém ninguém deverá se vangloriar, antes se
contristar e lamentar pela queda do irmão(ã) de cujo arrependimento se espera o
abandono do seu pecado. Para tanto, com inspiração do alto deveremos tratar
cada caso, por isso oramos para que o Senhor nos ajude.