terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Tristezas de cristão


A tristeza do cristão tem sido interpretada como virtude ao longo de qualquer boa meditação, principalmente, das epístolas paulinas. De fato, ao refletirmos sobre a razão deste sentimento alcançaremos o entendimento de que seu propósito revela em grande medida um alto grau de piedade. Podemos, assim, elencar a tristeza segundo Deus que gera arrependimento (II Co 7:13), a tristeza pela dureza de coração de outros para que eles se arrependam (Rm 9:2) e a tristeza em sofrimento pelo bem dos outros (Fl 2:28). De forma que todas convergem para um fim espiritual no qual se encontra salvação, compaixão e altruísmo.
A tristeza de Paulo, referenciada, pelos judeus e pela Igreja é algo bastante recorrente em suas comunicações públicas que chegaram até nós por providência de Deus. Revelam a inquietação e a paciência para que a Igreja assumisse um padrão de maior maturidade mesmo tendo ele que sofrer e pagar o preço desta conquista.
            Voluntariamente o apóstolo demonstrou como estava intencionado em ver a Igreja aperfeiçoada na doutrina e no bom senso. Não só pelas admoestações rigorosas, antes, revestido do nobre sentimento de respeito e honra pelos irmãos, tentava persuadi-los à compreensão do sentido primeiro de saber como ser Igreja: a unidade perfeita do corpo de Cristo. Assim fez ao ilustrar a Igreja de Roma como corpo místico de Cristo (Rm 12) para expor quão integrada a Igreja deve ser através de seus membros. Que Cristo reine em nossos corações para vislumbrarmos tão glorioso feito!

Pr. Heládio Santos

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