quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O Messias e a Salvação


Percebeu-se ao longo dos anos que o gênero humano corrompeu-se no pecado sobremaneira, levando em consideração os fatos desde a queda. Tão nefasta situação foi classificada como perdição em virtude de o homem ter se desviado e recusado todas as iniciativas divinas para reconduzi-lo ao caminho de esperança acerca do Messias (Redentor prometido por Deus para redimir todos os que n’Ele confiassem). Apesar da ascensão do pecado e da diminuição da devoção a Deus, muitas ações de redirecionamento foram promovidas pelo Senhor através de homens e mulheres, culminando com o aparecimento de Jesus, na Judeia, mais precisamente em Belém, cidade da profecia do Messias (Miquéias 5:2). Sobre o Messias que também é chamado de Ungido repousava o favor de Deus para a reconciliação da humanidade. Havia, a partir da queda, uma profecia que o apresentava como aquele que eliminaria os efeitos da morte espiritual provocada pela tentação da serpente (figura representativa do inimigo das nossas almas): “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
Isaías, chamado de profeta messiânico, foi quem o apresentou de uma forma bem detalhada, conforme a inspiração divina: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Em Isaías 53, o profeta dá uma descrição acerca de sua fisionomia, da receptividade entre os homens, dos efeitos de sua morte (cura de enfermidades e perdão de todos os pecados), de seu drama e de seu sofrimento vicário. Em Isaías 61, foi-nos apresentado o modo pelo qual foi capacitado para realização de sua obra redentora, demonstrando também sua notável ação de graça para com os homens. Não foi sem sentido que ao iniciar seu ministério messiânico pronunciou exatamente esse último texto, finalizando-o ao dizer: “... Hoje se cumpriu essa escritura aos vossos ouvidos” (Lucas 4:21), já que tinha plena certeza de sua missão.
De acordo com as Escrituras, Jesus cumpriu sua missão perfeitamente, entretanto não tem efeitos diretos em todos os homens, não por sua própria vontade, mas pela liberdade de escolha que tem o homem. Há uma instrução bíblica cuja informação nos faz entender que os benefícios de sua morte e ressurreição somente podem agraciar aos que o reconheceram como Messias e Salvador. O apóstolo João em seu Evangelho nos fala sobre isso: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1:10-12). Portanto, para o homem receber salvação há uma obrigatoriedade de ele fazer profissão de fé que a decisão de se reconhecer pecador, enquanto o Cristo, pela fé, é considerado seu Salvador.
Desta forma, dentre os méritos da obra de Cristo expostos nos escritos paulinos, somos informados que Jesus veio trazendo reconciliação da parte de Deus: “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (II Coríntios 5:18).

Pr. Heládio Santos

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