quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Assis dos Anjos, servo de Cristo

Foi no início da década de noventa, na casa alugada para reuniões na rua Pinho Pessoa, que recordamos do primeiro contato com o irmão Assis dos Anjos. O pastor Glauco já o conhecia das pregações nas praças de Fortaleza e como ambos compartilhavam o ideal de pregar e anunciar a mensagem da cruz desenvolveu-se um carinho especial um pelo outro, empenhando-se, desde então, numa ajuda mútua. A visita naquela noite de sexta-feira, no culto de doutrina, foi mais do que um reencontro. Assis dos Anjos veio para cumprir uma promessa, a de ser membro da Igreja iniciada pelo jovem pastor. Mas a surpresa foi ainda maior porque junto com o irmão Assis vieram sua esposa, seu irmão (Gustavo), seu filho e muitos outros parentes (nosso pequeno local de culto ficou lotado pela primeira vez). Em seguida, surgiria nosso primeiro ponto de pregação (Conjunto BR-116), localizado nas proximidades da Aerolândia, sob a liderança deste bravo soldado de Cristo. Anos depois foi para Pacajus onde se estabeleceu já em avançada idade, mas com vigor invejável para fazer a obra. Nesta cidade, temos duas congregações que direta e indiretamente contaram com sua participação, uma das quais sob a responsabilidade de seu irmão Gustavo.

            O irmão Assis dos Anjos sempre foi um homem humilde e sincero, amante da Palavra de Deus. Soube conduzir sua vida sem regalias, apreciando em Cristo a experiência profunda da dependência. Nunca reclamou das circunstâncias, nunca murmurou; mesmo sem condições financeiras favoráveis sempre presenteava a obra de Deus com algum recurso para vê-la em franca continuidade: levantou templos, montou bancos, adquiriu recursos e equipamentos. Podem os homens não saberem nem lembrarem seus feitos neste mundo; o justo galardoador, entretanto, tem em depósito a vasta contribuição dada pelo seu singelo servo. Suas pregações que tivemos o prazer de ouvir diversas ecoaram para além dos momentos em que elas eram pregadas. Ainda hoje lembramos as máximas utilizadas em suas pregações. Quando falava sobre mariolatria, ao relatar um evangelismo a um católico, ele dizia: “ela nem é minha nem é sua” referindo-se ao fato de Maria não poder ser mãe dos homens, vindo em seguida sua memorável gargalhada, satisfazendo-se em gozo e alegria no espírito por pronunciar uma verdade da Escritura. A mesma gargalhada era ouvida nas muitas pregações de qualquer irmão que usava da fala para transmitir a mensagem do Evangelho. Assim, o nome de Jesus sempre foi precioso para o irmão Assis, tanto no falar como no ouvir, alegrava-se em espírito.

Hoje(24/06/2020), as dores e os infortúnios do corpo mortal foram superados pelo contágio da refulgente glória; seu espírito e alma estão diante do trono do Altíssimo. Nosso querido irmão acendeu ao lar eterno, foi colhido pela mão do Todo-Poderoso por já está madura... foi promovido após realizar sua missão nesta vida.

Que Senhor console os familiares e a Igreja

 

Presbitério de Fortaleza


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