O filme “First They Killed My Father”[1],
baseado em um livro de memórias, relata as experiências de uma criança-soldado
no governo do Khmer Vermelho no Camboja. A produção cinematográfica foi
dirigida pela atriz Angelina Jolie.
A história de Loung Ung,
uma menina de 5 anos, se passa em meio a “revolução” do Khmer Vermelho quando este assume o poder no
Camboja em 1975. Logo, inicia-se um governo de terror e genocídio de quatro
anos, no qual quase 2 milhões de cambojanos morrem, cerca de um quarto da
população. Expulsa da casa de sua família em Phnom Penh, Ung é treinada como
criança-soldado, enquanto seus irmãos são enviados para campos de trabalho
forçado.
Na verdade, um filme muito dramático
cuja história revela a loucura de uma revolução chamada KHMER VERMELHO dos membros
do partido comunista do Kampuchea[2]
- CPK usurpando o poder no Camboja. O regime do Khmer Vermelho assassinou
centenas de milhares de seus supostos oponentes políticos, e sua ênfase racista na
pureza nacional resultou no genocídio das minorias cambojanas. Seus revolucionários
executaram e torturaram sumariamente elementos considerados subversivos,
ou os mataram durante expurgos genocidas de suas próprias fileiras entre
1975 e 1978.
Na década de 1970, o Khmer Vermelho
foi amplamente apoiado e financiado pelo Partido Comunista Chinês, recebendo
aprovação de Mao Zedong; estima-se que pelo menos 90% da ajuda externa
fornecida ao Khmer Vermelho veio da China. O regime foi removido do poder
em 1979, quando o Vietnã invadiu o Camboja e rapidamente destruiu a
maioria de suas forças. O Khmer Vermelho, então, fugiu para a Tailândia. O
Khmer Vermelho continuou a lutar contra os vietnamitas e o governo da nova
República Popular do Kampuchea até o fim da guerra em 1989. Os governos
cambojanos no exílio (incluindo o Khmer Vermelho) mantiveram a cadeira do
Camboja nas Nações Unidades (com considerável apoio internacional) até
1993, quando a monarquia foi restaurada e o nome do estado cambojano foi
alterado para Reino do Camboja. Um ano depois, milhares de guerrilheiros do
Khmer Vermelho se renderam em uma anistia do governo.
O filme é recomendado, sobretudo,
para quem critica ditaduras. Quem gostou de “Ainda estou aqui”, ganhador do
Oscar, não pestanejará ao constatar que “First they killed my Father” é muito
melhor e deveria ter ganhado muitos prêmios. Serve-nos para refletir sobre a ideologia comunista cujas manifestações políticas e
revolucionárias ao longo da História sempre demonstraram ser tiranas e
opressivas. No filme, fica evidente seu lema da crueldade no qual é
"melhor condenar um inocente do que livrar um inimigo", sendo tal insulto uma inversão do princípio jurídico e moral que prioriza a proteção do inocente,
mesmo que isso signifique deixar um culpado impune, pois segundo a máxima
original, frequentemente atribuída a Voltaire, e parafraseando a Constituição
Federal e o Código Penal brasileiros: "é melhor correr o risco de salvar
um homem culpado do que condenar um inocente". Por isso, impor
um regime por força e violência em qualquer lugar, seja através da luta armada
seja pelo incremento das instituições em favor do nefasto regime, sempre
será uma forma de opressão ditatorial sem qualquer humanidade ou respeito à
Democracia.
[1]
Primeiro eles mataram meu pai
[2]
foi o nome oficial do estado cambojano de 1976 a 1979, sob o governo de
Pol Pot e do Partido Comunista do Kampuchea (CPK), comumente conhecido
como Khmer Vermelho. A captura da capital Phnom Penh pelo Khmer Vermelho
em 1975 efetivamente pôs fim à República Khmer de Lon Nol (governador
nacionalista de Direita), apoiada pelos Estados Unidos.
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