Ultimamente
a mídia tem noticiado intensamente em “defesa” da classe minoritária dos
homossexuais em detrimento ao deputado federal Marcos Feliciano e aos
evangélicos (pelo menos é isso que transparece). A razão é porque Feliciano
alcançou o posto de presidente da comissão de direitos humanos da Câmara
Federal e a mídia fez pensar que seu discurso nas pregações e entrevistas demonstravam
homofobia e racismo, contrariando a política daquela comissão. Mas talvez isso
seja pelo fato dele ser evangélico e ter convicções tradicionais acerca da
família. Essa articulação ideológica, a meu ver, é uma tentativa de desabonar algo
ou alguns para beneficiar a reinvindicação, dentre muitas outras existentes, da
minoria homossexual de querer uma união legal de pessoas do mesmo sexo equiparada
à família tradicional. Afinal de contas, diante de tanta turbulência, o que
está por trás de tudo isso? Uma luta para estabelecer um regime liberal e sem a
moral tradicional, fomentado por um socialismo sem limites, mas que já nasce
estigmatizado por estar erguendo muros já derribados de opressão e tirania
contra a religiosidade cristã da maioria dos brasileiros?
Para a mídia, Marco Feliciano é a
personificação do movimento evangélico. Desta forma, tem explorado que o
discurso evangélico é machista e homofóbico. Entendemos que homofobia é um
termo de notória agressividade. Segundo o dicionário virtual Michaelis (http://michaelis.uol.com.br/), significa “Aversão ou rejeição a homossexual e ao homossexualismo”. Conscientes
do seu significado, entendemos que a etimologia das palavras “aversão” e
“rejeição” devem ser classificadas como ativismo agressivo, de insultos e de
desprezo que atentam contra a vida de homossexuais. Todo homossexual de bom senso
testemunhará que não sofreu agressão física ou verbal de alguém cujo preceito
fundamental de vida é o Cristianismo. Muitos evangélicos, por sinal, trabalham
para ajudar homossexuais a aceitarem aquilo que a natureza os confiou ou
simplesmente respeitam sua opção. Acredito, ainda, que enquanto pessoas foram e
são respeitadas por esses cristão-evangélicos tradicionais, porquanto,
entendemos, que todo cristão, doutrinariamente fiel às Escrituras, respeita a
liberdade do outro de viver dentro de determinados padrões particulares.
Respeitamos a liberdade, mas externamos nossas convicções. Isto é o que se
chama tolerância: saber viver entre as desigualdades com respeito às escolhas
de cada um.
Por outro lado,
homossexuais e outros simpatizantes do movimento têm levantado uma bandeira de
intolerância religiosa na qual se acham vítimas de tratos discriminatórios dos
evangélicos, sem nem ao menos levar em conta que tratam os evangélicos com
desigualdade e intolerância. Se há alguém intolerante nesta história é, na
verdade, o que brada com vigor descomedido, ódio explícito nos discursos e
reações com palavras de baixo escalão, interferindo no direito do outro de se
manifestar, ou seja, os ativistas da diversidade sexual. Apesar disso, a militância evangélica tem sido pacífica.
Assim, nas
entrelinhas dos discursos, existe uma questão impositiva que é classificar
cristãos de homofóbicos. Têm-se obrigado a esses aceitarem um comportamento que
é antagônico à ética de suas convicções, se não, reafirmamos, os evangélicos serão
discriminados e classificados como homofóbicos. Isto é também uma forma de
discriminação e preconceito. Essa ação é um equívoco racional, moral e legal. O
cristão tem liberdade, assim como o homossexual tem sua liberdade, de se
manifestar contra algo que é contrário àquilo em que acredita. É preciso fazer
uma ponderação razoável. Salientamos ainda que no movimento homossexual há uma exigência
para legitimar sua particularidade “familiar”, enquanto há uma negação
explícita do conceito de família no sentido autêntico e natural. Essa
interferência no que é próprio do outro (família tradicional) é o que desabona
a reinvindicação homossexual. Todavia, não há qualquer preocupação em se
discutir o assunto da negação da família tradicional e reafirmar o seu conceito
verdadeiro entre a maioria dos agentes políticos. Muito embora possam rotular
família dentro de um padrão homo, nunca conseguirão alcançar os benefícios que
Deus e a natureza a outorgaram.
Qualquer
cidadão, e não me refiro apenas a cidadãos de um só grupo, tem liberdade de se expressar acerca de qualquer assunto que esteja no campo da argumentação e das teorias.
Afinal, parece que é como vivemos: circunscritos em teorias de vida para cada
momento histórico e específico de uma sociedade que neste momento encontra-se alienada
pelo hedonismo e distanciada daquilo que é transcendente. Se há alguém que se apega
ao transcendente nestes movimentos de inversão de valores é pelo simples fato
do querer “estar de bem com vida” e não de querer cumprir cabalmente um
preceito sagrada e divino. É sensação e não convicção. Reafirmo se alguns não
respeitam as várias liberdades, não podem reivindicar direitos e chamar este
país de um Estado Democrático de Direito que preza pela liberdade e segurança
dos seus. Lembremos o que versa a Carta Magna, é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato e é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias
(CF/88, Art 5º, IV, e VI). A norma diz tudo!
Contrariamente a Magna Carta, um anteprojeto do estatuto da
diversidade sexual, pensado pela Comissão Especial da
Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que não é lei e tenta ultrapassar os limites
constitucionais, criminalizando a pregação de que o homossexualismo é prática
pecaminosa, traz no seu Artigo 100 penas de 2 a 5 anos para quem pregar contra
a sodomia. Quer dizer, um homem honesto e pacífico cuja família é referencial
de conduta moral, comportamento social e não traz prejuízos às instituições do
Estado, por pregar e ensinar o que acredita pela sua Bíblia, poderá ser
criminalizado e condenado a passar anos na prisão porque pregou contra práticas
que atentam contra sua moral. Ouvi pessoas dizendo que tal posicionamento dos
evangélicos é conservador e ultrapassado, mas fazer o que o exemplo acima
demonstrou é voltar ao tempo do Império Romano, nos dias em que cristãos eram
delatados simplesmente por sua fé e, assim, entregues a verdugos e a feras para
a morte.
Na verdade, são muitas as pressões que vejo todos os dias nos
jornais e nos vários portais de notícias pela internet contra, como dizem, o
conservadorismo dos evangélicos e suas ações reacionárias. Enquanto todos estão
atentos ao que mídia afirma como verdade, persuadindo a grande massa, em grande
parte desprovida de crítica, é difundida uma reivindicação capaz de prejudicar
inúmeras famílias, inclusive, aquela nova configuração que estão querendo
legalizar. Estou intencionado em dizer que num país democrático todas as partes
tem que ser ouvidas e respeitadas. Acredito que os homossexuais são respeitados
pelas leis já existentes, não precisariam de mais nenhuma, mas como qualquer
outro brasileiro sofrem pela morosidade do processo penal de crimes contra eles
deflagrados e pelas injustiças. O que lamento. Porquanto, se algum homossexual
sofre agressões e morte por causa de suas práticas que os verdadeiros
agressores sofram à pena prescrita nas leis penais.