Nesta semana, foi
publicada matéria sobre um evento nada convidativo para evangélicos: uma feira
erótica. Não precisamos comentar que este tipo de programação fere a moral dos
que professam a fé em Cristo, visto que deturpa o sentido coerente da
sexualidade. Entretanto, na chamada, mais especificamente no texto, há uma
indicação de que há produtos eróticos para evangélicos, induzindo o leitor a
acreditar que esse público tem rompido com os paradigmas religiosos e
incorporado uma conduta hedonista.
Não queremos dizer que
alguns muitos evangélicos perderam o sentido da genuína e da tradicional fé,
incorrendo em práticas semelhantes aos não tementes. Esse fenômeno pode ser
elucidado pelo simples fato de que os que tais coisas praticam pertencem a um
movimento novo cujo sentido tenta incorporar ao seu contexto condutas
pecaminosas, através de uma reinvenção da maneira de ser do evangélico, ou
seja, uma remodelagem mista com elementos aparentemente positivos da fé cristã
e outra com grande aparato de contrariedades ao ensino primaz das Escrituras.
Além disso, o que está
em causa é a conduta apelativa de uma mídia hodierna e sensacionalista vencida
pela paixão desenfreada e pela ânsia de querer estabelecer uma sociedade sem
limites sexuais (pelo menos é o que parece). Há sites de notícias e portais que
todos os dias têm divulgado uma quantidade enorme de matérias com essa
finalidade, fazendo apologia a diversos comportamentos sexuais que são contra a
natureza, insuflando “a coisa” como uma proposta aceitável para esse tempo,
promovendo a massificação da promiscuidade. Não sabemos quem está por trás e
quais suas intenções, mas certamente tende a ser quem quer subjugar o pudor e o
equilíbrio para as relações sexuais lícitas.
O povo evangélico
tradicional e guardião das condutas bíblicas é estigmatizado por esses
jornalistas medíocres por acreditarem que a vida sexual entre um casal decente
tem muitas limitações, muito embora insinuem que esses queiram sair da relação
tradicional, não rompendo com as mesmas por acharem que isso seria pecado. Piadas
com ar zombeteiro tratam da relação cristã decente de forma desrespeitosa e por
conta dos fiéis não admitirem a mesma prática mundana em sua intimidade, os “mestres
impenitentes da arte poluta” caracterizam a devoção cristã como antiquada, engessada,
piegas e alienante, demonstrando mais uma contradição midiática que, segundo
ela, não se deve promover, antes se deve eliminar comportamentos como bullying e preconceito. Na verdade, um
casal evangélico decente e consciente sabe se utilizar das práticas puras do
sexo, afinal é uma dádiva proveniente do Senhor, sendo o prazer adquirido na
relação uma satisfação proposta por Deus. A relação sexual bíblica tem um
padrão e um sentido próprio, refletindo a pureza para a concretização perfeita
do ato. O sexo não deveria ser vulgarizado em decorrência da consequência física,
dentre outras, que isso acarretaria para os praticantes das indecências, mas...
Na relação sexual cristã se encontra todo o prazer coerente, pois há uma troca
de amor, carinho e pensamento de satisfação do próximo, ao contrário do que
acontece no sexo mundano no qual é explícita a exaltação do ego,
principalmente, porque pretendem buscar o prazer para si e não para o outro.
Nesta relação mundanizante (estimulada pelas novelas, filmes e, agora até, em
desenhos animados), o outro é apenas um objeto da satisfação particular que
independentemente dos seus anseios cumpre um papel de “objeto de consumo”.
Extrapolar os
limites decentes da relação sexual demonstra um desequilíbrio psicológico e de falta
de domínio próprio do ser humano que anseia um prazer demasiado. Essa atitude faz
com que esses busquem as mais bizarras e desumanas práticas, nas quais se
verifica um minoramento/negação do respeito e da honra pelo outro. Casos de
pedofilia, necrofilia, sodomia, estupros, entre outros semelhantes, cooperam
para o que estamos descrevendo e a perpetuação desse modus de pensar enfraquecerá as relações mais amplas, corromperá a
sociedade e será o prenúncio de sua decadência moral (ideia muito próxima ao
que atestou Agostinho de Hipona). Contrariando nefasta depravação, Viva o sexo
puro, instituído por Deus e desvencilhado dos rumos pretendidos pelos decadentes!
Heládio Santos
Sociólogo e especialista em Comunicação Social