Ontem(13/02/12), ao assistir ao
telejornal da rede Record e vê as notícias sobre a greve dos bombeiros e
policiais do Rio de Janeiro fiquei surpreso com a cobertura que essa emissora
deu a um evento que passou quase despercebido. Uma equipe da rede Globo que faria a
cobertura de uma manifestação, promovida por cerca de 400 policias militares e
bombeiros grevistas que reivindicavam melhores condições de trabalho e a
liberação de seus líderes presos, foi expulsa do local por serem acusados de
distorcerem as informações. Os repórteres e cinegrafistas da Globo saíram do
local onde ocorria a passeata sob vaias e gritos de “Fora Globo”. Eles foram
acusados de fazer cobertura tendenciosa sobre a greve, favorecendo o governo.
Os grevistas cercaram a equipe desde o foco da manifestação até o carro. Acompanhada
pela turba enfurecida e debaixo de xingamentos e tentativas de agressões, o
grupo jornalístico se retirou do local debaixo de inúmeros protestos.
Hoje(14/02/12), ao
assistir o telejornal da manhã da rede Globo, ouvi na abertura do jornal a
notícia que dizia “casal homossexual é agredido em aeroporto do Rio de
Janeiro”. Imaginei logo mais uma repulsa agressiva ao fato de pessoas serem
homossexuais. Melhor dizendo, “mais lenha para a fogueira” da discussão sobre o
problema da homofobia que é a rejeição por completo da opção sexual de
determinados indivíduos. Biblicamente falando, a homossexualidade é pecado.
Portanto, desaprovada por Deus. No entanto, agredir uma pessoa pelo fato de ser
um homossexual é algo que revolta qualquer pessoa que tem o senso de dignidade
da pessoa humana (não confundir com dignidade de ser homossexual, pois não
existe) e de justiça. O fato de ser contra a prática homossexual não me dá o
direito de favorecer a prática agressiva contra tais sujeitos. Os agressores
devem ser julgados pelos atos cometidos.
Porém, ao assistir a
reportagem completa verifiquei que o problema não foi de homofobia, como o
título da notícia no início do jornal quis dramatizar. Inclusive, a própria
pessoa agredida disse que a agressão não fora causada pela discriminação
sexual, mas simplesmente porque o “casal” e um sobrinho de uma das vítimas não
quiseram embarcar em um táxi clandestino. A negação, desde o saguão do
aeroporto até a saída, gerou uma revolta no taxista que impulsivamente agrediu
aqueles rapazes. Mais uma vez a Globo com uma notícia tendenciosa. A Globo
parece estar fazendo uma apologia ao homossexualismo e apelando para todas as
situações que aparecem os agentes da discussão do momento. Que coisa! Será que
os cursos de graduação em comunicação social não têm uma cadeira de ética da
profissão?
Desde algum tempo após
minha conversão, tive muitas ressalvas à Globo. Como cristão vejo que a
programação exibida nessa rede televisiva fere princípios cristãos,
principalmente, nesses últimos dias que a referida emissora defende, de forma
explícita, a prática homossexual em toda sua plenitude. Em duas notícias vimos
que a Globo mostra-se tendenciosa, ou seja, não tem um parecer próprio sobre os
acontecimentos. Parece beneficiar-se com as veiculações da programação para
agradar aquele que tem maior poder. Infelizmente, muitos cristãos, iludidos,
estão vivendo um período de grande estima a ela pelo fato da emissora ter
realizado um “Festival de música gospel”. Algo que a meu ver, denegriu ainda
mais a imagem desviada do evangelicalismo nacional.
Sobre o referido festival, a Folha
de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1022104-globo-exibe-festival-gospel-apostando-em-publico-evangelico.shtml) noticiou:
Hoje
é um novo dia de um novo tempo que começou para a Globo e os evangélicos...
A emissora, tradicionalmente ligada à
Igreja Católica, dedica 75 minutos de programação ao segmento. Vão ao ar às 13h
trechos do festival Promessas, produzido pela Globo com os principais nomes da
música gospel.
Qual será a finalidade desse evento? Seria
a proclamação da Palavra de Deus ou a criação de uma mídia gospel mundanizada?
Continua a Folha:
O festival teve tratamento VIP na Globo e consumiu R$ 2,9 milhões
da Prefeitura do Rio...A Globo confirma o encontro e diz que "coincidiu
com intenção antiga de se aproximar mais do segmento gospel". Circulam
nesse mercado R$ 2 bilhões anuais.
E como isso
chegou ao estado atual? Responde a Folha:
A estratégia de aproximação começou há dois anos, após o
"Jornal Nacional" fazer uma série de reportagens sobre trabalho
social de igrejas. Desde então, a rede tem dado destaque em seu noticiário a
eventos da comunidade evangélica. A presença de músicos gospel nos programas de
Xuxa e Faustão cresceu, e há planos para um programa aos sábados.
No momento em que vivemos,
o capitalismo está saturado. Os mercados locais e globais já não têm a
facilidade de escoamento de sua produção em vistas da concorrência globalizada.
Toda nova maneira de ganhar dinheiro, digo, muito dinheiro, é a oportunidade
que muitos estavam esperando. Por isso, o meio evangélico está sendo “atacado”
pelas táticas mercadológicas do mercado mundano. Nunca tivemos a oportunidade
de ouvir música gospel em FMs seculares. Hoje, esta barreira foi rompida. Por
qual razão? Do retorno capitalista. O mercado gospel movimenta cerca de 2 bilhões
anuais e em breve movimentará muito mais. Por essa razão, muitos cantores
gospel não fazem música para adorar a Deus, mas para terem altos contratos com
a SOM LIVRE e outras gravadoras importantes. O que importa é vender para
ganhar. A Globo, com suas táticas, está promovendo um novo movimento evangélico
sim, um movimento híbrido. Doutrinas mudaram e irão mudar, o comportamento
cristão é outro e as pessoas descrentes já não veem o brilho da legítima
espiritualidade em muitas igrejas. Concluo que as tendências Globais visam o
lucro e a atenção de telespectadores evangélicos (tem crente até que gosta e
vota no big brother brasil-Permitam-me
colocar em minúsculo o título do programa dado seu depreciativo entretenimento e
por ter uma moral negativa e profana). Essas são suas intenções. Como a maioria
dos crentes está crendo na doutrina da prosperidade, eis aqui um prato cheio
para ambos. Enquanto isso, as virgens prudentes estão sendo esquecidas e não
mais ouvidas pela grande multidão evangélica. Porém, incessantemente aguardam a
volta do Cristo e purificam-se dessas mazelas. Devemos estar atentos a qualquer
intervenção na vida da Igreja. Oremos para que o Senhor possa guardar os seus e
elevar-nos a sua presença.
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