Para
Deus não há pecado maior ou menor. Todos são ofensivos e passivos de condenação,
inclusive, a simples desobediência em comer um fruto previamente proibido (Gênesis
2:16-17). Porém, é notório que há uma fonte, uma raiz ou uma origem para todos
os tipos de pecados: a idolatria. Percebe-se já na queda do homem, quando o
diabo sugere que Deus poderia ser substituído, ignorado e desobedecido, a ideia
de um culto distinto a Deus. Para esta conclusão, bastaria ler o texto de Gênesis
3:5: “vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”.
O
maior trabalho que Deus tem quando resolveu chamar o homem para si é tentar
fazê-lo desistir de querer ser como “deus”, já que vive independente de suas
orientações. Seu povo Israel foi chamado do meio da idolatria do Egito e o
primeiro mandamento que recebeu no Sinai foi: "NÃO TERÁ OUTROS DEUSES
DIANTE DE MIM" (Êxodo 20:3), pois quando isso aconteceu, abriu-se uma
porta para todas as abominações conhecidas, já que o homem foi criado para
Glória de Deus. Para tratar a nação israelita desse mal muitos meios foram
utilizados, sendo as principais a perda da sua terra prometida, o
distanciamento de seu templo, o impedimento para realizar seus rituais e a
privação de suas poses após serem exilados para Babilônia (Jeremias 39:1-10).
Esse remédio amargo resolveu a idolatria de Israel em buscar outros deuses de
Nações pagãs, porém a face e fonte de toda idolatria continuou ocorrendo
sorrateiramente e foi exposta por Jesus quando revelara que até os príncipes do
seu povo havia abandonado a Deus, não obedeciam sua palavra e viviam com
hipócritas (MT 23:12-19). Jesus mostra que o problema era no coração desse
homem que abandonara ao SENHOR, como versa o texto de Mateus 15:19: “Porque do
coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.
Esse
mal tornou-se muito mais complexo para ser resolvido, por isso Deus enviou seu Filho
para tomar o lugar desse homem soberbo e para sacrificá-lo na cruz, ilustrando,
de igual modo, que é o único lugar apropriado para quem quer viver como deus.
Não obstante, sendo esse o desejo do homem arrependido, ou seja, de morrer
com Cristo e ser crucificado com Ele (simbolicamente), lembremos que Deus o
ressuscita com seu Filho para que não seja mais ele que viva, mas CRISTO
que é sempre obediente em tudo possa reinar na vida desse indivíduo que creu. Assim
Paulo ensinou em Romanos 6:5: “Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança
da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo
isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do
pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado” e reforça a mesma
ideia em Filipenses 1:21 ao dizer: “Porque para mim o viver é Cristo, e o
morrer é lucro”.
Esse
é um fato consumado para Deus que demonstrou a condenação do pecador e que
providenciou para o crente (pecador arrependido) a justificação da culpa em seu
Filho, nossa justiça. Por entender essa verdade, o crente, desde o início de sua
vida nova em Cristo, é levado à santidade por amor a Deus. Assim, todos os dias
o "EU" terá que ser crucificado e considerado morto para que o poder
de Deus que ressuscitou Jesus possa se manifestar em nosso corpo mortal para a
santificação (ROMANOS 6:12-14, HEBREUS 12:3-4). Somente assim poderemos vencer
a idolatria que se manifesta sutilmente até mesmo nas atividades
religiosas quando queremos a primazia.
Portanto,
é necessária uma vigilância constante para que o "EU" não reine,
tomando o lugar de Cristo e entristecendo o Espírito de Deus que veio para nos
ajudar a glorificar a Jesus. Que os servos de Deus experimentem a comida
de Cristo, conforme João 4:34: “Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade
daquele que me enviou, e completar a sua obra”. Assim poderemos deixar o novo
homem em Cristo se manifestar diariamente até que a vida instalada em nós possa
absorver o corpo dessa morte. Por isso podemos dizer como Paulo em Romanos 7:24:
“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Graças a
Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento
sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado”.
Pastor
Jander Lira
Nenhum comentário:
Postar um comentário