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terça-feira, 27 de agosto de 2024

E o coelho branco, o que significa?

 


A metáfora do coelho no livro “Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder, é muito interessante para podermos aplicá-la tanto para buscarmos a compreensão do mundo e dos indivíduos nele inseridos, como a de nós mesmos. Vejamos o texto:

Resumindo: um coelho branco é retirado de uma cartola. Como é um coelho enorme, esse truque leva bilhões de anos para acontecer. Na ponta dos pelinhos nascem todas as crianças. E como elas se encantam com esse truque de mágica! Mas, à medida que envelhecem, elas vão afundando lentamente para a base dos pelos do coelho. E por lá ficam. Tão confortáveis que jamais ousarão subir de volta para a ponta dos pelos. Somente os filósofos ousam retomar essa jornada perigosa rumo à fronteira da linguagem e da existência.

Alguns deles escorregam e despencam no caminho, mas outros se agarram bem aos pelos do coelho e lá do alto gritam para serem ouvidos pelos que ficaram ali embaixo, acomodados na pelagem macia do coelho, refestelando-se com boa comida e bebida.

— Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando pelo espaço!

Mas ninguém ali presta atenção no que gritam os filósofos.

— Puxa, mas que gente mais barulhenta! — dizem.

E seguem conversando como antes: será que você poderia me passar a manteiga? Qual é o saldo da poupança que temos no banco hoje? Quanto está o quilo do tomate? Você viu que a Lady Di vai ter mais um bebê?

 

Segundo leitores, a referida metáfora se encontra como uma das mais utilizadas do livro para exercícios e reflexões sobre a vida. Focada também sob o ponto de vista alegórico, Gaarder faz alusão sobre a necessidade de se escalar o conhecimento para alcançar a positividade de um pensamento crítico.

A figura do coelho, para darmos algumas pinceladas em seu significado, serviu como meio para ilustrar a comodidade da vida na qual os sujeitos do mundo ficam absorvidos nesse mundinho e vivem sem perceber onde sua potencialidade pode chegar, ocasionando uma inversão de rumo, pois a falta de reflexões e questionamentos, começando pelos fundamentais até os mais complexos, os faz desviar ilusoriamente.

A pretensão seria uma provocação aos leitores para que desenvolverem pensamentos instigantes que mantenham o entusiasmo pela vida, assim como provavelmente tinham na mais tenra infância.

Essa leitura é também um bom exercício para podermos desenvolver não só nosso intelecto inato, mas também a vida espiritual instaurada em nosso espírito que ora pode ter sido esquecida em virtude de tantas agruras da vida ou outros empecilhos mil. Como cristãos, temos o poder de conhecer e saber o que foi, o que é e o que será. O exame escriturístico comungado com a vida piedosa diante do altar divino conjugam a maneira ideal de sermos não um filósofo, segundo a proposta da obra, mas porta-vozes da verdade ensinada pelo mestre e salvador Jesus. Não percamos mais tempo.

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