O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Nosso repúdio à aprovação do aborto pelo senado da Argentina

A insensatez humana beira à loucura. Homens sem apreço pela vida e sem amor ao próximo, principalmente aos indefesos. Assista ao vídeo "O grito silencioso" do Dr. Bernard Nathanson e reflita sobre a vida!


sábado, 26 de dezembro de 2020

Histórias de pescador do meu sogro: ilustrações para o Reino de Deus

Meu sogro sempre foi uma pessoa muito simples e humilde. Por seu comportamento gracioso, conquistou muitas posições no labor secular da pesca e na obra do mestre. Certa vez, ao ficar doente e retornar para casa por orientação do seu mestre de pesca, foi chamado, no dia seguinte, pelo dono da empresa onde trabalhava para uma entrevista, a fim de assegurar ao homem de negócios que ele poderia assumir o posto mais elevado entre os pescadores sem lhe causar prejuízo numa embarcação recém-liberada para pesca da lagosta. Segundo ele, a enfermidade foi embora em razão do susto repentino logo ao ser noticiado sobre o interesse daquele empresário em querer falar-lhe e por saber que poderia assumir o barco que clamava por um capitão, pois antigo mestre havia assumido um barco maior.

No gabinete na sede da empresa, o empresário viu um homem de roupas singelas e chapéu de palha entrar, contrastando com o escritório e com os demais participantes da reunião. Então, perguntou-lhe o empresário: “Zé Américo, você me garante trazer quantos quilos de lagosta se eu te entregar o Gaivota?” – ao que meu sogro respondeu: “Nenhum!!!”. “Como assim?!”, retrucou o homem com ar de observação. Respondeu-lhe meu sogro, então, com segurança e honestidade: “a lagosta que cair no manzuá[1], eu trarei para o senhor, mas aquela que não cair, não tenho como garantir trazer”. Aquele empresário se agradou da resposta e promoveu meu sogro para o ofício. Antes dele, haviam sido entrevistados outros dois pescadores que prometeram trazer mais lagosta do que o barco era capaz de suportar, demonstrando, assim, imperícia e falta de conhecimento necessário para aquele serviço. Em meio à satisfação pelo reconhecimento e confiança, também se deparou com a insatisfação dos pescadores antigos e mais velhos (sua tripulação) que deveriam se submeter àquele que fora anteriormente um com eles, porquanto havia sido colocado em nível superior como mestre. Foi, talvez, o primeiro grande obstáculo. Contudo, Deus tinha seus propósitos e foi nas duas primeiras viagens que qualquer estigma foi superado.

Geralmente, a viagem até o talude, circunvizinhando as regiões onde se assentavam cardumes daquele animal que era como ouro do mar (pelo menos naquela época), durava cerca de quinze dias, pois essa era a estimativa para os frigoríficos encherem. Na sua primeira viagem, como mestre de embarcação, ele pescou uma tonelada e duzentos quilos em oito dias, obrigando-o a retornar ao porto para descarregar a produção e recarregar de provisões para o restante dos dias de pescaria. Ao retornar, ainda pescou quase uma tonelada de lagosta em quatro dias ao que a empresa ordenou que ele retornasse para o porto imediatamente. O resultado foi uma produção de duas toneladas numa navegação de pequeno porte em doze dias, enquanto aquelas de maior capacidade, mesmo passando um mês no mar, não conseguiram superar uma tonelada. Foi com esses atos providenciais que meu sogro acumulou algum recurso para expandir a mensagem do Evangelho em vários distritos de Beberibe-CE: realizou centenas de cultos campais em vários lugarejos, incluindo alguns à base de luz de lamparina, proveu de equipamento de som esses cultos e os carregava nas costas nos dias marcados que eram muitos durante a semana, organizou e realizou cruzadas nos lugares centrais, comprou terrenos, construiu vários templos na região e supriu de bancos, cadeiras e outros utensílios esses templos.

Duas reflexões poderemos extrair da narrativa acima:

Essa história é um entrave para os prepotentes, para os soberbos, para os que se acham superiores, para os que não se dobram nem gostam de se submeter, para os que não respeitam e desconfiam dos humildes, para os que se fazem senhores de igrejas, para aqueles que escravizam e dominam suas igrejas para usufruto próprio.

Moral da história, a humildade é o segredo de todo o sucesso espiritual, é uma das mais encantadoras virtudes cristãs, é poder querer ajudar o próximo mesmo quando este próximo não o considera, ou o menospreza ou age com desconfiança, é poder olhar nos olhos de quem quer que seja para ser honesto (tanto homem ou mulher, autoridade ou não etc), é conhecer seu lugar no propósito de Deus e colocar seu coração à mercê de sua vontade.

Que Deus nos torne plenos de tão profunda e verdadeira virtude.

Pr. Heládio Santos

 



[1] Rede para pescar lagosta.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Enxergando além

 


Oh, que alma feliz eu sou,
Embora eu não possa ver,
estou decidida que neste mundo
ficarei feliz.

Quantas bênçãos eu gozo
Que outras pessoas não
Pra chorar e suspirar porque sou cega
Não posso nem vou.

§

Bíblia bendita, tesouro sagrado,
  Livro precioso, de todos os melhores,
Há conforto que nunca falha,
  E um repouso permanente e tranquilo.
Leia com reverência, e pratique-a,
  versículo por versículo, dia a dia;
 a palavra que Deus falou,
  E não pode passar.

Poemas de Fanny Crosby

Fonte: https://www.wholesomewords.org/poetry/crosby2.html


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Colóquio - COMUNIE 5 ANOS

Como parte da programação dos 5 anos da COMUNIE, no sábado à tarde (12/12/2020), participaram do Colóquio os professores Rui Martinho, Débora Leite, João Batista, Phyllipe Santos, Daniel Cassiano e o Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho (organizador do evento).

Em cada fala, os professores demonstraram os desafios de trabalhar no ambiente acadêmico com sua perspectiva cristã, assim como traduziram em palavras suas angústias pelas muitas incompreensões e até perseguições sofridas. Como cristãos, afirmaram nas entrelinhas, não poder retroceder diante dos empecilhos e falaram de suas ações ousadas pelas quais os universitários presentes puderam encontrar referenciais para suas condutas e não pestanejarem quando forem inquiridos sobre sua fé. Nas falas, os professores abordaram temas como a solidariedade que devem demonstrar com o próximo, seguindo especificamente o exemplo da parábola do bom samaritano e não uma solidariedade forjada pela estatização da ação, a convicção que gera empatia, a perseguição que gera santificação, prudência e maior zelo pela doutrina cristã, a experiência de preparação pela qual passaram alguns para o enfrentamento das tenebrosas situações as quais estão sujeitos e o brado inspirado para que a universidade seja retomada para assim voltar a ser o lugar do saber prudente e equilibrado.

Ao final, o reverendo Glauco Filho agradeceu aos participantes a preciosa colaboração e serviu um coffee-break antes do culto da noite.




Professor Rui Martinho

Prof. Glauco Barreira

Prof(a). Débora Leite


Prof. Daniel Cassiano

Prof. João Batista




Prof. Phyllipe Santos

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

COMUNIE 5 ANOS

O pastor Glauco Barreira Magalhães Filho, respeitado professor universitário, e sua equipe promoveram evento anual da COMUNIE (Comunhão Universitária Evangélica) no qual também celebraram 5 (cinco) anos de atividades de capelania para cristãos universitários. Nos Cultos de Integração Cristã, como foram designadas as programações, os participantes ouviram sábias palavras e estímulos edificantes, tendo em vistas serem necessários na conduta acadêmica de um genuíno cristão. Os temas das pregações do pastor Glauco Filho foram extraídos de suas reflexões sobre o livro de Eclesiastes, daí os títulos de “A filosofia bíblica e existencial no livro de Eclesiastes”, parte I e II. Participantes testemunharam da inspiração pastoral na exposição da verdade apresentada.








terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Grupo familiar de Messejana reúne casais para aconselhamento e fortalecimento na fé

Na noite desta segunda (07/12/2020), o diácono Raimundo e sua esposa Lucilene reuniram casais de algumas congregações da Igreja Batista Renovada Moriá, de Igrejas evangélicas e parentes com objetivo de orientá-los a fortalecer seus laços matrimoniais. Segundo o diácono Raimundo, essa era uma atividade que estava em seu coração há bastante tempo. Sentia firmemente um propósito de ceder sua casa para uma reunião na qual casais pudessem provar do aprimoramento e de experiências profundas com a vontade de Deus. A irmã Lucilene (esposa) conseguiu preparar o ambiente perfeito para recepcionar todos os irmãos participantes e, esses, por sua vez, sentiram-se acolhidos e prontos para ouvir e aprender o que na noite havia sido reservado. O pastor Heládio e sua esposa Maninha participaram trazendo uma palavra direcionada para a representatividade dos pais dentro do lar, acreditando, por exemplo, que os filhos não conseguiriam ser obedientes aos pais se não enxergassem neles o testemunho fidedigno da fé em suas próprias vidas e nas suas relações conjugais. Aproveitando a palavra que versou ainda sobre diversas particularidades desta bendita união, a irmã Maninha propôs uma dinâmica na qual tanto maridos como esposas puderam revelar em bilhete confidente o que despertou a atenção e o amor um pelo outro. Após a escrita, ambos trocaram bilhetes dedicando palavras de afeto e amor. Palavras sinceras e verdadeiras foram reveladas, demonstrando ainda aquele sentimento primeiro motivador da chama do verdadeiro amor ajuda a superar os desafios e obstáculos do ser um casal nos moldes bíblicos. Ora, o objetivo do casal é conservar, internalizar e praticar agradavelmente os valores ensinados pela Palavra de Deus para que sua família encontre no Senhor todo o amparo devido para a vida feliz.

Deus abençoe ao diácono Raimundo e a irmã lucilene pelo apoio que prestaram aos casais participantes. Oportunidade como esta redundará em glória para o casal, para suas famílias e para a Igreja do Senhor.











sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Ministro da Justiça defende cristãos contra perseguições em razão de suas convicções

"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas... Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!!! Por isso não aceito o processo de perseguição a que está sendo submetida a cantora e evangelista Ana Paula Valadão. Espero que a Justiça garanta os direitos desta cidadã brasileira, assim como tem garantido os direitos à liberdade de expressão de quem pensa em sentido contrário"

André Mendonça

Ministro da Justiça



Fonte:https://twitter.com/AmendoncaMJSP?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1334642547625504770%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.metropoles.com%2Fbrasil%2Fjustica%2Fandre-mendonca-defende-que-cristao-possa-discordar-do-homossexualismo

 

O Supremo, a porta dos fundos e o Evangelho

Há algumas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a exibição da sátira sobre Jesus gay por determinada plataforma de transmissão streaming, após julgamento em última instância do judiciário. A segunda turma, assim, acatou por unanimidade a reivindicação do canal em vistas de postulados constitucionais os quais valorizam a não-censura, a liberdade de expressão e os fundamentos da democracia, segundo o STF. Obviamente, grupos religiosos não acharam a decisão sensata e, por isso, manifestaram-se reagindo com críticas, justificadas, principalmente, pelos seus valores morais e sagrados da fé cristã que não permitem tratar o Cristo como o foi no filme. A grande questão, talvez, não seja a decisão em si, mas o que ela manifesta ou deixou de manifestar.

Segundo declarou o relator e ministro Gilmar Mendes: “retirar de circulação material apenas porque seu conteúdo desagrada parcela da população, ainda que majoritária, não encontra fundamento em uma sociedade democrática e pluralista como a brasileira”. Concluindo, disse: “Concluo que a obra Especial de Natal Porta dos Fundos não incita violência a grupos religiosos, mas constitui mera crítica realizada por meio de sátira, a elementos caros ao cristianismo. Por mais questionável que possa vir a ser a qualidade desta produção artística, não identifico em seu conteúdo fundamento que justifique qualquer tipo de ingerência estatal”.

Acreditamos que a questão não está apenas na exibição ou não do programa. Vai além! Há certo privilégio para a fomentação da ideologia de gênero que não vem respeitando ninguém (basta assistir ao filme) e que, contraditoriamente, reclama, em uma de suas bandeiras, o respeito pelas diferenças. Reforçamos que o propósito do Cristo foi sublime e está além de qualquer celeuma ideológica (mas Ele não precisa que o defendamos). Outro ponto digno de referência é a questão da desproporcionalidade, pois se um pregador censura a prática homossexual que faz parte de sua instrução bíblica, é logo taxado de homofóbico e fica sujeito a responder por crime de discriminação (como querem muitos movimentos sociais ao apelarem para as autoridades). A pregação, contudo, não carrega em si um tom de rejeição nem compactua com a violência que certos indivíduos lgbts têm sofrido. A pregação singular do Evangelho é de boas novas, sendo sua essência promover a ideia de liberdade dos grilhões do pecado para uma nova vida em Cristo, visto que todos os homens caíram em desgraça e carecem das dádivas divinas através da profissão de fé. É uma mensagem de não violência, mesmo que a mídia tente inserir pelo seu processo massificador o contrário.

Mas, vejamos, para o primeiro, a arte cinematográfica, muito embora bastante carente de criatividade e daquela sacada de boas produções, recebe consideração mais elevada do que a doutrina cristã, mesmo que essa se demonstre transformadora de vidas e manifeste a superação de situações que foram esquecidas pelo Estado, mas por força da atividade eclesiástica, indivíduos receberam acolhimento para redirecionarem suas vidas e transformá-las. A cultura moral do Evangelho, se podemos chamar assim, reflete o ponto de equilíbrio onde os sujeitos devem estar para tornar a vida em sociedade, da mesma forma, equilibrada. Com o avanço dos “quereres” (certamente outra palavra para ilustrar ou desmistificar a volúpia do ego humano), pois “querer é poder” na atual conjuntura, as mais íntimas paixões tem erupcionado, provocando uma quebra dos valores que regem a conduta humana. Imagine daqui a alguns anos se isto continuar a acontecer: políticos corruptos serão ovacionados e tidos como heróis; estupradores e pedófilos serão os ousados e os desbravadores. Alguém pode até dizer que isso jamais acontecerá ou é retórica exagerada, mas olhando para a onda de reinvenção do homem contemporâneo não duvidamos de nada!

Enfim, para sociedade na qual vivemos o errado, o desvio de padrão, o amoral e tantos outros conceitos semelhantes ganham prevalência. Essa mesma sociedade, sobretudo, achando-se portadora da luz nietzschiana sufoca a verdade tentando esquecê-la. Realmente, uma decisão como esta só dá pra sair mesmo se for pela porta dos fundos.