Neste
último sábado (04/12/2021), a COMUNIE realizou seu IV Simpósio cristão
universitário. Palestraram no evento os professores Rui Martinho, Débora Leite
e Glauco Barreira Magalhães Filho. Os grupos de evangelização universitária CRU
e Vidas para Cristo também tiveram oportunidade de apresentar seus projetos e
estratégias para alcançar universitários a fim de leva-los a Cristo. A temática
abordada pelos palestrantes, apesar de distinta e específica em seus assuntos,
foi de encontro, principalmente, à maneira pela qual as Universidades estão
cedendo às ideologias globalizantes de uma agenda específica, prioritariamente,
a de um marxismo cultural. Pelas entrelinhas das falas, percebeu-se uma
preocupação comum numa tentativa de encorajar os cristãos participantes a não
se submeterem a esse conteúdo, pois representam um agravo ao Cristianismo
bíblico. Não há compatibilização entre as ideologias mundanas que desconstroem
a ideia da ética cristã, da família, da privação de liberdade e da negação aos
valores das Escrituras e de Deus com as convicções emanadas de Cristo. Por
isso, crentes não devem envolver-se no partidarismo político porque o reino
aguardado pelo cristão não é deste mundo e porque é incompatível com sua fé,
mas devem ser perspicazes para entenderem as circunstâncias e, dentro da
perspectiva cristã, levantarem o brado do Evangelho para anunciar a Cristo
contra as anomalias culturais, sociais e políticas das quais não podemos nos
separar. Assim, reavivou-se unicamente a potencialidade da pessoa de Cristo e de
sua Palavra como a solução para o enfrentamento ao dilema do obscurantismo e da
vereda tortuosa apresentados pelas “mentes brilhantes” dessa onda ideológica que
conseguem persuadir muitos desavisados, inclusive, cristãos ingênuos.
Pelos
vistos, as palestras cumpriram seu papel. Pelo menos para os que estavam
congregados para ouvir cada exposição profunda, coerente e debaixo da
cosmovisão cristã. Dentre as muitas perguntas sugeridas aos palestrantes, cada
uma com uma articulação de ideias muito bem formuladas, podemos dizer que uma
chamou bastante atenção. Um participante perguntou sobre o método Alfalit cujas
raízes estão fincadas na Andragogia, ou seja, na alfabetização de jovens e adultos.
Esse método foi desenvolvido pelo missionário Frank Charles Laubach, em 1915,
nas Filipinas, e estava centrado na experiência adulta, partindo do uso de
palavras chaves como base para alcançar os códigos linguísticos. Para tanto, a
teoria colocou em prática aspectos educacionais de Jean Piaget e Lev S.
Vigotsky. Pode alguém até lembrar de Paulo Freire neste momento. De fato, o
método de Freire parece muito com o de Laubach. Eis aí o porquê da questão ter
chamado bastante atenção na hora dos questionamentos e discussões e ter
suscitado novas reflexões e comentários, pois: “teria Paulo Freire, o patrono
da educação no Brasil, se apropriado indevidamente do método Protestante e
rotulado como seu?”. Dentre os muitos comentários, destacamos a citação do
historiador David Gueiros Vieira que foi apresentada e extraída do site Mídia
sem máscara, publicado em 9 de março de 2004:
Não
há dúvida que a luta contra o analfabetismo, em todo o mundo, encontrou seu
instrumento mais efetivo no Método Laubach. Ainda que esse método hoje tenha
sido encampado sob o nome do Sr. Paulo Freire. Os que assim procederam não
apenas mudaram o seu nome, mas também o desvirtuaram, modificando inclusive sua
orientação filosófica. Concluindo: o método de alfabetização de adultos, criado
por Frank Laubach, em 1915, passou a ser chamado de “Método Paulo Freire”, em
terras tupiniquins. De tal maneira foi bem-sucedido esse embuste que hoje será
quase que impossível desfazê-lo”.
No
mais, a participação de muitos universitários, professores acadêmicos e
pré-universitários, de áreas como humanas, saúde, tecnológicas, exatas e
direito de diversas instituições (UFC, UECE, UNIFOR, UNILAB, URCA, Unichristus,
Estácio, Fametro, Senac e de escolas secundaristas) abrilhantaram o evento
durante o dia. Desde às 9h até às 17h30, houve o que podemos denominar de
engajamento pela causa. Muitos cristãos universitários, para não utilizarmos o
termo irmãos em Cristo, mas agora usando, interagiram para perceberem a causa
comum pela qual devem estar engajados.
Por
isso, alardeamos para quem sabe podermos ser ouvidos nos mais longínquos
cantos: universitários cristãos, participem das atividades da COMUNIE para ser
preparados para os desafios enfrentados em ambientes hostis à fé, bem deveras
precioso para nossa caminhada em qualquer lugar onde estamos, seja encorajado e
encoraje outros. Acompanhe as programações da COMUNIE pelo site e redes
sociais: https://comunie.wixsite.com/comunie, https://www.facebook.com/comuniece/ e https://www.instagram.com/comunie.ce/.