Em 20 de dezembro, na cidade de Baturité, realizou-se a Marcha para Jesus com o objetivo de promover o conceito de família tradicional. Muitas igrejas evangélicas daquele município se uniram para proclamar a verdade do Evangelho. O pregador oficial foi o pastor Glauco Barreira Magalhães Filho, da Igreja Batista Renovada Moriá, também diretor do Instituto Pietista de Cultura. No final, alguns pastores exaltaram a fluência da pregação do pastor Glauco, bem como a coragem que teve de se posicionar contra assuntos em evidência na mídia e defendidos por minorias, mas que afetam o sentido de ser da família tradicional e a moral do Evangelho.
O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Marcha para Jesus em Baturité-CE
domingo, 30 de novembro de 2014
Moriá: 26 anos
Em meio a muitas
celebrações a Deus, a Igreja Batista Renovada Moriá comemorou seus 26 anos
neste final de semana. Dedicada na devoção a Deus procurou promover cultos que
dignificavam ao Senhor cuja ação tem sido percebida na vida de sua comunidade.
O tema das conferências este ano foi “Fidelidade e Perseverança”, conceitos nos
quais promovem o retorno às raízes do Evangelho. A busca continua da Igreja
para cumprir e viver pela Palavra é o referencial espiritual adotado,
resguardando-se, assim, da contaminação doutrinária e prática do evangelho
neoliberal de nossos dias. A Igreja Batista Renovada Moriá vem enfatizar aquela
fé primitiva na qual vem guardando os preceitos que foram entregues aos santos.
Veja algumas fotos da noite de encerramento. Soli Deo Gloria!
sábado, 22 de novembro de 2014
Por que crentes ficam carnais/liberais?
Geralmente, ao professarmos a fé
cristã, somos contagiados por uma experiência nova. Isto ocorre pelo
favorecimento da graça de Deus gerando plena certeza do ato de salvação em
alguns ou a simples emoção do contágio em outros, sendo concebida de duas
maneiras: com autenticidade, em razão do real arrependimento, ou com aparência
de autenticidade, devido uma mera satisfação superficial não discernida
espiritualmente.
Com o passar do tempo, podemos
detectar através das obras praticadas qual foi a experiência vivenciada em cada
sujeito. Se houve um desprendimento dos valores efêmeros através do processo de
fé e convicção concluiremos ter havido uma experiência de transformação na qual
houve uma entrega incondicional ao senhorio de Cristo, confirmando a maneira
pela qual o redimido se encontra na condição de filho de Deus. A conseqüência é
determinada pela experiência verdadeira que torna o indivíduo familiarizado com
a vontade de Deus posta nas Escrituras para sua vida.
Por outro lado, quando o agente
se embaraça com a doutrina de Cristo, aceitando uma parte e rejeitando a outra,
percebemos algo que não se coaduna com a forma de comportamento encontrada na
vida cristã. Podemos dizer que a verdadeira experiência com Cristo não ocorreu,
uma vez que não há um desejo direcionado à prática de seus princípios plenos.
Além disto, uma das formas de se dizer isto nos escritos dos evangelhos e
epístolas é sob a forma de escandalizar-se. Quando alguém reluta na prática da
modéstia cristã, por exemplo, ela está se escandalizando de Cristo por causa de
sua doutrina, uma vez que não quer praticá-la. Foi-nos dito pelo Senhor:
“Bem-aventurado é aquele que em mim se não escandalizar” (Lucas 7:23). Jesus nos
fala sobre o fato de sermos abençoados Nele, compartilhando de uma comunhão
profunda e de uma sujeição à sua Palavra, pois, se conscientemente assim não
fizermos, estaremos dizendo que estamos escandalizados e ofendidos com Ele, com
sua Palavra e com seu direcionamento. Escandalizar-se é o mesmo que rejeitar
por não querer fazer, demonstrando, assim, as provas de sua intenção parcial
para com o Evangelho. Vale ressaltar que muitos supostos cristãos estão nesta
condição de escandalizados, apesar de não se julgarem assim. Estão tão
obscurecidos com uma racionalidade humana e caprichos pessoais que não vêem
como são insensíveis à voz do Espírito. Não percebem que estão reduzindo todo conjunto
doutrinário a um compêndio Escriturístico, restringindo-se a sujeitos tendentes
às doutrinas que lhes favorecem devido suas intenções particulares,
descaracterizando-se como fiéis a Cristo. Este problema vem desde muito tempo.
Há aproximadamente 30 anos, a Igreja evangélica vem passando por um processo de
decadência moral. Suas atitudes não são mais as mesmas, suas preocupações foram
redirecionadas, enquanto que a vida da comunidade foi definitivamente afetada
com a falta do sentimento cristão. A maioria das igrejas perderam o prazer de
servir a Cristo diante do mundo, para “servi-lo” em templos pomposos cheios de
divertimentos e banalidades promovidos pelos seus promotores de eventos: os
senhores pastores pós-modernos.
Para responder a pergunta
introdutória deste artigo, diria que o problema é amplo e individual. Amplo,
pois a maioria da comunidade dita evangélica caiu no modismo pós-moderno do
vislumbre de ser evangélico na atualidade. Virou moda, sabia? Está na mídia. É
prazeroso ser evangélico, pois faz com que muitos sejam, agora, reconhecidos,
já que antes não eram. Porém o dissabor não está na evidência, mas sim na
conformidade com o mundo. A Igreja evangélica de hoje tem seus paradigmas
adaptados em consonância com as tendências mundanas. Grande parte do movimento
evangélico passou pelo processo de mundanização assimilando as maneiras de
cantar, de compreender (racionalização) e até de pregar, que agora é segundo os
discursos da autoajuda e da motivação para o sucesso. Que pena!
A
individualidade entrou em questão uma vez que representa o querer do sujeito. Muitos
religiosos evangélicos não querem mais comprometimento com as Escrituras, nem
sua disciplina, preferem o bel-prazer de ordenarem suas vidas segundo uma visão
particular de mundo. Nisto, evidenciam que não passaram pela conversão, pois o
ego é o rei e senhor deles próprios. Continuam a praticar isto, pois se escandalizaram
do ensino de Cristo que diz: “ Se alguém
vier a mim, e não aborrecer a
seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu
discípulo” (Lucas 14:26). A falta de
desprendimento do eu destes indivíduos faz com que concluamos pela não
vinculação entre Cristo e eles. Noutras palavras, não podem ser discípulos de
Cristo. No entanto, muitos falsos discípulos imperam sobre comunidades
promovendo movimentos que levam o povo à escassez espiritual e à abundância de
carnalidades. Em conversa com uma missionária de Brasília há alguns meses, ela
me confidenciava o problema dos encontros de sua igreja. Os líderes das
programações e os adeptos promoviam festas banais, atividades de entretenimento
e muita conversa sem edificação sobre sexo, jóias e sucesso profissional,
enquanto que o essencial era reprovado, ou seja, ninguém queria buscar a Deus,
antes queriam jogar conversa fora. Este é o retrato do descaso das supostas
igrejas atuais.
Há quem pense que estamos simplesmente
atacando determinados grupos denominados evangélicos. Não é esta a intenção. Nossa
intenção é bem objetiva, tentamos de alguma forma barrar e protestar contra a
apostasia instaurada que está assolando a Igreja, contaminando inúmeros
contingentes e tentando demonstrar nossa piedade para quem está vivendo um
cristianismo falsificado, sem experiência e sem paixão por Jesus. Que Deus nos
ajude a continuar com o zelo e amor cristão por quem já o perdeu.
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domingo, 16 de novembro de 2014
O inferno na vida do crente
No
Evangelho de Marcos (9:49a), há uma expressão incomum: salgado com fogo. Dentro
de um contexto cujo tema central é o inferno, lemos e meditamos nessa parte
procurando obter a compreensão coerente, pois como alguém pode ser salgado com
fogo?
Na doutrinação cristã, ser salgado é compreender o valor
do ensino, incorporá-lo através de uma vida santificada e transmiti-lo. Na
verdade, é um conceito que abrange a conservação dos valores espirituais
através de práticas morais constantes que devem passar de geração a geração.
Essas virtudes comprovam a experiência de salvação, confirmando a novidade de
vida alcançada. A conservação é necessária para preservação do cristão diante
do mundo vil e da informação de que os bens espirituais são imutáveis,
portanto, não estando sujeitos às mudanças culturais muito corriqueiras na
contemporaneidade. A graça é o agente responsável por essa ação divina,
funciona como o meio motivador/estimulador para nós vivermos a fé com
dignidade. No entanto, existem outros elementos que promovem indiretamente
determinação para obediência a Deus: a concepção do inferno para o bem de
outros.
O cristão sabe de sua liberdade da condenação vindoura.
Nós estamos livres do terrível mal eterno. Contudo, muitas pessoas que estão ao
nosso redor, aquelas que compartilham do nosso cotidiano, estão debaixo da
escabrosidade condenatória, mas estão apáticas a sua realidade espiritual. Em
vistas disto, o cristão, percebendo e discernindo a mal sobre ela, sentindo a
condenação como se fosse dele, deverá se dispor com muito ânimo para viver uma
vida moralmente correta a fim de ter reconhecimento ao recomendar a fé em
Cristo para libertá-las de tão horrendo destino.
Desta forma, ser salgado com fogo é ser estimulado pela
percepção da condenação do inferno para com descrentes para vivermos uma vida
santa. A vida devotada a Deus transmite e inspira fé no outro que está carente
do dom celestial. O sentimento de piedade move o crente a tal procedimento,
inclusive, fazendo de forma espontânea a renunciar muito daquilo que lhe faz
bem para se ocupar com o bem do outro.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Livro "Teologia, Espiritualidade e Protestantismo"
domingo, 9 de novembro de 2014
O caminho da renúncia
O princípio da renúncia foi mencionado nas
Escrituras quando Cristo percebeu interesses diversos dos que o seguiam. A
multidão que o rodeava tinha como objetivo satisfazer algumas de suas
necessidades físicas e materiais uma vez que estava convencida de que aquele
mestre os remediaria, por isso levavam muitos enfermos e endemoniados para
serem libertados dos seus males. Queriam receber, mas não tinham interesse em
oferecer suas vidas para o serviço do Reino porque se limitavam aos interesses
terrenos. Esse sentimento é muito comum quando se fala em renunciar benesses da
vida para seguir a Cristo, mas está escrito: “Se alguém vier a mim, e não
aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode
ser meu discípulo” (Lucas 14:26).
Renunciar é recusa e é rejeição. A
atitude de renunciar se propõe a recusar as influências mundanas que nos
afastam da plena obediência a Deus. Rejeita-se aquilo que é mundano por causa
de uma conclusão orientada pelas Escrituras que considera a efemeridade da vida
e o desprezo pelos prazeres imediatos. A cegueira espiritual da multidão, no
entanto, não lhe permitiu enxergar com similar agudeza de espírito. Mas naquele
contexto, após uma aparente reprimenda de Jesus, ele apresenta o assunto da
renúncia numa linguagem muito acessível, como alguém interessado em vê-la
seguindo-o definitivamente. A proposição da parábola sobre a reflexão que um
construtor tem de fazer antes de empreender na sua obra e a de um rei que tem
de tomar uma decisão diante do exército inimigo são exemplos de renúncias
presentes no cotidiano.
Quando alguém pretende construir uma
torre, asseverou Jesus, faz-se necessário levantamento de despesas e
planejamentos. Se alguém computa todos os gastos e vê que não tem condições de
começar e acabar sua construção, não se aventura, porquanto será humilhado caso
siga adiante. Se um rei vai à batalha com uma quantidade de homens inferior ao
do exército oposto, ele poderá perder a guerra e ser humilhado. Por isso, se
não tem como guerrear pede condições de paz. Nas duas proposições, o argumento
parece óbvio: refletir e tomar uma decisão. Não construir a torre era renunciar
segurança e defesa de bens patrimoniais. Um rei pedir condições de paz
significava renunciar o direito de ser rei e passar a ser servo. Percebe-se nas
duas parábolas a intenção de convencer os ouvintes de que renúncia é elemento
presente no dia-a-dia.
Outra intenção de Cristo era mediar uma
ponderação com respeito o ser discípulo. Se a multidão queria segui-lo em
conformidade com os propósitos divinos tinha que cumprir com determinada condição,
a renúncia. Para alcançar notável virtude cristã era necessária a verdadeira
revelação de quem era aquele Nazareno. Concluindo que Jesus era aquele predito
pelos profetas (o Messias, o Ungido, o Filho de Deus) a decisão incondicional
de segui-lo seria o próximo passo.
Portanto, se alguém diz que renunciar a vida para seguir a Cristo é
discurso ultrapassado e religioso, demonstrando menosprezo pelas palavras de
Jesus, na verdade, não entendeu a finalidade de sua vinda. Essa é a única ação
coerente pela qual o homem deve se nortear, fundamentando sua vida na Rocha. Essa
informação é de suma importância para as duas categorias as quais Deus enxerga:
o salvo e o perdido. Se o salvo considera as palavras de Jesus negará os vícios
e vaidades deste mundo para seguir a Cristo, se pelo contrário, demonstrará que
é sal insípido do qual não se pode restituir sabor se equiparando ao perdido
que sempre foi desprovido da graça divina.
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