Leia o
texto extraído do Gnotícias e veja o comentário abaixo:
O ativista ateu mais conhecido do planeta, Richard
Dawkins, afirmou que considera “imoral” uma gestante manter a gravidez de um
bebê com síndrome de Down e que a melhor opção seria o aborto.
Em sua conta no Twitter, Dawkins afirmou que se a
grávida tem um diagnóstico que aponta a síndrome, “deveria abortar e tentar
novamente”, pois segundo ele, “seria imoral trazê-lo para o mundo, se você tem
a escolha” [de abortar].
Defensor do aborto, Dawkins também publicou um link
de um artigo da revista liberal New Republic sobre o tema. Intitulado “A Igreja
Católica prefere barbárie medieval ao aborto moderno”, o artigo tece críticas à
doutrina da denominação romana que define a prática como pecaminosa.
Sobre o artigo, Dawkins comentou em tom de ironia:
“A Irlanda é um país civilizado, exceto em uma área”, fazendo referência às
leis do país, de maioria cristã, que são conservadoras quando o assunto é
aborto.
Um dos internautas que seguem Dawkins retrucou as
afirmações do ativista ateu: “994 seres humanos com síndrome de Down
deliberadamente mortos antes do nascimento na Inglaterra e no País de Gales em
2012. Isso que é civilizado?”, questionou.
O ateu, que é autor do livro “Deus, um delírio”,
publicado em 2006, respondeu de forma afirmativa que considera a prática do aborto
como um dever nos casos em que o bebê é diagnosticado com síndrome de Down.
“Sim, é muito civilizado. Esses são os fetos,
diagnosticados antes que eles tenham sentimentos humanos. Aprenda a pensar em
formas não-essencialistas. A questão não é ‘é humano’, mas ‘ele pode sofrer?
‘”, respondeu o ativista ateu.
Desculpas?
A repercussão mundial de suas afirmações causou
constrangimento a Dawkins, que pediu desculpas pelo escândalo causado por sua
opinião.
Numa breve explicação sobre a síndrome, o ativista
ateu afirmou que a necessidade de atenção especial a uma criança com Down faz
com que os pais criem fortes laços de afeto, e isso foi o que motivou tanta
indignação com suas afirmações, de acordo com informações do jornal O Globo.
Ao final, Dawkins disse que “a maioria dos casais
optam por aborto e a maioria dos médicos recomenda isso”, e acrescentou:
“Obviamente, a escolha seria sua. A quem interessar possa, minha escolha seria
de abortar o feto com síndrome de Down e, assumindo que você quer ter um bebê,
tentaria de novo. Tendo a chance de fazer um aborto cedo ou deliberadamente
trazer a criança com Down no mundo, eu acho que a escolha moral e sensata seria
abortar”.
Uma crítica a Dawkins
Este
cientista, Richard Dawkins, renomado no meio acadêmico, principalmente por ser um dos defensores
do evolucionismo, instigou seus leitores para a ideologia nietzschiana do super-homem,
muito compatível com suas convicções biológicas. Este tipo de mentalidade
despreza os seres humanos menos favorecidos, enquanto privilegia os mais
capacitados. Lembramos com isso a história espartana de preparar e capacitar
seus guerreiros para serem os maiores de todos da Antiguidade (muito mais do que
o enfretamento de guerras, elevava-se, na verdade, o egoísmo humano). Essa
doutrina perniciosa tem sido absorvida pela sociedade na qual vivemos. Existe
uma ânsia pela superação decorrente da concorrência atual. Há um nítido e ao
mesmo tempo sucinto apelo a passar por cima dos mais fracos porque a vida
requer a sobrevivência e permanência dos superiores. A vida ligeira, a
necessidade de se resolverem os problemas de forma imediata, a falta de tempo,
os dilemas resolvidos por achismos já que não se pode perder muito tempo em
questões “ultrapassadas”, demonstra um diagnóstico social no qual somente sujeitos capazes podem participar do sistema, enquanto isso prognosticamos surtos sociais. Um
deles é o que acabamos de verificar, Dawkins, de quem poderíamos esperar
grandes contribuições para remediar ou atenuar problemas como a síndrome de Dawn,
prefere sugerir a extirpação do ser humano vitimado pela doença (Dawn) que não
escolheu vir ao mundo com necessidades especiais. Dawkins é o estereotipo do ser humano moderno: sem a
preocupação com o outro, amante de si mesmo, adepto do hedonismo e caprichoso
para seu bem estar. Um ser incapacitado e dependente requer muito maior atenção
da família e políticas públicas destinadas aos casos. A singela declaração do biólogo nos
remete a pensar esses vários problemas porque é num suposto ser maioral que a sociedade e os homens
"estão se tornando". Não ao aborto!
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