“Falei-lhes durante
algum tempo, mas quinze minutos depois de estar a falar sobre a sua
responsabilidade pessoal diante de Deus, constrangendo-os ao arrependimento, de
repente uma seriedade abismal apoderou-se daqueles rostos antes irados, uma
solenidade fora do vulgar. Logo de seguida todas as pessoas começaram a cair
nos seus joelhos, em todas as direções como que caindo dos seus assentos,
clamando por misericórdia a Deus. Caso tivesse uma espada em minha mão, nada de
igual havia de conseguir com efeitos parecidos e tão devastadores. Parecia que
toda a congregação estava ou de joelhos, ou prostrados com o nariz no chão
gritando por misericórdia logo ali. Numa questão de dois minutos toda aquela
congregação estaria de joelhos a clamar. Cada um orava por si próprio, aqueles
que tinham como falar.
É obvio que tive de
parar com a pregação, já que ninguém me prestava mais atenção. Eu olhei e vi
aquele velhinho que me endereçou o convite para pregar ali, sentado a meio da
sala, olhando à sua volta muito perplexo, muito atônito com tudo aquilo.
Levantei a minha voz muito alto, quase gritando, para que me ouvisse e
perguntei-lhe se sabia orar. Ele de imediato caiu de joelhos e implorou por
aquelas almas em agonia, entre a vida eterna e a morte. A sua voz era forte e todo
o seu coração estava sendo derramado diante do Criador do mundo. Ninguém o
ouvia, ninguém ali prestava qualquer atenção às suas palavras. Logo comecei a
falar com algumas pessoas que clamavam assustadamente a Deus, para que me
ouvissem e prestassem atenção. Eu dizia: "Olhem, ainda não estão no
inferno! Deixem-me assinalar-vos o caminho para Cristo!" Por alguns
instantes eu queria trazer-lhes o evangelho, mas não conseguia a sua atenção
sequer. Todo o meu coração palpitava e exultava de tal modo que me controlei
com muito custo para não gritar de alegria por toda aquela visão celestial,
dando glória a Deus. Assim que tive como controlar meus sentimentos,
debrucei-me diante dum jovem que estava ali perto e muito atarefado a orar por
ele mesmo. Pus minha mão suavemente em seu ombro, atraindo a sua atenção e
pregando-lhe Jesus ao ouvido em sussurro. Assim que captei a flecti a sua
atenção para a cruz de Cristo, ele creu, acalmou-se, aquietando-se
estranhamente pensativo durante um minuto ou dois, para logo de seguida
irromper numa oração dedicada por todos aqueles aflitos, ali mesmo. Fiz o mesmo
com um e outro com os mesmos resultados. Depois mais um e mais outro até que
chegou a hora em que eu haveria de sair dali para cumprir com um outro
compromisso na vila.”
Por Wesley L. Duewel
- O Fogo do Reavivamento
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