O
auditório do curso de Direito da UNI7 foi palco da VI COMUNIE com o tema: “A
Reforma Protestante na encruzilhada entre o romanismo e o iluminismo”. Com
participação maciça de universitários cristãos, mais de 200 participantes, o
culto marcou pelos fundamentos apresentados: uma oração reverente, hinos sacros
de Charles Wesley, J.S. Bach, John Newton e Lutero, e uma pregação muito bem
amparada pelos preceitos cristãos.
O grupo musical
trouxe para este culto cânticos que fogem ao ritualismo jovial, mas que
conserva sintonia com o tema do evento. Hinos sacros, com a estrutura medieval
e pós-moderna, letrados e harmonizados por expoentes da música clássica como Charles
Wesley, John Newton, J.S. Bach e o próprio Lutero, fizeram um bem extraordinário
e excelente aos ouvidos e inspiraram os participantes ao clima da Reforma.
Talvez muitos pasmaram diante da ênfase ao contexto musical da época, algo
natural para quem não estava acostumado com aqueles sons e tons belíssimos, de
rica formação letrista e melódica, mas não podia ser de outra forma, afinal o
objetivo era criar um ambiente favorável para apresentação do tema do evento.
Fabiano, Daniel, Ivanilson, Lívia, Alisson e Heberth (apoio) produziram as
vozes e os sons que enriqueceram aquele momento único.
Na pregação, o
pastor Glauco, como de costume versou sobre a temática com grande agilidade,
apresentado fundamentos e argumentos sólidos. Apresentou a filosofia tomista e
aristotélica, relacionando-as com Romanos, texto expoente da Reforma, na qual Lutero
percorreu para em seguida superar a filosofia e ficar com a máxima que diz “justo
viverá pela fé”. Apresentou a recorrência de Lutero a graça infinita de Deus,
expondo algumas supostas contradições da qual o reformador foi acusado,
principalmente pelo romanismo; fez a diferenciação entre a fé que salva e induz
o homem a abdicar do pecado, porque este foi o motivo da morte de Cristo,
daquela que opera apenas decorrente da religiosidade, ou seja, da falsa fé.
Abordou vários momentos da vida de Lutero, fazendo relações com a autêntica
interpretação das Escrituras: as teses, os debates, as perseguições, a
excomunhão... Ao abordar o iluminismo fez ponderações sobre o resultado de tanta
ação “racional”: o relativismo, subjetivismo, a pós-modernidade que de maneira
contundente emancipou o homem de Deus, criando vários problemas para si,
porquanto fragilizou o quesito moral, promovendo uma ideologia antropocêntrica
que acaba sendo a ruína dos cegos.
Fazendo um balanço
da Comunie, Ivna, estudante de jornalismo da UNI7, afirmou: “É muito importante
o evento da COMUNIE acontecer aqui (na UNI7 em Fortaleza), por mim aconteceria
até mais vezes, porque eu sou universitária...”; sobre a questão de
universitários não incorporarem suas convicções cristãs a suas futuras
profissões, ainda pontuou: “... como eu estou no grupo (Vidas para Cristo), à
frente, a gente quando vai pregar ou fazer alguns eventos aqui a gente vê como
existem pessoas sedentas por tentar encontrar respostas sobre o ser cristão com
o ser universitário, pois acham que dá pra dividir, mas não precisa ser
dividido. E a COMUNIE traz justamente essa resposta, demonstrando como ser
cristão e universitário ao mesmo tempo, sem separá-las, pois precisamos ser,
acima de tudo cristãos, porque na Univerisdade é muito fácil se dispensar, você
seguir outros ‘nortes’ porque tem gente de todo tipo...”.
O pastor Daniel
Duran, autor do blog Anti-Heresias (http://anti-heresias.blogspot.com.br/), fez
uma ponderação sobre a influência da COMUNIE nos universitários cristãos: “...a
gente vê já vários núcleos pequenos, pequenas células, a gente ouve notícias
dos nossos próprios membros em nossas Igrejas sobre pequenas células de grupos
de oração, de grupos de estudos bíblicos, eu vejo isso como uma semente,
resultados de sementes que foram lançadas pelo pastor Glauco dentro das
Universidades”.
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