Nos templos religiosos, muito se fala sobre
reverência a Deus, mas será que a pregação tem contagiado os corações para a
prática coerente dessa virtude cristã? Será que temos alcançado o real
significado do termo ou temos vivido uma reverência religiosa, fria e
mesquinha? O que precisamos fazer para alcançar tão venerada conduta? Qual
caminho seguir?
Reverência é a atitude
singular de se submeter a Deus, não só de nos curvarmos ante o altar,
compreendendo Ele como a fonte do nosso ser. É postura sensata da criatura
diante do seu Criador, é o reconhecimento de nossa pequenez perante o
Majestoso, é a concepção de nossa finitude em razão de não termos sido nem de sermos, expressando, assim, nossa dependência
devotada a Ele, a emanação de todo dom perfeito para a vida. Contagiados pelo
eflúvio divino, a reverência manifestasse através do espiritual e do material
do nosso ser, sujeitando nossa alma e espírito ao Pai das Luzes, assim como
manifestando através do corpo o honesto senso de consagração a Ele.
Como versa o texto
sagrado, o interior influencia o exterior cuja ação reflete a glória da
comunhão perene e presente. Assim, ambos nos elevam a compreender a dimensão do
Sagrado através da nossa insignificância, porém alcançando a significação existente
no Absoluto. A venturosa e deslumbrante postura percorre o caminho do temor ao
Senhor sem se intimidar ou sem se omitir. Não teremos medo de não sermos
achados n’Ele, porque certamente compreenderemos que Ele reina em nós,
permitindo-nos a plena liberdade em seu Nome. Apesar de nossa reverência ser
real, pode manifestar-se imperfeita em alguns lapsos temporais, permitindo-nos
percorrer os degraus do amadurecimento.
Portanto, submissão trás
o espírito de humildade, sobretudo porque Ele se humilhou para compreender nossa
humanidade, compartilhando, da mesma forma, sua vida divina e criar um olhar
desensoberbecido para contemplarmos a grandeza do Altíssimo com a mais pura
reverência.
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