O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Virgens loucas


A virgindade feminina na cultura hebraica estava intimamente ligada à pureza de corpo e de alma. Buscava-se estabelecer a honra e o respeito pela conduta de se resguardar de qualquer contato físico e íntimo antes do casamento para que o leito não fosse maculado, demonstrando ainda provas da reverência a Deus e ao futuro esposo, mesmo que isso não fosse internalizado de forma convicta.
Ao ilustrar a parábola das dez virgens Jesus pretendia: demonstrar o fiel comportamento e comportamento não alinhado com os propósitos divinos das virgens, posto que existiam virgens prudentes e néscias. As néscias eram autossuficientes, arrogantes e carregavam um ego elevado por acreditarem que o simples fato de ser virgem dava a elas a condição de poder ser recepcionada pelo Noivo.
O problema das néscias foi que elas se julgavam aptas para as bodas, não percebendo sua aparência de piedade e falta de espiritualidade. Elas eram virgens, ou seja, estavam revestidas de algum estereótipo moral, mas lhes falta o essencial: o azeite que simbolizava o vínculo com o sagrado. Tinham a casca, mas lhes faltava a essência.
Da mesma forma das virgens néscias (talvez até pior), hoje existem muitas pessoas que se autodenominam cristãs, mas suas obras negam a preocupação com o “ser” discípulo do Mestre. Andam desordenadamente, falam impropérios, compactuam com mundanos nos seus deleites, noutras palavras, tem uma aparência cristã, entretanto, vivem como mundanos. Uma combinação nada salutar para o Reino de Deus, visto que não há união entre Cristo e belial.
Como virgens loucas estão todos os que sabem as verdades bíblicas, mas não as vivem. Dizem que Jesus vem, mas não se preparam para o encontro com santidade e abstinência; antes preferem uma amizade com o mundo, ora censurada pela Bíblia (Tiago 4:4), julgando que estão garantidas no tão glorioso dia do encontro com Cristo nos ares. Equívoco!
Por misericórdia e paixão, preguemos contra os modismos da igreja evangélica de hoje não cedendo aos seus caprichos para que ela caia em si e retorne ao primeiro amor!

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