A virgindade feminina na
cultura hebraica estava intimamente ligada à pureza de corpo e de alma. Buscava-se
estabelecer a honra e o respeito pela conduta de se resguardar de qualquer
contato físico e íntimo antes do casamento para que o leito não fosse maculado,
demonstrando ainda provas da reverência a Deus e ao futuro esposo, mesmo que
isso não fosse internalizado de forma convicta.
Ao
ilustrar a parábola das dez virgens Jesus pretendia: demonstrar o fiel
comportamento e comportamento não alinhado com os propósitos divinos das
virgens, posto que existiam virgens prudentes e néscias. As néscias eram autossuficientes,
arrogantes e carregavam um ego elevado por acreditarem que o simples fato de
ser virgem dava a elas a condição de poder ser recepcionada pelo Noivo.
O
problema das néscias foi que elas se julgavam aptas para as bodas, não
percebendo sua aparência de piedade e falta de espiritualidade. Elas eram
virgens, ou seja, estavam revestidas de algum estereótipo moral, mas lhes falta
o essencial: o azeite que simbolizava o vínculo com o sagrado. Tinham a casca,
mas lhes faltava a essência.
Da
mesma forma das virgens néscias (talvez até pior), hoje existem muitas pessoas
que se autodenominam cristãs, mas suas obras negam a preocupação com o “ser”
discípulo do Mestre. Andam desordenadamente, falam impropérios, compactuam com
mundanos nos seus deleites, noutras palavras, tem uma aparência cristã,
entretanto, vivem como mundanos. Uma combinação nada salutar para o Reino de
Deus, visto que não há união entre Cristo e belial.
Como
virgens loucas estão todos os que sabem as verdades bíblicas, mas não as vivem.
Dizem que Jesus vem, mas não se preparam para o encontro com santidade e
abstinência; antes preferem uma amizade com o mundo, ora censurada pela Bíblia
(Tiago 4:4), julgando que estão garantidas no tão glorioso dia do encontro com
Cristo nos ares. Equívoco!
Por
misericórdia e paixão, preguemos contra os modismos da igreja evangélica de
hoje não cedendo aos seus caprichos para que ela caia em si e retorne ao
primeiro amor!
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