Jeú, rei de Israel, dando tributo ao rei Salmanaser III da Assíria
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Ao lermos a História
dos Hebreus somos provocados a questionar sua conduta em alguns momentos que
marcaram negativamente o trajeto daquele povo. Sabemos que era característica deles,
na Antiguidade, a inconstância religiosa, dada sua mudança de perfil nos muitos
eventos grandiosos e trágicos. A saída do Egito, demonstrando o braço forte do
Senhor, provocou um grande despertamento entre os escravos judeus, mas a
caminhada murmurante no deserto desprestigiou o evento, visto que era seu anseio
constante o retorno ao Egito.
Na
época dos reis de Israel e Judá, essa história se agravou. Por isso, é comum
lermos reis desviando o povo e a Bíblia se utilizando de termos como “e fez o
que era mau aos olhos do Senhor” para demonstrar a situação decadente. Mesmo em
tempos de profetas ilustres como Elias e Eliseu o povo era indomável. Em II
Reis 17, podemos enumerar os seguintes pecados: rebeldia e apreço pelas
culturas pagãs; caída em contradição, pois uniram-se àqueles a quem expulsaram no
passado como ato de condenação divina; prática da idolatria; prática de rituais
pagãos; entrega à luxúria; dar-se a adivinhações e provocação da ira do Senhor.
Mas
qual a razão para que isto tenha acontecido? Muitas razões podem ser propostas,
mas uma que se soma pode ser utilizada como a principal: a falta de um líder
segundo o coração de Deus. O povo foi o que o rei era. O desvio começava de
cima e se perpetuava pelo resto da nação, contaminando todo um ensino profético
e escrito. O Resultado? Opressão e sofrimento! Contudo havia o apelo do Senhor
para o fiel proceder:
Contudo
o Senhor tinha feito uma aliança com eles, e lhes ordenara, dizendo: Não
temereis a outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis,
nem lhes sacrificareis. Mas o Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com
grande força e com braço estendido, a este temereis, e a ele vos inclinareis e
a ele sacrificareis. E os estatutos, as ordenanças, e a lei e o mandamento, que
vos escreveu, tereis cuidado de fazer todos os dias; e não temereis a outros
deuses. E da aliança que fiz convosco não vos esquecereis; e não temerei a
outros deuses. Mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de
todos os vossos inimigos (II Rs 17:35-39).
Apesar
de todo desconforto com a rebeldia, o Senhor conclamava seu povo ao
arrependimento, esperando que eles se convertessem de fato. Agora, vejamos o
absurdo. Para os rebeldes era mais fácil crê em falsos deuses (deuses que não
falavam, que não se manifestavam, que ninguém via ou ouvia dos seus feitos) a
crê no Deus que realizava proezas entre eles. O agir de Deus entre eles concretizava
o apelo de retorno ao padrão estabelecido pelo Senhor, mas duríssimo foi seu
coração. A consequência dos pecados de Israel se vê até hoje. A dispersão de
séculos e os conflitos pela terra prometida são fatos consideráveis para
demonstrar como os pecados do passado ainda ecoam.
Se
a Igreja de Cristo percebesse como é danoso o desvio, preocupar-se-ia mais com
o Reino de Deus. A Igreja cristã evangélica caminha à semelhança de Israel
pelos caminhos da inconstância e falta de firmeza na regra de fé e prática.
Qual será o resultado disso? A apostasia. Proveniente de quem? Dos muitos
líderes religiosos que dão nova cara e formato ao Cristianismo. Esse
cristianismo híbrido está desviado e não conta com a atenção divina, antes com
sua repulsa.
Desta forma, cuida Igreja
para que não seja surpreendida pelo tão glorioso dia e te vejas despida e
impedida de entrar nas Bodas do Cordeiro!
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