Percebeu-se ao longo dos anos que o
gênero humano corrompeu-se no pecado sobremaneira, levando em consideração os
fatos desde a queda. Tão nefasta
situação foi classificada como perdição
em virtude de o homem ter se desviado e recusado todas as iniciativas divinas
para reconduzi-lo ao caminho de esperança acerca do Messias (Redentor prometido por Deus para redimir todos os que
n’Ele confiassem). Apesar da ascensão do pecado e da diminuição da devoção a
Deus, muitas ações de redirecionamento foram promovidas pelo Senhor através de
homens e mulheres, culminando com o aparecimento de Jesus, na Judeia, mais
precisamente em Belém, cidade da profecia do Messias (Miquéias 5:2). Sobre o
Messias que também é chamado de Ungido repousava o favor de Deus para a
reconciliação da humanidade. Havia, a partir da queda, uma profecia que o apresentava como aquele que eliminaria os
efeitos da morte espiritual provocada pela tentação da serpente (figura
representativa do inimigo das nossas almas): “E porei inimizade entre ti e a
mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
Isaías, chamado de profeta messiânico,
foi quem o apresentou de uma forma bem detalhada, conforme a inspiração divina:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os
seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Em Isaías 53, o profeta dá uma descrição acerca de sua fisionomia, da receptividade entre os
homens, dos efeitos de sua morte (cura de enfermidades e perdão de todos os
pecados), de seu drama e de seu sofrimento vicário. Em Isaías 61, foi-nos
apresentado o modo pelo qual foi capacitado para realização de sua obra
redentora, demonstrando também sua notável ação de graça para com os homens.
Não foi sem sentido que ao iniciar seu ministério messiânico pronunciou
exatamente esse último texto, finalizando-o ao dizer: “... Hoje se cumpriu essa
escritura aos vossos ouvidos” (Lucas 4:21), já que tinha plena certeza de sua
missão.
De acordo com as Escrituras, Jesus
cumpriu sua missão perfeitamente, entretanto não tem efeitos diretos em todos
os homens, não por sua própria vontade, mas pela liberdade de escolha que tem o
homem. Há uma instrução bíblica cuja informação nos faz entender que os
benefícios de sua morte e ressurreição somente podem agraciar aos que o
reconheceram como Messias e Salvador. O apóstolo João em seu Evangelho nos fala
sobre isso: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o
conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que
crêem no seu nome” (João 1:10-12). Portanto, para o homem receber salvação há
uma obrigatoriedade de ele fazer profissão de fé que a decisão de se reconhecer
pecador, enquanto o Cristo, pela fé, é considerado seu Salvador.
Desta forma, dentre os méritos da obra
de Cristo expostos nos escritos paulinos, somos informados que Jesus veio
trazendo reconciliação da parte de Deus: “E tudo isto provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação” (II Coríntios 5:18).
Pr. Heládio Santos
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