A
tristeza do cristão tem sido interpretada como virtude ao longo de qualquer boa
meditação, principalmente, das epístolas paulinas. De fato, ao refletirmos
sobre a razão deste sentimento alcançaremos o entendimento de que seu propósito
revela em grande medida um alto grau de piedade. Podemos, assim, elencar a
tristeza segundo Deus que gera arrependimento (II Co 7:13), a tristeza pela
dureza de coração de outros para que eles se arrependam (Rm 9:2) e a tristeza
em sofrimento pelo bem dos outros (Fl 2:28). De forma que todas convergem para
um fim espiritual no qual se encontra salvação, compaixão e altruísmo.
A
tristeza de Paulo, referenciada, pelos judeus e pela Igreja é algo bastante
recorrente em suas comunicações públicas que chegaram até nós por providência
de Deus. Revelam a inquietação e a paciência para que a Igreja assumisse um
padrão de maior maturidade mesmo tendo ele que sofrer e pagar o preço desta
conquista.
Voluntariamente o apóstolo demonstrou
como estava intencionado em ver a Igreja aperfeiçoada na doutrina e no bom
senso. Não só pelas admoestações rigorosas, antes, revestido do nobre sentimento
de respeito e honra pelos irmãos, tentava persuadi-los à compreensão do sentido
primeiro de saber como ser Igreja: a unidade perfeita do corpo de Cristo. Assim
fez ao ilustrar a Igreja de Roma como corpo místico de Cristo (Rm 12) para
expor quão integrada a Igreja deve ser através de seus membros. Que Cristo
reine em nossos corações para vislumbrarmos tão glorioso feito!
Pr. Heládio Santos
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