quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Nosso repúdio à aprovação do aborto pelo senado da Argentina
sábado, 26 de dezembro de 2020
Histórias de pescador do meu sogro: ilustrações para o Reino de Deus
Meu
sogro sempre foi uma pessoa muito simples e humilde. Por seu comportamento
gracioso, conquistou muitas posições no labor secular da pesca e na obra do
mestre. Certa vez, ao ficar doente e retornar para casa por orientação do seu mestre
de pesca, foi chamado, no dia seguinte, pelo dono da empresa onde trabalhava para
uma entrevista, a fim de assegurar ao homem de negócios que ele poderia assumir
o posto mais elevado entre os pescadores sem lhe causar prejuízo numa
embarcação recém-liberada para pesca da lagosta. Segundo ele, a enfermidade foi
embora em razão do susto repentino logo ao ser noticiado sobre o interesse daquele
empresário em querer falar-lhe e por saber que poderia assumir o barco que
clamava por um capitão, pois antigo mestre havia assumido um barco maior.
No
gabinete na sede da empresa, o empresário viu um homem de roupas singelas e
chapéu de palha entrar, contrastando com o escritório e com os demais
participantes da reunião. Então, perguntou-lhe o empresário: “Zé Américo, você
me garante trazer quantos quilos de lagosta se eu te entregar o Gaivota?” – ao que meu sogro respondeu: “Nenhum!!!”.
“Como assim?!”, retrucou o homem com ar de observação. Respondeu-lhe meu sogro,
então, com segurança e honestidade: “a lagosta que cair no manzuá[1], eu trarei para o senhor,
mas aquela que não cair, não tenho como garantir trazer”. Aquele empresário se
agradou da resposta e promoveu meu sogro para o ofício. Antes dele, haviam sido
entrevistados outros dois pescadores que prometeram trazer mais lagosta do que
o barco era capaz de suportar, demonstrando, assim, imperícia e falta de
conhecimento necessário para aquele serviço. Em meio à satisfação pelo
reconhecimento e confiança, também se deparou com a insatisfação dos pescadores
antigos e mais velhos (sua tripulação) que deveriam se submeter àquele que fora
anteriormente um com eles, porquanto havia sido colocado em nível superior como
mestre. Foi, talvez, o primeiro grande obstáculo. Contudo, Deus tinha seus
propósitos e foi nas duas primeiras viagens que qualquer estigma foi superado.
Geralmente,
a viagem até o talude, circunvizinhando as regiões onde se assentavam cardumes
daquele animal que era como ouro do mar (pelo menos naquela época), durava
cerca de quinze dias, pois essa era a estimativa para os frigoríficos encherem.
Na sua primeira viagem, como mestre de embarcação, ele pescou uma tonelada e duzentos
quilos em oito dias, obrigando-o a retornar ao porto para descarregar a
produção e recarregar de provisões para o restante dos dias de pescaria. Ao retornar,
ainda pescou quase uma tonelada de lagosta em quatro dias ao que a empresa ordenou
que ele retornasse para o porto imediatamente. O resultado foi uma produção de
duas toneladas numa navegação de pequeno porte em doze dias, enquanto aquelas
de maior capacidade, mesmo passando um mês no mar, não conseguiram superar uma
tonelada. Foi com esses atos providenciais que meu sogro acumulou algum recurso
para expandir a mensagem do Evangelho em vários distritos de Beberibe-CE:
realizou centenas de cultos campais em vários lugarejos, incluindo alguns à base
de luz de lamparina, proveu de equipamento de som esses cultos e os carregava
nas costas nos dias marcados que eram muitos durante a semana, organizou e
realizou cruzadas nos lugares centrais, comprou terrenos, construiu vários
templos na região e supriu de bancos, cadeiras e outros utensílios esses
templos.
Duas
reflexões poderemos extrair da narrativa acima:
Essa
história é um entrave para os prepotentes, para os soberbos, para os que se
acham superiores, para os que não se dobram nem gostam de se submeter, para os
que não respeitam e desconfiam dos humildes, para os que se fazem senhores de
igrejas, para aqueles que escravizam e dominam suas igrejas para usufruto próprio.
Moral
da história, a humildade é o segredo de todo o sucesso espiritual, é uma das mais
encantadoras virtudes cristãs, é poder querer ajudar o próximo mesmo quando
este próximo não o considera, ou o menospreza ou age com desconfiança, é poder
olhar nos olhos de quem quer que seja para ser honesto (tanto homem ou mulher,
autoridade ou não etc), é conhecer seu lugar no propósito de Deus e colocar seu
coração à mercê de sua vontade.
Que
Deus nos torne plenos de tão profunda e verdadeira virtude.
Pr.
Heládio Santos
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
Enxergando além
Oh,
que alma feliz eu sou,
Embora eu não possa ver,
estou decidida que neste mundo
ficarei feliz.
Quantas
bênçãos eu gozo
Que outras pessoas não
Pra chorar e suspirar porque sou cega
Não posso nem vou.
§
Bíblia
bendita, tesouro sagrado,
Livro precioso, de todos os melhores,
Há conforto que nunca falha,
E um repouso permanente e tranquilo.
Leia com reverência, e pratique-a,
versículo por versículo, dia a dia;
a palavra que Deus falou,
E não pode passar.
Poemas
de Fanny Crosby
Fonte:
https://www.wholesomewords.org/poetry/crosby2.html
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Colóquio - COMUNIE 5 ANOS
Como parte da programação dos 5 anos da
COMUNIE, no sábado à tarde (12/12/2020), participaram do Colóquio os
professores Rui Martinho, Débora Leite, João Batista, Phyllipe Santos, Daniel
Cassiano e o Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho (organizador do evento).
Em cada fala, os professores demonstraram
os desafios de trabalhar no ambiente acadêmico com sua perspectiva cristã,
assim como traduziram em palavras suas angústias pelas muitas incompreensões e
até perseguições sofridas. Como cristãos, afirmaram nas entrelinhas, não poder
retroceder diante dos empecilhos e falaram de suas ações ousadas pelas quais os
universitários presentes puderam encontrar referenciais para suas condutas e
não pestanejarem quando forem inquiridos sobre sua fé. Nas falas, os
professores abordaram temas como a solidariedade que devem demonstrar com o
próximo, seguindo especificamente o exemplo da parábola do bom samaritano e não
uma solidariedade forjada pela estatização da ação, a convicção que gera
empatia, a perseguição que gera santificação, prudência e maior zelo pela
doutrina cristã, a experiência de preparação pela qual passaram alguns para o
enfrentamento das tenebrosas situações as quais estão sujeitos e o brado
inspirado para que a universidade seja retomada para assim voltar a ser o lugar
do saber prudente e equilibrado.
Ao final, o reverendo Glauco Filho
agradeceu aos participantes a preciosa colaboração e serviu um coffee-break
antes do culto da noite.
Professor Rui Martinho |
Prof. Glauco Barreira |
Prof(a). Débora Leite |
Prof. Daniel Cassiano |
Prof. João Batista |
Prof. Phyllipe Santos |
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
COMUNIE 5 ANOS
O
pastor Glauco Barreira Magalhães Filho, respeitado professor universitário, e
sua equipe promoveram evento anual da COMUNIE (Comunhão Universitária
Evangélica) no qual também celebraram 5 (cinco) anos de atividades de capelania
para cristãos universitários. Nos Cultos de Integração Cristã, como foram
designadas as programações, os participantes ouviram sábias palavras e
estímulos edificantes, tendo em vistas serem necessários na conduta acadêmica
de um genuíno cristão. Os temas das pregações do pastor Glauco Filho foram extraídos
de suas reflexões sobre o livro de Eclesiastes, daí os títulos de “A filosofia
bíblica e existencial no livro de Eclesiastes”, parte I e II. Participantes
testemunharam da inspiração pastoral na exposição da verdade apresentada.
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Grupo familiar de Messejana reúne casais para aconselhamento e fortalecimento na fé
Na
noite desta segunda (07/12/2020), o diácono Raimundo e sua esposa Lucilene
reuniram casais de algumas congregações da Igreja Batista Renovada Moriá, de
Igrejas evangélicas e parentes com objetivo de orientá-los a fortalecer seus
laços matrimoniais. Segundo o diácono Raimundo, essa era uma atividade que estava
em seu coração há bastante tempo. Sentia firmemente um propósito de ceder sua
casa para uma reunião na qual casais pudessem provar do aprimoramento e de
experiências profundas com a vontade de Deus. A irmã Lucilene (esposa)
conseguiu preparar o ambiente perfeito para recepcionar todos os irmãos
participantes e, esses, por sua vez, sentiram-se acolhidos e prontos para ouvir
e aprender o que na noite havia sido reservado. O pastor Heládio e sua esposa
Maninha participaram trazendo uma palavra direcionada para a representatividade
dos pais dentro do lar, acreditando, por exemplo, que os filhos não conseguiriam
ser obedientes aos pais se não enxergassem neles o testemunho fidedigno da fé
em suas próprias vidas e nas suas relações conjugais. Aproveitando a palavra
que versou ainda sobre diversas particularidades desta bendita união, a irmã
Maninha propôs uma dinâmica na qual tanto maridos como esposas puderam revelar
em bilhete confidente o que despertou a atenção e o amor um pelo outro. Após a
escrita, ambos trocaram bilhetes dedicando palavras de afeto e amor. Palavras
sinceras e verdadeiras foram reveladas, demonstrando ainda aquele sentimento primeiro
motivador da chama do verdadeiro amor ajuda a superar os desafios e obstáculos
do ser um casal nos moldes bíblicos. Ora, o objetivo do casal é conservar,
internalizar e praticar agradavelmente os valores ensinados pela Palavra de
Deus para que sua família encontre no Senhor todo o amparo devido para a vida
feliz.
Deus
abençoe ao diácono Raimundo e a irmã lucilene pelo apoio que prestaram aos
casais participantes. Oportunidade como esta redundará em glória para o casal,
para suas famílias e para a Igreja do Senhor.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
Ministro da Justiça defende cristãos contra perseguições em razão de suas convicções
"Respeito
os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não
significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o
homossexualismo com base em suas convicções religiosas... Os direitos às liberdades
de expressão e religiosa são inalienáveis!!! Por isso não aceito o processo de
perseguição a que está sendo submetida a cantora e evangelista Ana Paula
Valadão. Espero que a Justiça garanta os direitos desta cidadã brasileira,
assim como tem garantido os direitos à liberdade de expressão de quem pensa em
sentido contrário"
André Mendonça
Ministro da Justiça
Fonte:https://twitter.com/AmendoncaMJSP?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1334642547625504770%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.metropoles.com%2Fbrasil%2Fjustica%2Fandre-mendonca-defende-que-cristao-possa-discordar-do-homossexualismo
O Supremo, a porta dos fundos e o Evangelho
Há
algumas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a exibição da
sátira sobre Jesus gay por determinada plataforma de transmissão streaming, após julgamento em última
instância do judiciário. A segunda turma, assim, acatou por unanimidade a
reivindicação do canal em vistas de postulados constitucionais os quais
valorizam a não-censura, a liberdade de expressão e os fundamentos da
democracia, segundo o STF. Obviamente, grupos religiosos não acharam a decisão
sensata e, por isso, manifestaram-se reagindo com críticas, justificadas,
principalmente, pelos seus valores morais e sagrados da fé cristã que não
permitem tratar o Cristo como o foi no filme. A grande questão, talvez, não
seja a decisão em si, mas o que ela manifesta ou deixou de manifestar.
Segundo
declarou o relator e ministro Gilmar Mendes: “retirar de circulação material
apenas porque seu conteúdo desagrada parcela da população, ainda que
majoritária, não encontra fundamento em uma sociedade democrática e pluralista
como a brasileira”. Concluindo, disse: “Concluo que a obra Especial de Natal
Porta dos Fundos não incita violência a grupos religiosos, mas constitui mera
crítica realizada por meio de sátira, a elementos caros ao cristianismo. Por
mais questionável que possa vir a ser a qualidade desta produção artística, não
identifico em seu conteúdo fundamento que justifique qualquer tipo de
ingerência estatal”.
Acreditamos
que a questão não está apenas na exibição ou não do programa. Vai além! Há
certo privilégio para a fomentação da ideologia de gênero que não vem
respeitando ninguém (basta assistir ao filme) e que, contraditoriamente,
reclama, em uma de suas bandeiras, o respeito pelas diferenças. Reforçamos que
o propósito do Cristo foi sublime e está além de qualquer celeuma ideológica
(mas Ele não precisa que o defendamos). Outro ponto digno de referência é a
questão da desproporcionalidade, pois se um pregador censura a prática
homossexual que faz parte de sua instrução bíblica, é logo taxado de homofóbico
e fica sujeito a responder por crime de discriminação (como querem muitos
movimentos sociais ao apelarem para as autoridades). A pregação, contudo, não
carrega em si um tom de rejeição nem compactua com a violência que certos
indivíduos lgbts têm sofrido. A pregação singular do Evangelho é de boas novas,
sendo sua essência promover a ideia de liberdade dos grilhões do pecado para
uma nova vida em Cristo, visto que todos os homens caíram em desgraça e carecem
das dádivas divinas através da profissão de fé. É uma mensagem de não violência,
mesmo que a mídia tente inserir pelo seu processo massificador o contrário.
Mas,
vejamos, para o primeiro, a arte cinematográfica, muito embora bastante carente
de criatividade e daquela sacada de boas produções, recebe consideração mais elevada
do que a doutrina cristã, mesmo que essa se demonstre transformadora de vidas e
manifeste a superação de situações que foram esquecidas pelo Estado, mas por
força da atividade eclesiástica, indivíduos receberam acolhimento para
redirecionarem suas vidas e transformá-las. A cultura moral do Evangelho, se
podemos chamar assim, reflete o ponto de equilíbrio onde os sujeitos devem
estar para tornar a vida em sociedade, da mesma forma, equilibrada. Com o
avanço dos “quereres” (certamente outra palavra para ilustrar ou desmistificar
a volúpia do ego humano), pois “querer é poder” na atual conjuntura, as mais íntimas
paixões tem erupcionado, provocando uma quebra dos valores que regem a conduta
humana. Imagine daqui a alguns anos se isto continuar a acontecer: políticos
corruptos serão ovacionados e tidos como heróis; estupradores e pedófilos serão
os ousados e os desbravadores. Alguém pode até dizer que isso jamais acontecerá
ou é retórica exagerada, mas olhando para a onda de reinvenção do homem
contemporâneo não duvidamos de nada!
Enfim,
para sociedade na qual vivemos o errado, o desvio de padrão, o amoral e tantos
outros conceitos semelhantes ganham prevalência. Essa mesma sociedade,
sobretudo, achando-se portadora da luz nietzschiana sufoca a verdade tentando
esquecê-la. Realmente, uma decisão como esta só dá pra sair mesmo se for pela
porta dos fundos.
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
De tijolo em tijolo chegaremos lá!
A congregação da Igreja Batista Renovada
Moriá-Maracanaú cria mais uma ação para arrecadar fundos para finalizar seu
templo. Com a venda de chaveiros personalizados (em um dos lados está impresso
a imagem do projeto de como ficará a fachada do templo), pretendemos
disponibilizar uma singela recordação de participação para quem comprá-los.
O chaveiro constitui-se de um tijolo (como consta
na foto) e remete à ideia da construção. Estamos construindo um templo para que
seja referencial de nossas convicções, não simplesmente de estética
arquitetônica ou mera vaidade. Nossa construção, muito embora singela, tem
procurado afirmar os valores eternos da grandeza de Deus produzidos pela
Igreja. O grande espaço no interior do templo reforça a necessidade da presença
de Deus, os móveis, dentro de um padrão clássico, remetem ao zelo e à
seriedade, a plataforma na qual é anunciada a Palavra de Deus agrega elementos
em vermelho, representando o sangue do Cordeiro de Deus e os muitos sacrifícios
pelos quais o caminho da fé privilegia os discípulos, o púlpito carrega em si a
firmeza e a sustentação da verdade e o pregador como um instrumento nas mãos de
Deus.
Por isso, convidamos aos nossos irmãos, amigos e
parentes a nos ajudarem nessa empreitada. O chaveiro custa apenas R$ 5,00
(cinco reais). Informamos que pessoas descrentes, irmãos de outras denominações
evangélicas e outras estão sendo solidárias neste projeto.
Um gracioso abraço e que o Senhor nos
abençoe!
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
domingo, 1 de novembro de 2020
Culto de celebração no Barroso
Os
anos passam tão rapidamente que, aparentemente, só percebemos quando já estão
avançados. As memórias, então, vão sendo contadas com maior dinamismo; talvez,
com maior saudosismo ou, quem sabe, rememorando aliviado o tempo passado pelas
marcas que deixou, pois sempre a providência divina esteve presente provendo e
criando aspirações para o futuro que ainda reserva muito a se fazer. Neste
envolvente clima, a congregação da Igreja Batista Renovada Moriá – Barroso celebrou
a Deus culto de ação de graças neste sábado (31/10/2020) por mais um ano de
existência.
Os
anos desde sua fundação não foram apenas de bênçãos, foram também de grandes
desafios. Provocaram o surgimento de irmãos e irmãs valorosos, fez a Igreja de
Fortaleza enxergar fortes convicções e apreço pela sã doutrina entre aqueles
que compõem a comunidade seleta em questão. Ministros e obreiros se revezaram
numa luta valente para erguer uma obra que inspirava muitos cuidados (muitos
soldados feridos ainda sentiam o abalo das tribulações que caíram sobre si). Contudo,
Deus ama o seu povo e a prova mais concreta da providência divina é podermos
hoje estar celebrando o triunfo do Senhor.
Estiveram
participando do culto, irmãos de outras congregações da IBRM de Fortaleza:
Santa Fé, Pôr do Sol, Caça-e-Pesca, Siqueira, Piedade, Maracanaú e Mucuripe,
trazendo alegria aos membros do Barroso. O presbitério de Fortaleza também participou
com a presença do pastor Heládio Santos pregando a Palavra. No final, o atual líder,
irmão Horácio, destacou seu anseio de contribuir para o crescimento da obra,
dando apoio e assistência aos irmãos. Testemunhou sobre fases da vida que o
fizeram depender da providência de Deus para ser formado em si um obreiro
valoroso na Seara do Mestre. Sem dúvida, a congregação tem um grande referencial
na liderança, como também foram os membros da Igreja que passaram outrora pela
função.
Seja
o Senhor gracioso e continue abençoando os irmãos!
sábado, 24 de outubro de 2020
O bode, as ovelhas e o caju azedo
Na castigada
região sertaneja, havia um cajueiro que se sobressaía em meio à devastação
campestre. Frondoso, robusto e até ousado resistiu às intempéries e danos
causados pelo monstro da seca, enquanto a relva e tantas outras árvores sucumbiram
ante o poder agressivo do tempo de escassez. Mesmo contra as expectativas, o
“pé” de caju continuava firme e resiliente, também solitário, mas solícito.
Continuava a produzir seus frutos, sustentar suas folhas e proporcionar sombra
para os caminhantes enfadados pelo árduo calor da insolação. Lamentavelmente, não
era muito apreciado pelos homens porque seu fruto era extremamente azedo,
abrindo maior oportunidade para os animais à procura de pastagem e alimento durante
a severa seca.
Por
sinal, um bode e algumas ovelhas eram os únicos que se achegavam para comer
daquela fruta e descansar à sombra de sua folhagem. Por alguma razão a ser
dita, sempre que o bode se servia dos suculentos frutos emitia um berro
estrondoso e assustador. Tamanha era sua intensidade que afastava as ovelhas e
chamava à atenção quem passava pelos arredores, deixando-os apavorados e
fazendo-os pensar que alguém estaria maltratando o animal. Sua forte insatisfação
ecoava longe e até onde podia ser ouvida. Trazia um espanto afugentador entre todos,
diga-se com grande propriedade, em virtude da mentalidade mística do agreste que
indicava algum presságio avassalador. O rebanho também se afastava e não podia
estar com aquele bicho murmurante e irreconciliável porque era avesso à sua
tendência e índole. Com a repetição e a observação da ocorrência, percebeu-se
que aquele berro se tratava tão somente de uma reclamação do animal. Reclamava
com veia injuriosa do azedume do fruto que o estava salvando a vida,
desprezando, de certa forma, a benfeitoria e a provisão.
As
ovelhas, sabiamente, não se deixavam contaminar pelos alardes repugnantes do
bode. Distanciavam-se e aguardavam chegar o cansaço no bicho bruto. Eram
pacientes em ouvir aquele “praguejar”, mas não se deixavam dissuadir do
propósito à frente. Quando, enfim, o bicho saía, as ovelhas achegavam-se à
sombra do seu provedor. Comiam à mercê do vento abafado sem esboçar qualquer
insatisfação. Muitas vezes aproveitavam os frutos caídos, outrora desprezados
pelo rude murmurador, para lhes dar significado e importância, alimentando-se
para o próprio benefício e ficando capacitadas para encarar novos percalços.
Parecia que as ovelhas sabiam como aproveitar melhor o fruto, muito embora aquele
azedo desencorajasse. O ritual da coleta era deslumbrante. À semelhança da
curvatura que se faz no ato de reverência, baixavam-se e erguiam-se num impulso
para tomar dos braços estendidos do cajueiro sua dádiva mais preciosa. Com o
fruto na boca, mastigavam lentamente. Demoravam minutos em um só fruto azedo,
mas nada desperdiçavam. Imagino que o líquido azedo do fruto misturado com a
salivação era por essa atenuado, sendo absorvido e convertido em algo “doce”. Em
seguida, a massa frutífera era ingerida de forma mais prazerosa para apaziguar
o drama do estomago. Ambos supriram a necessidade de suster com eficácia
aqueles animais durante os dias em que ali se serviram. Como disse, talvez
porque soubessem como comê-lo na referida circunstância. Outrossim, a própria
natureza se encarregou de criar a harmonia para se auto preservar.
Essa
narrativa foi adaptada a um conto que ouvi do Chico, morador do “Até que fim”. Podemos
extrair diversas lições nesta alegoria para tornar nossa caminhada cristã mais
interessante, equilibrada e coerente.
Que
o Senhor nos abençoe!
Pr. Heládio Santos
terça-feira, 20 de outubro de 2020
A manutenção da paz na prática da reconciliação
Viver
em uma comunidade de crentes requer de modo prático ações sábias de empatia e
de amor. Uma comunidade local reúne pessoas heterogêneas, logo é necessária uma
aprendizagem sadia do viver juntos, mas isso muitas vezes não é fácil. Como
pecadores agraciados pelo favor divino, ainda somos sujeitos a cometer erros e
ofensas uns para com os outros. Juntos, estamos em uma jornada na qual os erros
e incompatibilidades, às vezes, são inevitáveis.
Quando
estudamos um pouco as comunidades cristãs dos primeiros séculos do cristianismo,
nós as vemos se reunindo constantemente em cultos semanais, onde oravam,
realizavam a Ceia do Senhor, celebravam a unidade em Jesus Cristo e pediam
perdão pelos seus pecados quando ofendiam ou feriam uns aos outros.
Um
dos chamados pais da igreja, Cipriano chamava a prática de pedir perdão por uma
ofensa como “manutenção da paz”. De acordo com Alan Kreider em seu livro “O
paciente fermento da igreja primitiva”, página 208, escreveu:
“Citando
a sétima Bem-aventurança de Jesus, Cipriano observou que os filhos de Deus são
por definição ‘fazedores da paz’”.
E
também são
“gentis
de coração, sinceros no falar, harmoniosos de sentimento, sinceramente
afeiçoados um ao outro pelo vínculo de uma mente comum.”
Essa
descrição de Cipriano me comove profundamente. Sua observação atesta para ações
que enobrecem o caráter cristão e o diferencia das ações comuns entre os não
crentes. Mas embora isso seja excelente, na realidade, conflitos e querelas
podem prejudicar o viver em comunidade trazendo consequências ruins.
Abaixo
cito o que Cipriano falou em relação a isso:
“Deus
não aceita sacrifício de alguém que está em litígio”
“Deus
o faz voltar ao altar, ordenando-lhe primeiro que se reconcilie com o irmão,
para que ele possa satisfazer a Deus orando como um pacificador” (Cyprian, Dom.
Or, 23 – Stewart-Sykes, Lord’s Prayer, 83).
Um
outro que trovejou em prol da unidade e paz foi Tertuliano, que estava certo de
que Deus não ouviria as orações de Cristãos irados cujas relações com os outros
estavam rompidas. Tanto Tertuliano como Cipriano são exemplos de promotores da
paz e da reconciliação que devem ser reconsiderados ou levados em questão. Mas
acima de tudo, lembremos das palavras de Jesus e de Paulo
“Se,
pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus
5.23,24)
“Suportando-vos
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra
outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses
3.13)
No
amor e na paz do Espírito,
Heberth
Ventura
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Conferência de missões 2020
A
Comissão Executiva de Missões (CEM) promoveu encontro para reforçar o
ensinamento da missão evangelística da Igreja. Testemunhos, histórias de
grandes homens da comunidade e pregação foram o diferencial do evento. Muito
embora tenham revelado poucas ocorrências e de forma limitada (um relatório
sucinto, mas empolgante), falaram profundamente aos ouvintes que se
desprenderam para enxergar o que não fora dito quanto ao trabalho nos diversos
pontos aonde tem chegado a mensagem do Evangelho e de Moriá.
Além
dos membros da CEM à frente da programação, contribuíram substancialmente com a
mesma os seguintes irmãos: evangelista Maurício, Pastor Edilardo Messias, irmão
Ferreira (futuro pastor de Russas-CE) e o pastor Glauco Filho. No louvor, o
grupo de irmãos organizados pelo irmão Fabiano Santiago, novamente, conseguiu
elevar a Igreja para adorar a Deus mui fervorosamente.
Ao
final, a ênfase evangelística girou sempre em torno das máximas bíblicas sobre
o assunto, conseguindo, a partir da fala de um dos grandes missionários
contemporâneos, explicitar a essência da missão da Igreja: “A grande comissão
não é uma opção a ser considerada, é um mandamento a ser obedecido” (Hudson
Taylor).
Distrações
“Tudo depende de quão bem você ouve o
que Deus está dizendo – o que comumente chamamos de palavra de Deus. E ouvir bem
a Deus exige muita atenção. Você está prestando atenção?”
- Abstraídos Com o Serviço a Deus
Uma das “armas” da artilharia
infernal mais empregada para reduzir ou anular a comunhão e o interesse de
estar com Deus são os jogos (virtuais ou não). Se não formos disciplinados, o
requerido, o lugar de Deus, será substituível. Há uma variedade de Jogos que
utilizam de armas (para ferir ou matar), entre eles: Free Fire e Call of Duty.
Essa criação virtual carrega conteúdo violento, o que, normalmente não é tido
como lícito para um cristão cooperar, tampouco praticar.
Provérbios 3:31 diz : “Não tenhas
inveja de quem é violento, NEM ADOTE OS SEUS PROCEDIMENTOS” (grifo do autor). A
bíblia também fala em Gálatas 5:21: “Inveja, HOMICÍDIOS, glutonaria, e coisas
SEMELHANTES a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (grifo do autor). Observemos
com mais atenção, na passagem anterior o apóstolo Paulo fala quanto às obras da
carne, e há um detalhe muito preciso que pouco é percebido no trecho: “...e
coisas SEMELHANTES a estas”. Pois bem, não existem especificações, mas de tudo
aquilo que semelhante for, se torna ilícito a prática. Baseado nisso, se os
jogos de violência introduzem, mediante aos conteúdos, práticas similares a
homicídios, já sabemos que devemos nos abster disso. A coerência que poderia subsistir
se desfaz quando um chamado crente que prega paz, ensinando indiretamente contra
violência e homicídio, acessa conteúdos desse modelo. A igreja (universalmente
falando) instituída por Jesus é proclamadora do amor, e deve-se, portanto, por
intermédio de atos, demonstrar aquilo que pelos seus lábios é dito, e não
encontrar regozijo em jogos obscenos, pois isso nos marcaria como hipócritas.
Pode-se dizer que vivemos a era do
entretenimento. Pessoas de diferentes idades desejam satisfação em muitos
“passatempos”, como séries, filmes, jogos etc.
Os frequentemente atraídos por essa “alegria”
são jovens e crianças, e quanto menos atentos estão, facilmente são
influenciados pelo conteúdo que ali é exposto; e, naturalmente haverá reflexos
na personalidade, comportamento e até no caráter quando o conteúdo dos jogos
deixarem de ser um “filme na mente” e passarem a ser encarados como realidade e
praticados ativamente.
Por infelicidade, no meio da
Cristandade isso já está infundido (uso o termo “cristandade” por que acredito
não ser o chamado “povo de Deus” os praticantes do assunto criticado nesse
artigo, ou se são, precisam voltar rapidamente a dizer e provavelmente pela
primeira vez viver: “Sola Scriptura”), nos anulando do privilégio que é
aproveitar mais tempo na presença de Deus, e quando dão por si, já são devotos
de um deus estranho.
Leonard Ravenhil disse: “O entretenimento é o substituto
diabólico da alegria”.
A distração (sinônimo de diversão,
prazer) de satanás é “jogar” de controlar os homens, um processo que ele faz
questão de ser gradual, é aprazível ver os homens se entregando aos poucos,
nada com muita pressa, é uma ótima “peça teatral” e deve ser assistida com
muita atenção e "degustação". Ele se empenha o bastante até ver
irmãos se auto enganando acerca do tempo que têm desapreciado com distrações,
até acharem que nada passa de descontração, de um descanso para mente e corpo.
Ah, se eles acordassem e percebessem que esse é o gatilho para muitos pecados!?
E que é a partir daí que a Igreja do Senhor se acomoda, conforma e mata espiritualmente.
O evangelho genuíno não pode ser considerado se não transformar vidas e mudar
situações.
Fundamentado no que disse Jesus em
Mateus 7:16, parte ‘a’ do versículo onde está escrito: "Você será
conhecido por seus frutos”, as pessoas podem dizer, sentir e pensar muitas
coisas, mas uma prova decisiva é o fruto. Desapossar-se de horas em jogos e
desperdiçar sua vida e comunhão com o Senhor não é um fruto de estar convencido
de que a intimidade com Jesus é excelentemente melhor e superior. O maior gozo
de um Cristão é desfrutar de uma profunda comunicação com o seu Salvador, pois
entende a obra redentora que Jesus fez, e sabe de sua total dependência.
Spurgeon disse certa ocasião: “O demônio raramente fez algo tão engenhoso
quanto insinuar a igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para o
povo, visando alcança-lo”. Hoje o que é chamado "Geração Profética”, eu
chamaria de “Geração Sentimentalista”. Casas Worships lideradas por falsos missionários recorrem a um “ritual”
que causa emoção e o povo se derrete em chorar. Porque a comoção em um “culto”
que o pregador se limita a falar do amor incondicional de Jesus e suas bênçãos
sobre nós, atrai bem mais que um culto que confronta a plateia e resulta
mudança individual e coletiva, como antigamente? Porque essa fortuna de métodos
que animam o público?
A resposta é clara. O poder do
Espírito já não há na “Geração Adoradora”, e por não ter a virtude do Espírito,
são sustentados por sua “carnalidade espiritual” para atrair pessoas ao falso
evangelho. Afinal, é melhor escutar as “condenações” dos homens sobre si mesmos
de que saber, de fato qual punição virá da parte de Deus. Não fosse o pouco que
ainda existe na terra de filhos de Deus e o Espírito que aqui ainda habita, as
criaturas teriam sido devoradas por seus próprios pecados. É sabido por todos
que os shows gospels lotam mais que
os cultos de oração, pois é mais fácil pular em festas do que se ajoelhar para
clamar a Deus por sua misericórdia. Basta olhar os frutos. O entretenimento cristão
não tem gerado convertidos verdadeiros. Mas, têm gerado “filhos” fracos na fé,
levados por qualquer vento de doutrina, contrariando Efésios 4:14: “Para que
não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao
redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com
que induzem ao erro”.
- "Updates" e o Que Poucos
Cristãos Sabem
A Sagrada Escritura em copiosas
circunstâncias nos instiga e impera a evitar a embriaguez. Embriaguez com o
que? Só com o que é propriamente dito “pecado”? Não. Várias práticas, e não
poucas delas oferecidas por nós a serviço de Deus podem ser consideradas como
embriaguez, se observadas detalhada e profundamente. Preocupamo-nos e queremos
fazer o que é certo, cumprindo a perfeita vontade de Deus para nós. Mas não é
muito interessante fazer o certo da maneira errada(será possível?). Um evidente
exemplo disso é Marta. No entanto, compreendemos ela, afinal, qual de nós,
recebendo o próprio Jesus em sua casa, não se preocuparia com a acomodação e
boa recepção ao Senhor? Isso não é algo ruim, mas naquele específico caso, não
era algo bom.
Você está distraído ou
desinteressado?
Superficialmente, não existe
distinção entre os dois estados. Estar distraído é permitir, transitoriamente,
ser levado por noções terrenas, entretanto, ainda assim ter Cristo como alvo.
Estar desinteressado por Deus é semelhante a o desprezar. Para este, nada que
descende do Senhor será atraente. É insensibilidade total.
Sutilmente é perceptível a distração
de Marta, e trazendo aos nossos dias, grandes ou bem pequenas coisas nos mantém
distraídos. E são raras as ocasiões que percebemos isso. O inimigo está sempre “atualizando
as nossas distrações”. Temos uma capacidade surpreendente de ver o erro alheio,
mas o nosso, que é pouquíssimo, entregamos a Deus, e hipocritamente, dizemos:
“Que Ele me converta dos meus pecados”,
enquanto registramos mentalmente uma extensa lista de virtudes omissas nos
nossos irmãos.
Na realidade, não queria nem tanto
salientar a fiscalização medonha que nós desenvolvemos a cerca das faltas dos
outros, e sim a ausência de auto percepção.
Substituindo o adormecer na janela,
do jovem Êutico (Atos 20:9) por uma distração, considere tão pecado como perder
tempo com jogos virtuais ou reais de conteúdo violento ou inadequado ao que
professa a fé cristã.
Nos relatos bíblicos referentes a
distrações e adormecer, que, de um determinado ponto pode também ser
conceituado como distração, estando numa janela (posição não literal de
distração) nunca se cai para dentro. Estar distraído tende a nos levar para “fora”
da palavra de Deus. Do mesmo modo que fugimos do pecado, devemos fugir das
distrações, pois é em instantes assim que pensamentos e investidas de satanás
ganham nossa atenção. Saia da janela. Fuja das tentações e daquilo que ainda te
atrai ao mundo. Ore, e solicite a Deus que os teus olhos não sejam encantados
pela vista de fora. Atente-se para o que há dentro.
Não é necessário aplicação de lentes
espirituais para com clareza se enxergar as consequências dos jogos populares
em meio ao público alvo: crianças e adolescentes. Jovens sem planejamento de
vida e quase ou sem nenhuma estrutura moral foram afetados física, mental e
espiritualmente. É entendível que satanás não perde tempo. Lembro-me de uma
época na escola que meus colegas só falavam sobre free fire. Vi alunos arrasarem seu rendimento escolar por razão de
atravessarem noites em claro (durante a semana) enquanto jogavam. As faltas
registradas na frequência escolar decorrentes disso não eram raras. E a inatividade
dos pais, então, nem se fala.
De certo, jogos podem ser encarados
sim, por “cristãos crentes” como distração, mas ainda existem muitos hábitos
que produzimos que de alguma forma contaminam nossa espiritualidade. Creio que
seremos arrebatados sem ao menos diferir meia parcela disso, ou se contrário,
tratá-los devidamente.
Outro grande problema da embriaguez é
que além de perder o melhor de Deus, acabamos atrapalhando nossos irmãos nisso.
Luciano Subirá diz, em “Até que nada
mais importe” disse: “Foi exatamente isso que aconteceu com Davi e com Marta.
Em certo sentido podemos dizer que o mesmo Rei Davi que se embriagou com os
prazeres carnais planejou embriagar Urias depois. E Marta, além de não estar
aos pés do Senhor com sua irmã Maria, ainda queria tirá-la de lá!”
"Distração" é um sinônimo
de "ausência"
Estar fisicamente não significa
estar. Estamos atentos à voz de Deus ou somente frequentamos a igreja de
domingo a domingo?
Há um padrão de busca que Deus
determinou para nós. E esse padrão é alcançado somente quando o Senhor se torna
mais importante do que qualquer outra coisa em nossa vida. Devemos chegar a um
ponto tal nesse anseio por Ele que nada mais importe.
O interesse de Deus não é tão só se o
buscamos, mas, se o buscamos, como fazemos? Qual motivo nos leva a buscá-lo? Deus
é suficiente e de absolutamente nada tem falta. Não precisa do nosso louvor,
pois Ele a si mesmo glorifica. De todo o contexto, nós somos os mais
beneficiados em cumprir o mandamento divino: “Buscar-me-eis e me achareis
quando me buscardes de todo o vosso coração”(JR 29:12 – 13).
Lembre-se: "Você nunca terá tudo
de Deus enquanto Deus não tiver tudo de você".
Estar convicto da intenção de Deus na
nossa vida facilita muito as coisas. Ter um alvo, e este é, para o Senhor todas
as consequências e frutos, nos torna responsáveis por um trabalho Santo, que
está acima do nosso entendimento, e é bem maior que nós, pois O que dirige esta
obra é incompreensível ao nosso acanhado e limitado pensamento humano e
racional.
Quando há uma razão maior pela qual
havemos de ainda viver aqui, muitas coisas, antes grandes, tomam um espaço
minúsculo ou até deixam de vez a nossa preocupação. Quando entendermos a
posição que o Senhor deve ocupar em nossas vidas, muitas, muitas coisas se
tornarão de parcial relevância, ou até insignificantes.
“O que nos molda não é aquilo a que
nos dedicamos mais tempo, e sim o que exerce o maior poder sobre nós." (Oswald
Chambers)
De quê vai adiantar se ajoelhar para
orar se continuamos a nos inclinar para o pecado na mesma intensidade, todos os
dias? Fico só imaginando o inimigo sentado, se divertindo, enquanto assiste ao
espetáculo do que chamam “ser crente”.
Alex e Raquel
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
O ofício da mulher na Igreja
Desde
a criação do homem e da mulher o Senhor designou, para cada um, funções
específicas. Ao homem cabe o exercício de domínio (Gênesis 1:26) e à mulher ser
sua ajudadora (Gênesis 2:18). Por ser uma regra absoluta, enquadrada dentro do
padrão moral divino, importa reconhecermos sua perpetuidade. Contudo, nesses
tempos contemporâneos, tais conceitos foram depreciados e, em ritmo acelerado, suscitaram-se
exigências para as quais a mulher cristã, por exemplo, deveria ocupar e exercer
funções tipicamente masculinas na Igreja, muito embora não haja prescrição
bíblica para tanto. Por esta razão e através de uma sucinta reflexão,
tentaremos mostrar onde a mulher cristã se encaixa melhor com seus inspirativos
talentos.
O
“magnificat” (Lucas 1:46-55) de Maria demonstrou qual o grau de envolvimento
possível dentro do propósito de Deus para a serva do Senhor, ou seja, através do
sentimento de sujeição quanto a vontade divina, da devoção e da sensibilidade
para comunhão; todas extraindo suas virtudes como referencial da graciosa
espiritualidade, servindo, deste modo, como retaguarda extremamente necessária
para o efetivo trabalho de auxílio. Como desdobramento, o servir de apoio para
aqueles que segundo a vontade de Deus foram vocacionados para ministérios
específicos, qualificam-nas como personalidades de grande referencial no
contexto eclesiástico. Por exemplo, foi registrado que a sogra de Pedro servia
a Cristo e a seus discípulos (Marcos 1:31). Da mesma forma quando a mulher com
vaso de alabastro (Lucas 7:36-49) “banhou” a Cristo, antes de sua morte,
preparando-o para o momento fatídico de sua missão, revelou seu apreço e o cuidado
de seu coração pelo Salvador. Ação semelhante foi notificada no domingo da
ressurreição, enquanto os discípulos ficaram acuados num cenáculo, mulheres
foram revestir o corpo de Cristo de acordo com prática dos rituais fúnebres,
mais uma vez, demonstrando singeleza de coração, ousadia e fé para o servir (não
foi sem motivo que foram privilegiadas por terem sido as primeiras testemunhas
da ressurreição de Cristo). Ou seja, a mulher tem uma sensibilidade e virtudes tão
preciosas para auxiliar que a idoneidade lhe identifica definitivamente melhor com
os propósitos de sua criação. Assim, ela foi designada por Deus para o exercício
de atividades mais relacionadas às suas virtudes porque requerem delas sua
perspicácia inata, não sendo assim tão robustas e espinhosas como foram aquelas
destinadas a homens.
No
desdobramento do Reino de Deus, no período apostólico, a ênfase de Paulo quanto
ao trabalho feminino dá sequência ao mesmo modus
praticado pelo Senhor. De semelhante modo, sentiu-se privilegiado pelo apoio feminino
e exalta este trabalho com a grandeza que as cristãs das diversas Igrejas de
seu trabalho mereciam (Romanos 16:1, 6, 12; Filipenses 4:3).
Desta
maneira, atribuições que são destinadas aos homens, inclusive, ensinadas nas
Escrituras, jamais deveriam ser praticadas pelas mulheres, pois são
incompatíveis com a natureza do seu ser. Mulheres pastoras, exercendo
autoridade como a de homem, realizando batismos, ensinando como se tivesse uma
vocação específica para isto contrariam o ensino bíblico e a própria atribuição.
Não queremos menosprezar a potencialidade feminina, contudo, procuramos tecer
alguns comentários breves para uma reflexão sobre onde a mulher cristã se
enquadra melhor em virtude de quem é. As vocações e as ordenanças, por exemplo,
estão referenciadas na Bíblia e foram praticadas apenas por homens (Efésios
4:11 e João 4:1-2), restando para nós o pensamento de que somente eles podem
exercer tais papéis. Preocupando-se com este problema e pela disseminação de
ensinos contrários às Escrituras, contidos no apócrifo de Paulo (Atos de Paulo
e Tecla), em sua época Tertuliano fez algumas recomendações e alertas:
Mas
a petulância da mulher, que já usurpou o direito de ensinar, não se arrogue
também o direito de batizar. Não! A menos que surgissem algumas novas bestas
semelhantes à antiga. Aquela pretendia suprimir o batismo; uma outra quer
administrá-lo ela mesma. E se essas mulheres invocam os escritos, que
erroneamente levam o nome de Paulo, e citam o exemplo de Tecla para defender o
direito de ensinar e batizar, saibam que foi um presbitério da Ásia que
elaborou este escrito, como que cobrindo sua própria autoridade com a de Paulo.
Depois de conhecida a fraude e tendo confessado que agiu por amor a Paulo, foi
deposto. De fato, como seria fidedigno que o apóstolo desse à mulher o poder de
ensinar e batizar, ele, que só com restrição permitiu às esposas que se
instruíssem? Disse: devem silenciar e perguntar a seus maridos em casa. (De Baptismo, XVII)
Pr.
Heládio Santos
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Comentários sobre o novo livro do pastor Glauco Barreira Magalhães Filho
Já conhecia a história de Girolamo
Savonarola, mas nem tanto. Li livros com sua biografia que testemunham quão
bravo e solitário foi na luta pela exposição das verdades cristãs para convencer
seus ouvintes a adotarem um padrão de vida piedoso, diferente daquele
experimentado entre os prazeres e devaneios mundanos da cidade de Florença, na
Itália, no século XV. Savonarola era um arauto e tocava a trombeta da
denunciação contra o pecado sem temer a sociedade, os príncipes, os reis e até
o papa, personalidade cuja influência superava aos dos monarcas locais.
Mas, não quero discorrer sobre aspectos deste
gigante da fé; pretendo mostrar como a leitura do novo livro do reverendo
Glauco Barreira Magalhães Filho poderá servir para ampliar e majorar a instrução
sobre o assunto, estimulando maior ousadia, aprimorando a maneira e a forma de
pregar e, acima de tudo, levando o leitor (inclusive eu), tanto pelo objeto da
obra como pelo espírito aguçado e espiritual do autor em revelar suas nuances,
a estar posicionando-se melhor na presença de Deus.
Recentemente, conversando com o autor lhe
disse: “quando pego seu livro para ler, ‘sinto’ minhas mãos ‘pegando fogo’,
pois fazia tempo que queria ler um livro que me impactasse também a alma e o
coração”. Destaquei, dentre outros, como o pastor soube ler a alma de
Savonarola e de seu comportamento, destacando-o muito acertadamente de “extremos
simultâneos”, ou como ele mesmo explica: “Assim como Jesus não era meio homem e
meio Deus, mas totalmente homem e totalmente Deus, Savonarola era intenso no
intelecto e nas emoções, o mestre o pregador, o radical moral e o conselheiro
sensível, o profeta e o reformador das instituições, o filósofo e o biblicita”
(pgs.9-10). Talvez, quem não esteja ambientado a determinados termos teológicos
e usados pelas ciências humanas com fins de categorização dos objetos de
estudos pode pensar ser algo que torna a obra de difícil leitura e
entendimento. O conteúdo do livro é sensivelmente democrático, pois atende as
expectativas do leitor convencional e também as de teólogos. É uma obra rica na
língua portuguesa cujo assunto era quase escasso, contudo, agora o público
evangélico se torna privilegiado por ter um aprofundamento muito bem
direcionado nas páginas desta publicação da Fonte Editorial.
Aproveitando nossa conversa, disse-lhe
também que à medida que leio, sinto vontade de voltar a ler novamente, já
projetando uma nova leitura da obra. Às vezes, sentimos tanta curiosidade sobre
o assunto que ficamos “afoitos” (referindo-me à pressa de ler logo o conteúdo
desconhecido, conhecer o olhar clínico do autor e entender os porquês da “revolução”
savonaroliana) que perdemos determinadas conteúdos pelo caminho. Razão que nos
motiva a um retorno sem enfado para uma segunda e até uma terceira leitura
consequente, pois a obra é muito instigante, atrativa e agradável.
Por fim, a Igreja Batista Renovada Moriá, onde
o pastor Glauco Barreira Magalhães Filho exerce seu ministério, tem uma pérola
de considerável valor à sua disposição. Fica a dica tanto para a membresia como
para os demais obreiros adquirirem a obra. Façam bom uso como estou fazendo.
Pr. Heládio Santos