Viver
em uma comunidade de crentes requer de modo prático ações sábias de empatia e
de amor. Uma comunidade local reúne pessoas heterogêneas, logo é necessária uma
aprendizagem sadia do viver juntos, mas isso muitas vezes não é fácil. Como
pecadores agraciados pelo favor divino, ainda somos sujeitos a cometer erros e
ofensas uns para com os outros. Juntos, estamos em uma jornada na qual os erros
e incompatibilidades, às vezes, são inevitáveis.
Quando
estudamos um pouco as comunidades cristãs dos primeiros séculos do cristianismo,
nós as vemos se reunindo constantemente em cultos semanais, onde oravam,
realizavam a Ceia do Senhor, celebravam a unidade em Jesus Cristo e pediam
perdão pelos seus pecados quando ofendiam ou feriam uns aos outros.
Um
dos chamados pais da igreja, Cipriano chamava a prática de pedir perdão por uma
ofensa como “manutenção da paz”. De acordo com Alan Kreider em seu livro “O
paciente fermento da igreja primitiva”, página 208, escreveu:
“Citando
a sétima Bem-aventurança de Jesus, Cipriano observou que os filhos de Deus são
por definição ‘fazedores da paz’”.
E
também são
“gentis
de coração, sinceros no falar, harmoniosos de sentimento, sinceramente
afeiçoados um ao outro pelo vínculo de uma mente comum.”
Essa
descrição de Cipriano me comove profundamente. Sua observação atesta para ações
que enobrecem o caráter cristão e o diferencia das ações comuns entre os não
crentes. Mas embora isso seja excelente, na realidade, conflitos e querelas
podem prejudicar o viver em comunidade trazendo consequências ruins.
Abaixo
cito o que Cipriano falou em relação a isso:
“Deus
não aceita sacrifício de alguém que está em litígio”
“Deus
o faz voltar ao altar, ordenando-lhe primeiro que se reconcilie com o irmão,
para que ele possa satisfazer a Deus orando como um pacificador” (Cyprian, Dom.
Or, 23 – Stewart-Sykes, Lord’s Prayer, 83).
Um
outro que trovejou em prol da unidade e paz foi Tertuliano, que estava certo de
que Deus não ouviria as orações de Cristãos irados cujas relações com os outros
estavam rompidas. Tanto Tertuliano como Cipriano são exemplos de promotores da
paz e da reconciliação que devem ser reconsiderados ou levados em questão. Mas
acima de tudo, lembremos das palavras de Jesus e de Paulo
“Se,
pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus
5.23,24)
“Suportando-vos
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra
outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses
3.13)
No
amor e na paz do Espírito,
Heberth
Ventura
Uma benção a mensagem que o irmão trouxe, pertinente e necessária para os dias atuais.
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ResponderExcluirGlória a Deus por essa palavra. Estamos no mesmo espírito. Tenho meditado muito sobre isso. Deus te abençoe e te ilumine sempre meu admirável jovem.
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