O Estado tem um papel
importantíssimo na condução de uma nação. As ações políticas, econômicas e
sociais, do ponto de vista geral, são decorrentes da personalidade que assume
em vistas do bem estar da sociedade. No entanto, há questões que não são da competência
do Estado, como as de nível privado, que não deveriam sofrer interferência do
mesmo, pois se espera que outra instituição realize sua função em prol da
manutenção da privacidade a qual pretendemos discorrer.
O trabalho infantil, por exemplo, é um problema, mas o
Estado tem tentado extermina-lo com medidas louváveis, pois privar uma pessoa
de sua infância e adolescência seria o mesmo que amputar um de seus membros, utilizando
uma linguagem metafórica. Nesse ponto, as leis e as autoridades tem apoio
porquanto liberam forças para privar esses pequenos brasileiros de uma conduta
inapropriada contra eles. Mas, quando o Estado propõe medidas e instruções para
estimular a sexualidade dos infantes, desde sua tenra idade, ele está
extrapolando seus limites e adentrando em solo alheio. A educação dos filhos é
de competência dos pais. A instrução de um pai e de uma mãe organiza melhor as
ideias na mente da criança, tornando-a capaz de enfrentar os dilemas da vida.
Interferir nessa educação não parece ser um ato de democracia.
Pelos dois exemplos apresentados, verificamos uma
contradição: como pode o Estado preservar a criança por um lado, o de trabalhar,
enquanto “estimula” práticas sexuais para que ela seja inserida num
comportamento no qual ainda não está preparada e que poderá levá-la a uma
conduta irracional pelo mero prazer? Onde está o pudor e o apreço pela
inocência infantil? Nossa recomendação é que pais dialoguem e conversem com
seus filhos, criem vínculos profundos e fraternos com os mesmos, pois as
perspectivas modernas estão minando as relações familiares decentes e honestas,
querendo transforma-las em um organismo repulsivo. Se o mundo tem seus “deuses”
e suas respectivas orientações, façamos como Josué, profeta sucessor de Moisés,
quando disse: Porém, se vos
parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se
aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses
dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor (Josué 24:15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário