Segundo notícia recente
(04/11) do jornal The Guardian, a
Igreja da Inglaterra tem percebido um descontentamento da população quanto ao
evangelismo de seus membros. De certa forma, a ideia moderna de proselitismo na
qual se induz apenas uma mudança de religião tem “desanimado” qualquer audição
da mensagem cristã, produzindo até descontentamentos. Não gostaríamos de negar
o fato de o homem natural rejeitar bens espirituais, pois é um princípio das
Escrituras, mas pretendemos apontar para outro problema que talvez seja o mais
relevante.
Para se pregar é
necessário capacitação do alto; um poder persuasivo capaz de tirar dúvidas do
coração do pecador para firmá-lo em convicções duradouras. Essa lição, Cristo
ensinou aos seus discípulos quando expôs sobre a necessidade de aguardarem “em Jerusalém
até que do alto fossem revestidos de poder”. A pregação de Pedro após o momento
de revestimento do poder prenunciado levou o feriado de Pentecoste ser um marco
para a Igreja Primitiva e para os desdobramentos seus ao longo da História.
Naquele dia, milhares de pessoas foram convertidas pela explanação de um
pescador que até bem pouco tempo havia negado o Cristo. Mas, o que aconteceu? A
influência do Espírito através de sua vida levou convencimento de pecados aos
seus ouvintes de modo que não havia outra motivação se não se renderem aos “pés
da cruz”.
Alinhada ao essa situação, quando o avivamento em Gales
começou por instrumentalidade de Evan Roberts, a Inglaterra sentiu seus
efeitos. Na verdade, todo o Reino Unido viu-se abalado pelo impacto da unção de
Deus na vida de homens e mulheres que se consagraram no propósito de pregação. Temos
notícias de que nos anos anteriores à visitação do Espírito a grande ilha
passava por um momento de letargia espiritual. Nas palavras do reverendo J.
Vyrnwy Morgan (The Welsh Religious
Revival, 1904-5): “... as nossas igrejas
evangélicas têm de relatar a falta de progresso. A verdade é que o Cristianismo
evangélico na Inglaterra e no País de Gales está perdendo adesão e espaço. Estamos realmente na defensiva. Além disso, o evangelicalismo está
perdendo rapidamente sua própria integridade intelectual”. Porém, após a percepção
espiritual da degradante vida eclesiástica e social e a operação do Espírito, 100.000 almas se converteram em
Gales num espaço de 9 meses, além das muitas ocorridas nos demais países da
península.
Portanto, para resolver a falta de apego ao Cristianismo,
principalmente em Gales, Evan propunha um caminho de oração insistente com
renúncias, e o que se viu foi um grande despertamento espiritual e conversões
das mais variadas. O que falta para a Inglaterra, e não somente para esse país,
mas para nós também, é um grande despertamento para a oração a fim de que
nossos corações sejam incendiados pelo amor e poder de Deus. Assim poderemos
pregar e esperar conversões com paixão e compromisso, sem a ideia de o
Cristianismo ser um fardo, antes ser refrigério para a alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário